O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

sábado, 23 de junho de 2012

Carta ao Reverendo Van Diesel

(Carta fictícia, escrita pelo Rev. Augustus Nicodemus Lopes)

Prezado Reverendo Van Diesel,

Obrigado por ter respondido minha carta. Você foi muito gentil em responder minhas perguntas e explicar os motivos pelos quais você costuma ungir com óleo os membros de sua igreja e os visitantes durante os cultos, além de ungir os objetos usados nos cultos.
Eu não queria incomodá-lo com isto, mas o Severino, membro da minha igreja que participou dos seus cultos por três domingos seguidos, voltou meio perturbado com o que viu na sua igreja e me pediu respostas. Foi por isto que lhe mandei a primeira carta. Agradeço a delicadeza de ter respondido e dado as explicações para sua prática.
Sem querer abusar de sua gentileza e paciência, mas contando com o fato de que somos pastores da mesma denominação, permita-me comentar os argumentos que você citou como justificativa para a unção com óleo nos cultos.
Você escreveu, "A unção com óleo era uma prática ordenada por Deus no Antigo Testamento para a consagração de sacerdotes e dos reis, como foi o caso com Arão e seus filhos (Ex 28:41) e Davi (1Sam 16:13). Portanto, isto dá base para se ungir pessoas no culto para consagrá-las a Deus." Meu caro Van Diesel, nós aprendemos melhor do que isto no seminário presbiteriano. Você sabe muito bem que os rituais do Antigo Testamento eram simbólicos e típicos e que foram abolidos em Cristo. Além do mais, o método usado para consagrar pessoas a Deus no Novo Testamento para a realização de uma tarefa é a imposição de mãos. Os apóstolos não ungiram os diáconos quando estes foram nomeados e instalados, mas lhes impuseram as mãos (Atos 6.6). Pastores também eram consagrados pela imposição de mãos e não pela unção com óleo (1Tim 4.14). Não há um único exemplo de pessoas sendo consagradas ou ordenadas para os ofícios da Igreja cristã mediante unção com óleo. A imposição de mãos para os ofícios cristãos substituiu a unção com óleo para consagrar sacerdotes e reis.
Você disse que "Deus mandou Moisés ungir com óleo santo os objetos do templo, como a arca e demais utensílios (Ex 40.10). Da mesma forma hoje podemos ungir as coisas do templo cristão, como púlpito, instrumentos musicais e aparelhos de som para dedicá-los ao serviço de Deus. Eu e o Reverendo Mazola, meu co-pastor, fazemos isto todos os domingos antes do culto." Acho que aqui é a mesma coisa que eu disse no parágrafo anterior. A unção com óleo sagrado dos utensílios do templo fazia parte das leis cerimoniais próprias do Antigo Testamento. De acordo com a carta aos Hebreus, estes utensílios, bem como o santuário onde eles estavam, “não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma” (Hb 9.10). Além disto, o templo de Salomão já passou como tipo e figura da Igreja e dos crentes, onde agora habita o Espírito de Deus (1Co 3.16; 6.19). Não há um único exemplo, uma ordem ou orientação no Novo Testamento para que se pratique a unção de objetos para abençoá-los. Na verdade, isto é misticismo pagão, puro fetichismo, pensar que objetos absorvem bênção ou maldição.
Você também argumentou que “Jesus mandou os apóstolos ungir os doentes quando os mandou pregar o Evangelho. Eles ungiram os doentes e estes ficaram curados (Mc 6.13).” Nisto você está correto. Mas note o seguinte: (1) foi aos Doze que Jesus deu esta ordem; (2) eles ungiram somente os doentes; (3) e quando ungiam, os enfermos eram curados. Se você, Van Diesel, e seu auxiliar Mazola, curam a todos os doentes que vocês ungem nos cultos, calo-me para sempre. Mas o que ocorre? Vocês ungem todo mundo que aparece na igreja, crianças, jovens, adultos e velhos... Você fica de um lado e o Mazola do outro, e as pessoas passam no meio e são untadas com óleo na testa, gente sadia e com saúde. Se há enfermos no meio, eles não parecem ficar curados. Pelo menos o membro da minha igreja que esteve ai por três domingos seguidos não viu nenhum caso de cura. Ele me disse que você e o Mazola ungem o povo para prosperidade, bênção, proteção, libertação, etc. É bem diferente do que os apóstolos fizeram, não é mesmo? 
