O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Finda a "folia", vamos às estatísticas...

Segundo dados divulgados pela Polícia Militar (1), durante o Carnaval 2009 foram registrados no Estado de São Paulo as seguintes ocorrências: 
- Presos em flagrante de crimes: 1.018 (+ 43% em relação ao carnaval 2008);
Ocorrências de desinteligência (desentendimentos em geral): 8.052 (+ 54,88% em relação ao carnaval 2008);
- Ocorrências de embriaguez: 455 (+ 75% em relação ao carnaval 2008); 
- Ocorrências de tráfico de entorpecentes: 261 (+ 8,75% em relação ao carnaval 2008);
- Armas de fogo apreendidas: 179 (+ 33,58% em relação ao carnaval 2008).
Apesar da intensa fiscalização, observou-se elevação na quantidade de acidentes de trânsito em todo o Estado, da ordem de 4,8%. Esses acidentes deixaram como saldo 155 vítimas graves e 42 fatais.
Já de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, entre 0h de sexta-feira (13) e meia-noite de quarta-feira (25) , foram registrados 2.865 acidentes - ante 2.396 em 2008 -, que deixaram 1.784 feridos e 127 mortos. Entre 0h de sexta-feira (13) e meia-noite desta quarta-feira (25) , foram registrados 2.865 acidentes - ante 2.396 em 2008 -, que deixaram 1.784 feridos e 127 mortos. No ano passado, os acidentes deixaram 128 mortos e 1.472 feridos. (2)

E para sua meditação...
"Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá. Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Porém, se plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá a vida eterna." (Gálatas 6.7,8) (3)

“Soli Deo Gloria”

Alessandro Cristian 

(1) Disponível em: www.polmil.sp.gov.br. Acesso em 28 de fevereiro de 2009.

(2) Fonte: Agência Estado. Dados referentes às Rodovias Federais.

(3) Bíblia Sagrada - Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH), Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), Barueri, SP, 2000.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Cicatrizes físicas e morais

“O lábio de verdade ficará para sempre, mas a língua mentirosa dura só um momento.” (Provérbios 12.19)

“Suave é ao homem o pão da mentira, mas, depois, a sua boca se encherá de pedrinhas de areia.” (Provérbios 20.17) 

Em 13 de fevereiro o Brasil foi surpreendido pela notícia de que a advogada brasileira Paula Oliveira, de 26 anos e residente legal na Suíça havia supostamente sido vítima de um ataque de três jovens neonazistas numa estação de trem em Zurique.

Segundo o relato da jovem, três skinheads a atacaram e marcaram seu corpo com um objeto cortante, gravando em sua pele a sigla SVP (iniciais em alemão do partido ultradireitista suíço). A advogada afirmou que, por conta das agressões, teria sofrido o aborto de dois bebês.


Porém, apenas quatro dias após a agressão denunciada, médicos suíços afirmaram que a brasileira não estava grávida, tampouco havia sido agredida, uma vez que havia grande possibilidade de os cortes terem sido feitos por ela própria. Não tardou para que duas publicações suíças afirmassem que Paula tinha confessado a farsa à Polícia, e que ela mesma havia se cortado no banheiro da estação. Por conseguinte, o Ministério Público de Zurique anunciou que Paula Oliveira foi indiciada "por suspeita de induzir as autoridades ao erro". A promotoria também apreendeu o passaporte da brasileira para evitar que ela deixe a Suíça.

A Palavra de Deus nos afirma no Salmo 42.7a: “Um abismo chama outro abismo...”. Toda transgressão traz suas conseqüências. No caso da brasileira, caso se confirme a versão das autoridades suíças, as conseqüências serão, dentre outras:

- Paula vai ficar com fama de “mentirosa”;

- além das cicatrizas físicas, ficará com cicatrizes morais;

- responderá ao processo, correndo o risco de ser condenada;

- não sabe quando poderá retornar ao Brasil;

- ao retornar, será vista com péssimos olhos pelos brasileiros;

- perderá a credibilidade em sua área (advocacia); etc.

Isso além de ser um episódio que veio a denegrir (ainda mais) a imagem do povo brasileiro ante os olhos da sociedade mundial.

Sabemos a quem a Bíblia atribui a paternidade da mentira (Evangelho segundo escreveu João, capítulo 8 versículo 44).

Que o Senhor nos abençoe e nos livre de todo o engano. E que Paula Oliveira se arrependa de seu erro.

