O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção. (Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).
É isso mesmo. Ficarão de fora todos aqueles que apenas mudaram de religião, e agora estão congregando numa das Assembleias de Deus existentes no Brasil e no mundo.
Aqueles que consideram suficiente adotar um sistema de regras de conduta e dogmas para serem salvos, por mais distantes que estejam da Palavra de Deus.
Aqueles que, qual legalistas, se consideram justificados apenas por suas obras, anulando a cruz de Cristo.
Aquele que, por usar só camisa de manga longa, calça social e sapato, julga ter mais mérito diante de Deus do que aqueles que em seu cotidiano trajam calça jeans, tênis e camiseta.
Aqueles que agem da mesma forma que os sectários, afirmando que “só há salvação na nossa igreja”.
Aqueles que acham que é a placa ou o letreiro da igreja que vão levá-los para o céu.
Aqueles que vivem cheios de si, por observar estritamente sua disciplina religiosa.
Aqueles que idolatram sua denominação, considerando-a “a última embarcação para Cristo”.
Nesse sentido, a epígrafe do texto poderia muito bem dizer: ficarão de fora os Batistas, os Metodistas, os Presbiterianos, os Congregacionalistas, os Luteranos, os Anglicanos... enfim, os evangélicos, os protestantes, os pentecostais, os neopentecostais, os tradicionais...
Se é assim...
Quem então serão os bem-aventurados que farão parte da Igreja do Arrebatamento, que participarão das Bodas do Cordeiro, que terão direito à árvore da vida, que poderão entrar na cidade pelas portas e que estarão para sempre com Jesus na Jerusalém Celestial?
Somente aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro.
Um dos questionamentos mais comuns da humanidade, sobretudo aqueles que buscam o sentido da vida e/ou um encontro real com o Criador é: por que Deus não se revela a nós de maneira explícita? É claro que, primeiramente, encontramos a resposta em alguns textos do Antigo Testamento, e.g., na ocasião em que Moisés roga a Deus que mostre a ele sua glória e obtém a seguinte resposta: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá”1.
Quando se despojou de Sua Glória e habitou entre nós como homem, o mundo veio a conhecer a Deus por intermédio de Jesus, “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”2, “o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação”3.
O próprio Jesus por vezes afirmou que “quem me vê a mim vê o Pai”4. Dessa maneira, sabemos que “a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome”5.
Mas a pergunta é: por que Deus não aparece explicitamente à humanidade hoje com a finalidade de convencer a todos acerca de Sua existência?
Sem dúvida, uma das coisas mais fantásticas da criação reside no fato de que Deus colocou em cada um de nós a liberdade de escolha. Destarte, temos liberdade tanto para aceitá-lo, como para rejeitá-lo.
Tal liberdade faz de nós criaturas morais, aptas a escolher nosso modus vivendi e, por conseguinte, nosso destino final. O Pai nos concede a oportunidade de fazermos as escolhas, inclusive onde desejamos passar a eternidade.
Objetivando assegurar essa liberdade que nos outorgou, Ele nos inseriu em um ambiente em que as provas de sua existência são abundantes6 mas sem a sua presença direta, uma vez que, se viesse a se revelar hoje, como Ele é, em toda a Sua Glória (sem levar em conta o motivo da não-aparição a Moisés), seríamos irresistível e inevitavelmente atraídos a Ele e, por conseguinte, teríamos nossa liberdade de escolha tolhida, violada.
Sua Glória nos “coagiria”, meros mortais, a aceitá-lo, temerosos de sermos fulminados.
Desse modo, Ele colocou no mundo evidências o suficiente para que, qualquer um que abra o coração sem parcialidade e sem ressalvas, venha a crer em Sua existência.
Por outro lado, colocou de igual maneira certa ambiguidade, de forma que, aquele em quem não haja tal disposição, não seja compelido a tal.
O Pai quer que devotemos nosso amor a Ele de livre e espontânea vontade. Doutra forma, não seria amor, mas medo ou qualquer outro sentimento. Menos o amor.
Que o Pai das Luzes abençoe sua vida.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
1. Êxodo 33.20; 2. Colossenses 2.9; 3. Colossenses 1.15; 4. João 12.45, 14.9; 5. João 1.12; 6. “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”. (Romanos 1.20)
Jesus, o maior filósofo que já existiu (Peter Kreeft) Conheças as ideias do maior pensador de todos os tempos
Com admirável rigor e concisão, Peter Kreeft reconstrói os ensinamentos de Jesus sob uma nova ótica, indicando como cada uma das áreas clássicas da filosofia contribuiu para uma filosofia ainda maior. Jesus, o maior filósofo que já existiu relata a mais radical revolução na história da filosofia, ao apresentar ao leitor as diferenças que Jesus fazia entre a metafísica (origem da filosofia), a epistemologia (a filosofia do conhecimento), a antropologia (a filosofia do homem), a ética e a política.
A origem do mal e do pecado é um dos temas mais instigantes do cristianismo. Assunto capaz de “dar nó no cérebro” de qualquer um, salvo naqueles "teólogos" que têm suas respostas prontas obtidas junto a seminários concluídos via ECT e ostentam seus diplomas recebidos via sedex. Esses, negando-se a raciocinar, se limitam a repetir os clichês decorados de suas apostilas. Não desenvolvem o pensamento crítico e reflexivo necessário a todo aquele que pensa por si e que não diz amém para tudo.
Porém, para aqueles que preferem a inquietude da reflexão à inércia cerebral, é lançada a questão: Qual a origem do mal e do pecado?
Partilho com vocês algumas meditações que tem feito parte dos meus dias e que, conquanto estejam a anos-luz de esgotar (ou mesmo iniciar) o assunto, servem como azimute para o direcionamento à resposta (ou uma das) ao questionamento em tela:
Inicialmente, cumpre-nos ressaltar que, se Deus é bom, o mal não pode ser proveniente d’Ele. “Deus criou o inimigo”, podem afirmar alguns. Devo aqui discordar. Deus não criou o inimigo, o diabo, cuja essência do caráter é má, aquele que veio “a roubar, a matar e a destruir” (Jo 10.10). O que Ele criou foi um querubim ungido (Ez 28.14) e bom, que não foi induzido por outrem a pecar. Antes, pecou de per si.
E quanto ao homem, o que diremos? Como ele veio a pecar, ou de onde provém sua vontade de pecar? É fato que, antes da Queda, Adão pôde optar entre cometer ou não cometer a transgressão à ordenança divina. Isso quer dizer que Deus criou o homem bom (ou muito bom, vide Gn 1.31) e dotado da liberdade de escolha. Simples assim: Deus não fez marionetes, mas seres humanos. A Palavra nos diz que “Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções” (Ec 7.29).
Ou seja, o Eterno criou-nos com a capacidade de escolha moral. Por conseguinte, nos deu a liberdade de aceitá-lo ou rejeitá-lo. Enquanto a aceitação a Ele conduz ao bem, sua rejeição conduz ao mal. Em outras palavras, o mal nada mais é do que a rejeição ao Bem. E essa rejeição é decorrente da liberdade à humanidade concedida. Afinal, repito: Deus não fez marionetes, mas seres humanos.
É conveniente lembrar que, em decorrência de sua rebelião, o querubim ungido foi condenado a permanecer apartado de Deus por toda a eternidade (Ap 20.10). De igual maneira, nossos primeiros pais foram condenados por sua conduta desobediente (Gn 3).
Não pensemos nós que ficaremos impunes se agirmos também de maneira contrária à vontade de Deus, afinal, se ele não perdoou aos anjos que pecaram, tampouco ao mundo antigo, e Sodoma e Gomorra (II Pe 2.4)...
Em Sua infinita bondade Ele nos dá, concomitante à liberdade de escolha, a “dica”, a direção a seguir: “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente” (g.m.) (Dt 30.19).
Enfim, Deus é bom, e d’Ele provém “toda boa dádiva e todo o dom perfeito” (Tg 1.17). O mal surge no coração do homem, quando esse não dá ouvidos ao Bem supremo. Quando diz “seja feita a minha vontade”, ao invés de “seja feita a Tua vontade”.
"Ninguém, de modo algum, a não ser Deus onipotente, pode ser o Criador de tais almas, de dar-lhes a existência, antes mesmo de ter sido amado por elas. E reformá-las, amando-as; e aperfeiçoá-las, quando por elas amado. É Ele que dá o ser às almas que não existem ainda. E àqueles que o amam como autor de sua existência concede-lhes o poder de serem felizes."
Citação extraída de:
FERREIRA, Franklin. Agostinho de A a Z. São Paulo: Editora Vida, 2007. (Série Pensadores Cristãos)