Quando eu questionei a unção das partes íntimas que você faz numa reunião especial durante a semana, você replicou que “a unção com óleo sagrado e abençoado é um meio de bênção para as pessoas com problemas de esterilidade e se aplicado nas partes íntimas, torna as pessoas férteis. Já vi vários casos destes aqui na minha igreja.” Sinceramente, Van Diesel, me dê ao menos uma prova pequena de que esta prática tem qualquer fundamento bíblico! Lamento dizer isto, mas dá a impressão que você perdeu o bom senso! Eu me pergunto por que seu presbitério ainda não tomou providências quanto a estas práticas suas. Deve ser porque o presidente, Reverendo Peroba, seu amigo, faz as mesmas coisas.
Seu último argumento foi que “Tiago mandou que os doentes fossem ungidos com óleo em nome de Jesus (Tg 5.14).” Pois é, eu não teria problemas se os pastores fizessem exatamente o que Tiago está dizendo. Note nesta passagem os seguintes pontos.
A iniciativa é do doente: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor."
Ele chama “os presbíteros da igreja” e não somente o pastor.
O evento se dá na casa do doente e não na igreja.
E o foco da passagem de Tiago, é a oração da fé. É ela que levanta o doente, “E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tg 5.15).
Ou seja, não tem como usar esta passagem para justificar o “culto da unção com óleo santo” que você faz todas as quintas-feiras e onde unge quem aparece. Não há confissão de pecados, não há quebrantamento, nada do que Tiago associa com esta cerimônia na casa do doente.
Quer saber, Van Diesel, eu até que não teria muitos problemas se os presbíteros fossem até a casa de um crente doente, que os convidou, e lá orassem por ele, ungindo com óleo, como figura da ação do Espírito Santo. Se tudo isto fosse feito também com um exame espiritual da vida do doente (pois às vezes Deus usa a doença para nos disciplinar), ficaria de bom tamanho. E se houvesse confissão, quebrantamento, mudança de vida, eu diria amém!
Mas até sobre esta unção familiar eu tenho dúvida, diante do uso errado que tem sido feito da unção com óleo hoje. De um lado, há a extrema unção da Igreja Católica, tida como sacramento e meio de absolvição para os que estão gravemente enfermos e se preparam para a morte. Por outro, há os abusos feitos por pastores evangélicos, como você. O crente doente que convida os presbíteros para orarem em sua casa e ungi-lo com óleo o faz por qual motivo? Ungir com óleo era comum na cultura judaica e oriental antiga. Mas entre nós...? Será que este crente pensa que a unção com óleo tem poderes miraculosos? Será que ele pensa que a oração dos presbíteros tem um poder especial para curar? Se ele passa a semana assistindo os programas das seitas neopentecostais certamente terá idéias erradas sobre unção com óleo. Numa situação destas de grande confusão, e diante do fato que a unção com óleo para enfermos é secundária diante da oração e confissão de pecados, eu recomendaria grande prudência e discernimento.
Mas, encerro por aqui. Mais uma vez, obrigado por ter respondido à minha primeira carta e peço sua paciência para comigo, na hora de ler meus contra-argumentos.
Um grande abraço,
Augustus