“Soli Deo Gloria”

Alessandro Cristian

Citações bíblicas extraídas da Bíblia de Estudo Pentecostal, versão Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A política do "pão e circo" em nossos dias

Tudo o que o povo precisa é de pão e circo. Há alguns séculos, no início da Era Cristã, essa era a política adotada pelo Império Romano. Sabemos que Roma chegou a dominar o mundo em determinado momento da história da humanidade. Tornou-se a maior potência política e econômica. Mas a expansão urbana tornou-se também um sério problema social para Roma. Cada nação subjugada significava mais escravos a serviço do Império. Essa escravidão veio a ser o estopim para o desemprego dos camponeses, que perderam seu espaço e migraram para as cidades em busca de emprego e melhores condições de vida.

Esse êxodo veio a deixar o Império temeroso de que aquela massa de desempregados viesse a se revoltar. Como saída, foi criada a política do Pão e Circo , que consistia em oferecer à massa ignara comida e diversão. Diariamente ocorriam batalhas de gladiadores no Coliseu e em outros estádios, onde era fornecido alimento ao público. Com o “pão” e o “circo”, o povo acabava por se esquecer das dificuldades da vida e, por conseguinte, menores eram as chances do povo se rebelar.

Séculos se passaram, e a política do panis et circensis continua atualíssima no mundo como um todo e, especialmente em terra brasilis.

É fato que, em se tratando de panis, por vezes há escassez. Mas em matéria de circensis é o que há no país.

Dentre os “circos” de nossos dias, citemos o Carnaval. Anualmente, todo mês de fevereiro, observamos que o povo se esquece da precariedade do sistema de saúde do Brasil, da violência urbana, do trânsito caótico das grandes cidades, da miséria e da corrupção reinantes em nosso país. E cai na ilusória “folia”. Mergulha de cabeça no circo.

A diferença básica é que, enquanto na Roma antiga eram fornecidos o pão e o circo, no Brasil só vemos o circo. Segundo estatísticas apresentadas pelos telejornais em 19 de fevereiro, no primeiro mês de 2009 o país ganhou mais cerca de 100.000 desempregados. Reflexos da crise mundial.

Passada a “folia”, na quarta-feira de cinzas tudo volta ao normal. E, mesmo sem pão, já começam os planos para o próximo carnaval. É lamentável.

Oriente suas ações por essas palavras, não só durante o carnaval, mas durante toda a sua vida.

“... não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. (Tiago 4.4)

“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. (I João 2.15-17)

“Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis”. (Gálatas 5.16,17)

 “Soli Deo Gloria”  

AlessandroCristian

Citações bíblicas extraídas da Bíblia de Estudo Pentecostal, versão Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O cristão e a eutanásia

O caso da italiana Eluana Englaro, falecida em uma clínica localizada em Udine (nordeste da Itália) em 09 de fevereiro de 2009, quatro dias após os médicos retirarem a sonda que a alimentava artificialmente, trouxe novamente à tona um polêmico tema: a eutanásia.

A história em comento foi amplamente noticiada pela imprensa mundial. Façamos uma breve recapitulação do caso: Eluana foi vítima de um acidente de trânsito em 1992, e a partir daí permanecia em coma. À época do acidente tinha 21 anos, e permaneceu por 17 em estado vegetativo irreversível. Em novembro de 2008, seus pais conseguiram na Justiça uma autorização para a filha pudesse morrer. Em 06 de fevereiro, a alimentação de Eluana foi suspensa, tendo dessa maneira se iniciado o procedimento de eutanásia. Faleceu aos 38 anos.

Mas vejamos o que vem a ser eutanásia. Quanto à raiz etimológica, eutanásia é uma palavra de origem grega, resultado da soma de eu, que quer dizer bom/boa e thanatos, que significa morte. Ou seja, eutanásia quer dizer boa morte, ou “morte sem sofrimento”. Sua prática consiste em tirar a vida de uma pessoa para livrá-la dos sofrimentos que a está afligindo por causa de alguma doença incurável ou irreversível.

A eutanásia passiva é uma medida moralmente aceitável, na opinião geral. Essa forma de aliviar o sofrimento humano consiste no desligamento de máquinas e aparelhos capazes de manter artificialmente a vida do paciente. Neste caso, a vida humana está sendo possível por meios artificiais. Geralmente, quando a pessoa chega a esse estágio é sinal de que o cérebro entrou em colapso e apenas o coração e a respiração estão sendo mantidos por meio de máquinas e aparelhos. 
Já a eutanásia ativa é a interrupção deliberada da vida biológica, e não o mero desligamento de aparelhos e máquinas. A realização desse tipo de eutanásia é um assunto plenamente discutido. Geralmente é praticada quando o paciente está sofrendo muito e os medicamentos usados para aliviar a sua dor não surtem mais o efeito desejado. Ao ver o ente querido nesse quadro clínico irreversível, a família do paciente sofre junto com ele, porque esse terrível sofrimento pode arrastar-se por meses ou anos. A morte, então, torna-se a melhor saída para aliviar a dor paciente. Como o seu falecimento pode demorar e ele permanecer agonizando, a família decidi então antecipar a sua morte para amenizar a sua dor. (1) 


A eutanásia no Brasil:

O Artigo 5º da nossa Constituição Federal traz em seu caput o seguinte texto:

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” (grifo meu).

Ou seja, o direito à vida, que vem no topo do rol dos direitos fundamentais do homem, como tal é um direito supremo e inviolável, sem o qual não existiriam os demais direitos fundamentais. É inerente ao ser humano, devendo ser tutelado por lei.

Dessa maneira, entendemos que a vida de um ser humano não poderá ser abreviada em circunstância alguma, pois tal ato constitui-se num ato ilícito. E inconstitucional.


E a Bíblia, diz algo sobre a eutanásia?

Em Eclesiastes 8.8a lemos que “Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para reter o espírito; nem tem poder sobre o dia da morte...”. Já na Primeira Carta de Paulo aos Coríntios está escrito que ... quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (I Co 15.54,55).

Destarte, com base nesses versículos, e na Palavra de Deus como um todo, vemos que o SENHOR tem a palavra final sobre a morte e a vida.  

Mas, conquanto não haja na Bíblia Sagrada nenhuma alusão direta à eutanásia, há incontáveis referências ao valor da vida, que é uma dádiva preciosa de Deus: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine ... sobre toda a terra.  E criou Deus o homem à sua imagem... E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a ...” (Gênesis 1.26-28). 

Em Gênesis 9.5,6 vemos que a vida é sagrada: “E certamente requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; da mão de todo animal o requererei, como também da mão do homem e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem. Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem”.

Enquanto a vida eterna é um dom gratuito de Deus, a morte não é o fim e nem uma fuga ao sofrimento: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23). 

Com sua restrita visão, o ser humano não pode querer determinar seus passos por aquilo que espera, uma vez que quem define o final é Deus: “... todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mateus 26.39).

O mais importante é que saibamos que não cabe a nós tirar a vida do semelhante, mas preservá-la. Que Deus nos livre de todo o mal. Busquemos a orientação e a presença de Deus, pois só Ele pode nos orientar e nos dar a Sua força para superarmos situações e tomarmos decisões.

"Soli Deo Gloria"

Alessandro Cristian


Citações bíblicas extraídas da Bíblia de Estudo Pentecostal, versão Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

(1) Fonte: www.cacp.org.br. Acesso em 14 de fevereiro de 2009.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O cristão e a sexta-feira 13 (ou "O cristão e a superstição")

É fato que, de um modo geral, o ser humano é um tanto quanto supersticioso. Segundo uma das definições dadas pelo Dicionário Aurélio, superstição é “sentimento religioso baseado no temor e na ignorância, e que induz a admitir falsos deveres, recear coisas fantásticas, etc.”. Já “superstição religiosa”, segundo Soares (2006, p. 337) é “um conjunto de crendices sem bases factuais, apoiado na ignorância, no desconhecido e no medo, presente em todas as religiões novas e velhas. São crendices nocivas à fé cristã, pois levam a pessoa a temer coisas inócuas e depositar sua fé em absurdos”.

Nos meses de fevereiro e março do corrente ano teremos sextas-feiras 13, o que leva muitos a se encherem de temor e receio ante a simples menção da referida data. Mas de onde vem essa crença de que a sexta-feira 13 traz mau agouro? Conforme disserta Soares (p. 342):

“O número 13 é tido, por alguns, como bom agouro, e para outros, como infortúnio... Uns atribuem a origem da superstição do 13 azarado aos vikings ou outros normandos; outros ao cristianismo. Sexta-feira foi o dia em que Jesus morreu e 13 é referência a Judas Iscariotes, que, segundo os supersticiosos, era o décimo terceiro homem da reunião da Última Ceia”.

O autor finaliza com a afirmação de que “não há, portanto, indício algum para confirmar essa versão” 

Diante disso, faz-se o seguinte questionamento: deve o cristão temer a sexta-feira 13 e as tolas crendices que a acompanham? Resposta: de maneira nenhuma, pois “Deus não nos deu o espírito de temor” (II Timóteo 1.7); e “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Romanos 8.15).

Conforme nos assegura a Palavra de Deus no Salmo 91 (que por vezes é erroneamente utilizado como mero amuleto), enquanto estivermos habitando no esconderijo do Altíssimo, isto é, enquanto estivermos depositando nossa confiança em Deus e recebendo sua proteção, “nenhum mal nos sucederá, nem praga alguma chegará à nossa tenda”. E “Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos” (Salmo 91.11). Ele é nosso refúgio e fortaleza.

Posso finalizar com as palavras do Apóstolo Paulo, inspiradas pelo Espírito Santo de Deus e registradas em sua carta destinada inicialmente à igreja de Cristo em Roma: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8.31).

Que o SENHOR continue nos abençoando e nos livrando de todo o mal a cada dia.

Soli Deo Gloria”

Alessandro Cristian

Referências bibliográficas: 

Bíblia de Estudo Pentecostal, versão Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

SOARES, Esequias. Heresias e Modismos. 1ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (Autor). Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

"O pecado, a religião e Jesus Cristo"

 frases que ouvimos ou lemos em nossa trajetória que acabam por ficar gravadas na memória. Por vezes, não nos lembramos da fonte, mas as palavras estão lá, armazenadas. Uma dessas frases que trago comigo é: “O pecado deforma; a religião conforma; mas só Jesus Cristo transforma.” Não me recordo se li ou ouvi. Mas sem dúvida, conquanto seja uma assertiva extremamente simples, é carregada de significado. Façamos uma breve análise dessas palavras:

“O pecado deforma”: No Jardim do Éden, disse o Senhor Deus ao homem: “Você pode comer as frutas de qualquer árvore do jardim, menos da árvore que dá o conhecimento do bem e do mal. Não coma a fruta dessa árvore; pois, no dia em que você a comer, certamente morrerá” (Gênesis 2.16,17). Ao desobedecer o Criador, as conseqüências para o homem foram inevitáveis:

1º - a morte espiritual e moral ocorreram de imediato. Posteriormente, veio a morte física (Gênesis 5.5);

2º - a perda da inocência moral e a consequente perda da comunhão com Deus. Enquanto em Gênesis 2.25 lemos que tanto o homem como a sua mulher estavam nus, mas não sentiam vergonha”, em Gênesis 3.10, quando procurado pelo Criador, o homem respondeu: “Eu ouvi a tua voz, quando estavas passeando pelo jardim, e fiquei com medo porque estava nu. Por isso me escondi”.

Antes da Queda, a comunhão do homem com o Criador era perfeita. Após, todos vem ao mundo já com uma natureza pecaminosa. A Palavra de Deus nos afirma na Carta de Paulo aos Romanos, capítulo 5.12, que “o pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana, porque todos pecaram”. Em suma, o pecado deforma a comunhão do homem com Deus. Conforme está escrito no Livro do profeta messiânico Isaías, no capítulo 59.1,2: “Vocês estão pensando que o SENHOR perdeu a força e não pode nos salvar? Ou pensam que ele está surdo e não pode nos ouvir? Pois são os pecados de vocês que os separam do seu Deus, são as suas maldades que fazem com que ele se esconda de vocês e não atenda as suas orações”. Já o Salmo 66.18 afirma: “Mas, se eu tivesse guardado maus pensamentos no coração, o Senhor não teria me ouvido”. Ou seja, se quisermos ser ouvidos pelo Senhor, se faz necessário que tenhamos o coração livre de maus pensamentos. Para que nossa ligação com o Pai não seja deformada, não podemos atender à iniquidade em nossos corações.

“A religião conforma”: isso é uma realidade. Quantas pessoas religiosas ao extremo percebemos ao nosso redor, mas ainda lhes falta algo. No capítulo 10 do Livro de Atos dos Apóstolos, a Bíblia nos relata a história de um homem chamado Cornélio, o qual era comandante de um batalhão romano. Era um homem religioso; ele e todas as pessoas da sua casa adoravam a Deus. Cornélio ajudava muito os judeus pobres e orava sempre ao Senhor. Em certa ocasião, Deus deu a ele uma visão: “... ele viu claramente um anjo de Deus, que chegou perto dele e disse: Cornélio! Ele ficou olhando para o anjo e, com muito medo, perguntou: O que é, senhor? O anjo respondeu: Deus aceitou as suas orações e a ajuda que você tem dado aos pobres e ele não esqueceu você. Agora mande alguns homens até a cidade de Jope para buscarem o homem chamado Simão Pedro. Ele está hospedado na casa de outro Simão, um curtidor de couros que mora na beira do mar" (Atos 10.3-6).

Apesar de tudo, ainda lhe faltava uma coisa: crer em Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador de sua alma, motivo pelo qual Deus ordenou a Pedro que lhe anunciasse a Palavra (para uma maior compreensão do fato, é conveniente que seja feita a leitura de todo o capítulo 10 do Livro de Atos). Muitos simplesmente afirmam seguir determinada religião por tê-la herdado de seus ascendentes, não sabendo sequer os fundamentos mais simples de sua profissão de fé. Quando questionadas acerca de sua crença, não hesitam em afirmar taxativamente: sou “evangélico”, ou sou “católico”, e assim por diante. Mas não sabem o porquê. Como se a religião em si salvasse alguém.

Por fim, “Jesus Cristo transforma”. Em sua Palavra, O SENHOR Deus diz por intermédio do profeta Isaías: “Venham cá, vamos discutir este assunto. Os seus pecados os deixaram manchados de vermelho, manchados de vermelho escuro; mas eu os lavarei, e vocês ficarão brancos como a neve, brancos como a lã” (Isaías 1.18). Já a Carta de Paulo aos Romanos nos traz a seguinte verdade: “Agora já não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus. Pois a lei do Espírito de Deus, que nos trouxe vida por estarmos unidos com Cristo Jesus, livrou você da lei do pecado e da morte” (Romanos 8.1,2); e a segunda Carta de Paulo aos Coríntios nos assegura: “Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo” (II Co 5.17). Para nascer de novo, se tornar nova criatura, só por intermédio de Cristo (Leia o capítulo 3 do Evangelho segundo escreveu o Apóstolo João).

Só Jesus pode perdoar os meus e os seus pecados. Não há pastor, padre ou santo que possa, mas Jesus pode. Ele é o único mediador entre Deus e os homens (I Tm 2.5).

Como nos afirma a Palavra, o inimigo veio para roubar, matar e destruir. Mas Jesus Cristo veio para que tenhamos vida, e a tenhamos em abundância (Evangelho de João 10.10). Prove dessa vida. 

Que o SENHOR nos abençoe e nos ajude a não sermos meros religiosos.

“Soli Deo Gloria”

Alessandro Cristian 

Citações bíblicas: Bíblia Sagrada - Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH), Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), Barueri, SP, 2000.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O Centurião de Cafarnaum

A Bíblia nos relata no Evangelho segundo escreveu Mateus, no capítulo 8.5-13, a história de um homem que deixou Jesus admirado. Como assim, deixou Jesus admirado? Trata-se de um centurião romano, cujo servo jazia paralítico e violentamente atormentado. Na Roma antiga, o centurião era um militar responsável pelo comando de uma centúria, grupamento composto por 100 soldados. Algo como um Comandante de Companhia em nossos dias. Interessante observar que o centurião estava a serviço do Império Romano, que à época dos fatos subjugava Israel. No entanto, o opressor recorreu ao oprimido. Afinal sabemos que Jesus, enquanto homem, estava sob as leis romanas. Mas como Deus, todos devem estar debaixo de sua Lei; e, como Deus, Ele é quem dá paz aos oprimidos (Mateus 11.28). Vejamos o que diz o texto bíblico citado no início do presente artigo:

5 E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe 6 e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico e violentamente atormentado. 7 E Jesus lhe disse: Eu irei e lhe darei saúde. 8 E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará, 9 pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz. 10 E maravilhou-se Jesus, ouvindo isso, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. 11 Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus; 12 E os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes. 13 Então, disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E, naquela mesma hora, o seu criado sarou.”

Dessa leitura bíblica podemos extrair, no mínimo, três lições:

1 – O homem deve ter a humildade de:

a) reconhecer que, independente de cargo, função, posição social, conhecimento, etc., depende de Deus. A Palavra nos afirma que “... todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.23). E o caminho de volta para o Pai é Jesus: “... Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).

b) reconhecer que não é digno, de per si, de ter o Mestre habitando consigo. Reconhecer que precisa de Jesus. Quem éramos, para que o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores adentrasse em nossos lares? Quem éramos, para que Deus enviasse Seu Espírito Santo para em nós fazer morada? Afinal, “... ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” (Salmo 103.14). Mas por Sua infinita misericórdia, Jesus Cristo nos purifica de toda a iniqüidade e nos torna justificados perante o Pai: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1). Porque “pela graça sois salvos, por meio da fé. E isso não vem de vós; é dom de Deus” (Efésios 2.8). E “... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus(Romanos 8.1).   

2 – Basta uma palavra de Jesus para que se resolva nossa situação, por mais problemática que seja. Afinal, Ele é o Verbo, ou a Palavra de Deus. Como nos traz a Bíblia, no capítulo 1, versículos 1-3 do Evangelho segundo escreveu João:

1 No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” Ou seja, tudo foi feito por intermédio de Jesus, que é a Palavra de Deus. Perceba o que diz o versículo 3: sem Ele, nada do que foi feito se fez.

No capítulo 1 do livro de Gênesis, no relato sobre a criação, vemos por repetidas vezes a expressão: “E disse Deus: Haja....”.

Será que aquele que trouxe o universo à existência com Sua Palavra não terá poder para resolver o meu e o seu problema? Será que aquele que “... sustenta todas as coisas pela palavra de seu poder” (Hebreus 1.3) não sustentará também você e eu? Contudo, se faz necessário que lancemos sobre Ele toda as nossas ansiedades, porque Ele tem cuidado de nós (I Pedro 5.7).

3 – Quando exercemos nossa fé, o Mestre se impressiona e se agrada. “... Nem mesmo em Israel encontrei tanta fé”, disse Jesus ao ouvir a confissão do militar romano. Como um pai se compraz em ver seu filho se lançando em seus braços com confiança, sem medo de cair, e o abraçando ternamente, assim se sente o Pai Celestial para conosco.

Que o SENHOR nos abençoe e nos ajude a depositarmos somente n’Ele nossa confiança a cada dia.

“Soli Deo Gloria”

Alessandro Cristian  

Citações extraídas da Bíblia de Estudo Pentecostal, versão Almeida Revista e Corrigida. CPAD, 1995.

O Acordo Ortográfico e a Assembléia de Deus

É fato que todo brasileiro que tenha um mínimo de cultura e que preze pelo emprego correto do vernáculo está ciente da reforma ortográfica da Língua Portuguesa.


A aludida reforma pretende fazer com que cerca de 230 milhões de pessoas, distribuídas nos oito países que falam o português unifiquem sua escrita, sem que a pronúncia das palavras seja alterada. Desse total a maioria está no Brasil, que possui atualmente cerca de 185 milhões de habitantes. É interessante frisar que, embora seja a língua oficial em oito nações, há somente duas variantes de ortografia: a portuguesa e a brasileira. Os sete outros países adotam o modelo de Portugal. As mudanças atingem em menor escala a grafia utilizada no Brasil: cerca de 0,5% das palavras, contra 1,6% de Portugal.


Mas na presente ocasião, dentre a multidão de palavras cuja grafia será alterada, quero chamar a atenção para uma única: “assembléia”. Isso porque uma das regras do novo acordo ortográfico define que “não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tônica das palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação”. Dentre outras palavras afetadas por essa nova regra estão: assembleia, boleia, ideia, epopeico, onomatopéico,  alcaloide, apoio (do verbo apoiar), heroico, jiboia, paranoico, etc.


Onde quero chegar com isso? No fato de que a Assembléia de Deus, centenária denominação da qual faço parte há quase dez anos, terá que “mudar” de nome. Ou melhor, terá que mudar a grafia de seu nome, para Assembleia de Deus.


De acordo com o Decreto Federal n.º 6.583/2008, de 29 de setembro de 2008, o qual promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990:

“Artigo 2º: O referido Acordo produzirá efeitos somente a partir de 1o de janeiro de 2009. 

Parágrafo único.  A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.” 


Portanto, Senhores Pastores, é conveniente já irem alterando as placas e letreiros das igrejas para o povo ir se acostumando.


Que Deus abençoe a todos em Nome de Jesus.


“Soli Deo Gloria”


Alessandro Cristian 


Legislação consultada no site: www.planalto.gov.br. Acesso em 31 de janeiro de 2009.