PS: Ah, o Reverendo Oliveira e o Presbítero Gallo, seus conhecidos, estão aqui mandando lembranças. Eles discordaram veementemente desta minha carta, mas fazer o quê...?
PS2: Desculpe ter publicado a foto que o Severino acabou tirando daquele seu armário no gabinete pastoral... ele não resistiu.

Fonte: O Tempora, O Mores (Meu blog preferido).

domingo, 17 de junho de 2012

Gotas de Sabedoria para a Alma (Hernandes Dias Lopes) - Leitura recomendada

A exiguidade do tempo é uma questão que preocupa a todos, indistintamente. Agendas apertadas, compromissos – sempre considerados inadiáveis e urgentíssimos –, trabalho, estudo, família, trânsito, cobranças.
Esta é a realidade do ser humano do século 21.
E o pior é que todos enfrentamos esse tipo de agenda dia após dia, em muitos casos, sem qualquer perspectiva de saída a curto prazo. Tarefas urgentes substituem as necessárias e mais importantes questões da vida, e cobramos a nós mesmos por mais tempo com qualidade.
Para o cristão, ciente da necessidade de um contato diário com o Criador, a angústia da falta de tempo costuma ser um fardo espiritual enorme.
Para estes, e todos aqueles que olham para suas próprias vidas com uma insatisfação recorrente, o devocional Gotas de sabedoria para a alma é mais que leitura recomendada: trata-se, mesmo, de um bálsamo. Hernandes Dias Lopes, pastor presbiteriano, escritor e conferencista dos mais requisitados, tem dedicado parte importante de seu tempo ao trato desse tipo de questão da alma que afligem seus leitores – e sempre à luz das Sagradas Escrituras, o que confere aos seus escritos inegável legitimidade e relevância.
Gotas é de uma sensibilidade impressionante.  Através de uma coleção de meditações diárias (uma para cada dia do ano), o livro descortina ao leitor um panorama da vida moderna, só que observada por ângulo diferente.
Situações as mais variadas – gestão de tempo, criação de filhos, cuidados com a integridade pessoal, administração financeira, auto-estima e bem estar físico e espiritual – vão pingando ao longo da leitura, trazendo conforto e cura para a alma. Cada tema é abordado com fundamentação na Palavra de Deus, proporcionando orientação segura para as demandas do cotidiano.
Nestes tempos de superficialidade e ausência de compromisso, Gotas de sabedoria para a alma conduz o leitor a delimitar pontos de partida para importantes encontros com o próximo, com o divino e, talvez o mais importante, consigo mesmo.
Por que ler este livro:
A leitura de devocionais tem ajudado muitos leitores a organizar a própria vIda sobre fundamentos sólidos – e, por que não dizer, eternos. Gotas de sabedoria para a alma oferece orientação sobre disciplinas espirituais, tão importantes quanto relegadas nos dias de hoje. É excelente auxílio para pessoas que não dispõem (ou pensam não dispor) de tempo em meio aos compromissos diários, uma vez que pode ser lido no transporte, deixado à mesa de trabalho ou na cabeceira da cama.
Quem deve ler este livro:
A leitura é indicada para todo tipo de leitor, especialmente aquele que busca mensagens espiritualmente saudáveis para orientar sua vida. É uma excelente opção de presente para Natal e aniversários pois fornece uma leitura que transforma e inspira pessoas de diferentes tipos. O Devocional Gotas de sabedoria  estabelece um marco na história do autor e da editora por se tratar do livro número 100 escrito por Hernandes Dias Lopes.
Sinopse extraída do site da Editora Hagnos.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Casamento, divórcio e novo casamento (Hernandes Dias Lopes) - Leitura recomentada

A obra expõe princípios e propósitos bíblicos para o desenvolvimento de um relacionamento conjugal consistente.
Sua abordagem orienta àqueles que já foram, aos que são casados, como também aos recém-casados e aos noivos em questões fundamentais da vida a dois.
Trata com sensibilidade pastoral os que foram feridos pelo divórcio e apresenta uma avaliação a respeito do novo casamento.
Sinopse extraída do site da Editora Hagnos.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian



quinta-feira, 7 de junho de 2012

Jekyll and Hyde, id e ego, carne e Espírito

No ano de 1886 foi publicado na Inglaterra o famoso livro "The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde", de Robert Louis Stevenson, que em português recebeu o título "O Médico e o Monstro". O enredo da obra em questão, que já foi amplamente explorada no cinema, no teatro e na literatura, se passa em Londres e narra a história do Dr. Jekyll, cidadão que se vê dividido entre duas personalidades, ambas consideradas por ele verdadeiras e dignas de crédito: de um lado um respeitado doutor, de conduta exemplar e acima de qualquer suspeita. Do outro, alguém interessado nos prazeres carnais ilícitos, pronto a dar vazão a seu lado cruel e hedonista. Face a tão grande impasse, o doutor busca na ciência uma solução para esse dualismo interior: cria uma poção através da qual consegue se metamorfosear, passando de uma personalidade para outra mediante a ingestão da substância. A partir de determinado momento, o cientista é subjugado por sua invenção e fica impossibilitado de controlá-la, passando a cometer suas atrocidades de maneira cada vez mais frequente...
De Dr. Jekyll e Mr. Hide todo mundo tem um pouco...
A observação da obra de Freud nos permite perceber no conto em questão uma história que envolve o princípio do prazer e o princípio da realidade que, segundo o pai da psicanálise, regem a vida do homem.
Dr. Jekyll, sob a opressão da vida civilizada, reprime seus impulsos inconscientes. Ao ingerir a poção, aquele bondoso e gentil homem vê tais impulsos virem à tona, ocasião em que se transforma num monstro egoísta, possuidor de impulsos sexuais e agressivos incontroláveis.
Como sabemos, para Freud na sua forma final, a mente possui três instâncias: o id, o ego e o superego. De maneira resumida ao máximo, podemos afirmar que: 
  • O id é o depósito de nossas emoções e impulsos instintivos, sexuais e agressivos. É o inconsciente.
  • O superego é a nossa consciência.
  • Ao ego, cabe a árdua tarefa de mediar as relações entre id, superego e o mundo exterior. Ou, nas palavras do próprio Freud, "O ego representa o que pode ser chamado de razão e senso comum, em contraste com o id, que contém as paixões."
Mas como disse acima, de Dr. Jekyll e Mr. Hide todo mundo tem um pouco...
Como a Bíblia Sagrada nos dá conta, há um constante conflito em nosso interior:
"Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer." (Gálatas 5.17)
Tal conflito é retratado de maneira ímpar pelo Apóstolo Paulo, em sua epístola aos Romanos:
"Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado." (Romanos 7.18-25)

A batalha interior é travada diariamente: Jekyll contra Hide. Espírito contra carne. Id contra ego. Ao se ingerir a poção chamada vontade própria, se dá vazão aos desejos da carne, deixando a vontade de Deus de lado.
Num porão obscuro chamado inconsciente ficam armazenados resquícios da velha natureza, anteriores ao novo nascimento. Tais resquícios por vezes querem adentrar na sala clara chamada consciente. Mas para tal, precisam passar pelo portal denominado subconsciente, que possui um guardião chamado Espírito Santo. Graças a Deus.
Que nosso Mr. Hyde interior, ou a natureza carnal, sucumba a cada dia. E que o Espírito sempre prevaleça em nossas vidas. Para isso, consagremos nosso ser ao Pai Eterno, num crescente contínuo.
Deus nos abençoe e nos ajude.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

sábado, 2 de junho de 2012

Jesus, a âncora da alma

Na Epístola aos Hebreus capítulo 6.17-20 temos o seguinte texto:
"Por isso, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento;
Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta;
A qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu,
Onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque."
Há opiniões díspares acerca do que seriam as duas coisas imutáveis a que se referem a Palavra: alguns supõe que sejam a promessa e o juramento, com base no versículo 17. Para outros, trata-se dos dois conteúdos da promessa de Deus a Abraão, a saber, a terra e os descendentes.

Mas o intento do presente texto é focar um termo utilizado no versículo 19: "âncora da alma". 
A Palavra se refere àqueles que estão firmados em Deus e, por conseguinte, tem firme consolação, contam com um refúgio sem igual e são detentores da esperança-mor, que é Cristo. Destarte, Cristo é a âncora da nossa alma, é Aquele em que estamos fundados, é quem não permite que nossa vida espiritual venha a naufragar ante as tormentas enfrentadas.
Vejamos algumas características da âncora e de Jesus:
1) A âncora aponta para baixo, Jesus aponta para cima.
2) A âncora não é vista por quem está na superfície, mas é ela quem impede a embarcação de ser levada pela correnteza. De igual maneira não vemos Jesus, mas sabemos que é Ele quem impede que sejamos levados pelo mar revolto da nossa existência.
3) A âncora das embarcações necessita ser pesada, mas Jesus, como a âncora de nossa alma, é leve. Como Ele nos diz em sua Palavra, "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." (Mateus 11:28-30).

O texto em apreço nos indica que a âncora da alma, segura e firme, penetra além do véu. Ou seja, a âncora da vida do cristão está firmada na parte mais segura do tabernáculo celeste, que é o tabernáculo original a partir do qual o santuário foi construído na Terra (8.2; 9.11-12; 10.19,20). Devemos frisar que a entrada no santuário secreto, no Santíssimo Lugar, no Santo dos Santos, é impossível sem Jesus Cristo, o nosso precursor. Ele entrou primeiro para que, com ousadia, pudéssemos segui-lo.
Ou seja, a esperança depositada em Deus, por meio de Cristo, é que fornece-nos a segurança necessária para prosseguirmos. Assim como o navio ancorado no cais, mesmo em meio à tempestade, permanece seguro quando a âncora está fixada em terra, assim ocorre com o cristão: quanto mais as adversidades lhe sobrevêm, mais sua âncora vai se firmando no trono do Pai, nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. 

(Esboço de mensagem pregada em 25/03/12)

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian