O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

domingo, 21 de dezembro de 2014

Livros que li em 2014...

1, 2 e 3 João e Judas – Estudo Bíblico (John MacArthur)
1 e 2 Tessalonicenses e Tito – Estudo Bíblico (John MacArthur)
A difícil doutrina do Amor de Deus (D.A. Carson)
A Homilética, a Ética e os pregadores da pós-modernidade (Carlos Alberto Melo)
A Minha Alma Está A(r)mada (Sérgio Pavarini)
Cinco Pontos – Em direção a uma experiência mais profunda da Graça de Deus (John Piper)
Creio na Ressurreição do Corpo (Rubem Alves)
Deus deseja que todos sejam salvos? (John Piper)
Erros escatológicos que os pregadores devem evitar (Ciro Zibordi)
Guia Para Pecadores (Frei Luís de Granada) 
Guia Politicamente Incorreto da América Latina (Leandro Narloch e Duda Teixeira)
Guia Politicamente Incorreto da Filosofia (Luiz Felipe Pondé)
Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil (Leandro Narloch) 
Justificação pela fé somente (Vários)
O Evangelho de Hoje: Autêntico ou Sintético? (Walter J. Chantry)
O grande abismo (C.S. Lewis)
O Império Gnóstico contra-ataca (Samuel Vieira)
O mal-estar na civilização (Sigmund Freud)
O problema do sofrimento (C.S. Lewis)
Paulo de Tarso: Um Apóstolo para as Nações (Pedro L. Vasconcelos – Pedro Paulo A. Funari)
Presente e futuro (C.G. Jung)
Quando tudo não é o bastante (Harold Kushner)
Romanos – Estudo Bíblico (John MacArthur)
Saúde Emocional e a Vida Cristã (Esly Regina Carvalho)
Socorro – Sou Professor da Escola Dominical (Lécio Dornas)
Tempus Fugit (Rubem Alves)

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

"Não importam as circunstâncias" - O louvor segundo Jesus

A base bíblica para a breve exposição a seguir se encontra no Evangelho segundo escreveu Mateus, 26.30: "E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras."
Em que contexto ocorreu o fato relatado no versículo em apreço? Em seu ministério terreno, o Mestre havia acabado de participar da última ceia com seus discípulos, momento em que dá novo significado à Páscoa judaica e institui a Ceia do Senhor, ou Santa Ceia. Após transmitir as últimas orientações, retirou-se para o Getsêmani, onde orou intensamente, tomado de tão grande agonia que "seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão" (Lucas 22.44).
Tal tristeza que tomou conta do Senhor se devia ao fato de que Ele sabia que, nas próximas horas, mesmo sendo inocente seria traído por um de seus discípulos, seria sumariamente julgado, torturado, condenado e morto numa cruz. Mesmo sabendo tudo isso, cantou um hino em louvor ao Pai. A Bíblia não nos diz qual foi o cântico entoado naquela ocasião, embora se supõe que tenha sido um dos Salmos, entre o 113 e o 118, os quais eram comumente cantados durante a comemoração da Páscoa.
Conquanto não saibamos exatamente, é certo que Ele louvou ao Pai. Ele não cantou nada parecido com as canções de autoajuda e vingança que hoje em dia muitos chamam de "hino". Ou você consegue imaginar Jesus cantando algo como os versos horrorosos contidos em "Sabor de Mel"? Ou "Vai lá e pega quem falou da minha vida, avisa que eu estou de pé"?
Não, é inconcebível. Sem dúvida, os louvores entoados pelos lábios do Senhor tinham o Pai como protagonista. Não eram hinos de exaltação ao homem, tampouco palavras de vingança ou recalque. Aliás, o que Jesus ensinou é exatamente o contrário da vingança e do recalque. A Palavra nos ordena que amemos o próximo (Marcos 12.33; Mateus 19.19, 22.39, etc.), e consideremos os outros superiores a nós mesmos (Filipenses 2.3).
Verdadeiramente, apesar da iminência de Sua morte, independente de circunstâncias, Ele louvou. Não como muitos, que num dia cantam: "Te louvarei, não importam as circunstâncias", e no outro cerram os lábios e vivem como se Deus não existisse.
Louvou de todo o coração, louvou de verdade, exaltou ao Pai, em nada lembrando as canções hoje à disposição no mercado evangélico, gravadas por cantores e "ídolos gospel" que estão mais interessados no estrelismo, na autoglorificação e da promoção pessoal. E, claro, dos cachês exorbitantes e das contas bancárias polpudas.

Cabe aqui diferenciar louvor de adoração:
Entoamos louvores a Deus por aquilo que Ele fez, por aquilo que Ele faz e por aquilo que Ele vai fazer. Por outro lado, O adoramos por aquilo que Ele É.
O louvor pode ser comunitário. Já a adoração, é individual.
Enquanto o louvor é circunstancial, a adoração deve ser incondicional.
Aliás, o significado e a maneira da adoração a Deus tem sido limitado, distorcido e restringido por muitos que acreditam existir “fórmulas” para tal. E não há. O leque doxológico é amplo. Adoração é entrega diária ao Criador, como dependentes d’Ele que somos, e não somente “cantar” por alguns momentos durante um culto. Levando em consideração as palavras de Jesus registradas no Evangelho de João, capítulo 4 versículos 23 e 24 ("Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade."), podemos inferir que são formas de adoração:
- Estar constantemente na presença do SENHOR, sendo guiado pelo Espírito e fazendo Sua vontade (Rm 8.14; Gl 5.16).
- Ter prazer na Lei do SENHOR, amá-la, reverenciá-la e nela meditar de dia e de noite (Sl 1);
- Abster-se de toda a aparência do mal, de maneira que Deus seja glorificado com nossos corpos (I Ts 5.22);
- Abrir o coração ao amor do Pai, e apresentar nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1);
- Purificar a imaginação por intermédio da beleza de Deus; apartar-se do mal e fazer o bem; buscar a paz e a seguir (I Pe 3.11);
- Fazer da vontade de Deus nossa vontade e amá-lo de todo o coração, de toda a alma, e de todo o pensamento; e amar ao próximo como a si mesmo (Mt 22.37-39).
É óbvio que esses poucos parágrafos estão longe, muito longe, a anos-luz de trazer em sua completude a definição de adoração, mas é possível termos uma noção. Até porque definir com palavras o que é a adorar a um Deus infinito, acaba por torná-lo finito. Assim como é impossível definir a Deus com palavras, de igual maneira é impossível definir a adoração a Ele. Mas, se devemos adorá-lo em espírito e em verdade, podemos definitivamente afirmar que NÃO é adoração:
- Levantar as mãos mecanicamente quando incitados pelo dirigente do culto;
- Dizer “Glória a Deus” e “Aleluia”, também de maneira mecânica, sob palavras de ordem do pregador, do tipo “adore, adore, adoooooooore!!!”;
- Cantar “abro mão dos meus sonhos”, “perto quero estar, junto aos Teus pés...”, “eu estou disposto a morrer por ti” e outras semelhantes apenas da boca para fora, sem a mínima noção do que está falando;
- Cantarolar o mesmo "mantra gospel" por incontáveis minutos, como que querendo fazer a igreja “pegar no tranco” e, por conseguinte, empurrar a exposição da palavra para o final do culto;
Enfim, se cremos que a adoração deve ser espontânea, qualquer atitude direcionada por outrem não se enquadra na adoração a Deus.
Ressaltemos que, se Jesus afirmou que devemos adorá-lo em espírito e em verdade, é porque decerto muitos o adorariam de maneira contrária. Observem a contraposição e conclua: você tem adorado a Deus “em espírito e em verdade” ou “na carne e em mentira”?
Que em todo o tempo O adoremos e verdadeiramente O louvemos, "não importam as circunstâncias". Como Ele que, à sombra da cruz, à beira da morte, cantou um hino ao Pai.
Deus nos abençoe em Nome de Jesus.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
[Síntese da aula ministrada na EBD da Assembleia de Deus Ministério de Santos - Jardim Gaivotas, Caraguatatuba/SP, em 30DEZ12.]

sábado, 6 de setembro de 2014

"O Evangelho todo para o homem todo" - Brevíssima reflexão sobre o Pacto de Lausanne

Quanto ao lema do Pacto de Lausanne, qual seja, “O Evangelho todo para o homem todo”, entendo como pertinentes as seguintes considerações:
Em primeiro lugar, o Evangelho todo não implica necessariamente apenas o conteúdo, mas sim todas as implicações a ele imanentes. Dessa maneira, a expressão deve ser compreendida como todo como “O Evangelho e todas as benesses que o acompanham”, muito embora o fato de ser alcançado pelo Evangelho já seja a maior das benesses. Segundo, mais que palavras, mais que um livro, mais que mero anúncio de uma notícia, o Evangelho é a Pessoa Bendita de Jesus Cristo, que vive e reina eternamente. E, por ser Eterno, o Evangelho é indivisível. Não é coerente querer dividir Deus, ou apresentá-lo em partes dissociadas umas das outras, tampouco limitar seu trabalhar ou privar o ouvinte de ouvir verdades essenciais acerca da Palavra.
Mas, divagações filosóficas à parte, quando falamos em “o Evangelho todo para o homem todo”, entendemos que não haveria lema mais pertinente, uma vez que resume com maestria o âmago das missões, indicando um prisma pelo qual o olhar da Igreja deve ser dirigido à grande parcela da humanidade ainda não alcançada pela Palavra. Consideremos ainda que as boas-novas devem ser anunciadas como expressão viva do amor de Deus, de maneira que o interlocutor se perceba como um filho amado de um Pai que se preocupa com Ele, encontre seu lugar no lar e reencontre sua dignidade, sua família, sua honra, seu trabalho.
Por fim, quando a referência é “para o homem todo” se faz patente que, conquanto Jesus Cristo tenha se entregado em sacrifício e vertido seu sangue puro na cruz do Calvário, em primeira instância, para a remissão de nossos pecados e para nos reconciliar com Deus, devemos ter claro o fato de que a vida futura, ou o Céu, ou a Eternidade com Cristo, hão de se consumar no porvir; no entanto, o ouvinte do Evangelho tem ainda uma trajetória terrena da qual nós, enquanto Igreja, não podemos olvidar. Assim, o Verbo salva não só o Espírito, mas o homem em sua completude. Devemos ter consciência de que, enquanto cristãos, devemos ter responsabilidade social, estendendo as mãos para os necessitados, contribuindo para o refrigério dos aflitos, amparando aqueles que, apesar de alcançados pelo Evangelho, ainda carecem de auxílios dos mais diversos, nas mais diversas áreas. Afinal, o Evangelho não é mágica, tampouco panaceia, do tipo “venha para Cristo e todos seus problemas se resolverão”. Os povos precisam do Evangelho acima de tudo, mas também precisam de saúde, educação, moradia, infraestrutura. Devemos ofertar a Palavra aos homens, mas também nossas ações. O Evangelho todo, para o homem todo: o lema sintetiza a missão integral. 
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian 

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Quarentei...

Interessante a simbologia do número 40 na Bíblia. Sem dúvida, é um dos algarismos que mais aparecem nas Escrituras. Se não, vejamos:
1) Quarenta dias e quarenta noites foi o período de duração do dilúvio (Gn 7.4,12,17).
2) Por ocasião do recebimento das tábuas da Lei, Moisés permaneceu no  cume do Monte Sinai por quarenta dias e quarenta noites (Ex 24.18).
3) Durante o mesmo período e para a mesma finalidade, Moisés jejuou (Ex 34.28; Dt 9.9, 18).
4) Durante quarenta dias, os espiões enviados por Israel exploraram a Terra Prometida (Nm 13.25).
5) Durante quarenta dias e quarenta noites Moisés intercedeu por Israel perante o SENHOR (Dt 9.25).
6) Israel peregrinou no deserto por um período de quarenta anos (Ex 16.35; Nm 14.33; Dt 8.2-4; 29.4-5; Js 5.6; Sl 95.10; Am 2.10).
7) Em algumas ocasiões, no período em que Israel foi dirigido por juízes, o período de servidão e de libertação foi de quarenta anos (Jz 3.11; 13,1).
8) O gigante Golias insultou e desafiou Israel por quarenta dias (1 Sm 17.16).
9) Cada um dos três monarcas do reino de Israel unificado – Saul, Davi e Salomão – governou por um período de quarenta anos (2 Sm 5.4; 1 Rs 11.42; At 13.21).
10) Após a visita de um anjo, Elias caminhou quarenta dias e quarenta noites até chegar ao Monte Horebe (1 Rs 19.8).
11) Por determinação Divina, Ezequiel permaneceu deitado sobre seu lado direito por quarenta dias, período no qual o profeta, simbolicamente, levou a maldade de Judá (Ez 4.6).
12) Duração da desolação do Egito, conforme profecia de Ezequiel (Ez 29.11-13).
13) À luz da pregação de Jonas, o povo de Nínive teria quarenta dias para o arrependimento. Do contrário, a cidade seria subvertida (Jn 3.4).
14) Quarenta dias e quarenta noites foi o período em que Jesus permaneceu no deserto, antes do início de seu ministério terreno. Nesse período, jejuou e foi tentado (Mt 4.2; Mc 1.12; Lc 4.2).
15) Durante quarenta dias, Jesus apareceu aos seus discípulos após a ressurreição (At 1.3).
16) A vida de Moisés se divide em três períodos de quarenta anos (At 7.22-23,29-30,35-36).

Hoje completo quarenta anos. Muito bem vividos. Sim, “quarentei”.

Como percebemos, o número “40” na Bíblia mormente está ligado ao juízo, à espera, à provação e a períodos de preparação.
O juízo virá, sem dúvida. Que o Senhor tenha misericórdia deste falho pecador.
A espera, faz parte de cada etapa de nossa existência. Temos que nos acostumar.
Provações são ininterruptas. Mas nunca são maiores do que aquilo que podemos suportar.
Que essas quatro décadas tenham sido um período de preparação para as próximas quatro décadas... Ou cinco, ou seis.
Muito obrigado, meu Deus. O amanhã pertence a Ti. O hoje e o ontem também. 
Amém.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

"O sangue dos mártires é a sementeira da Igreja"

Como bem disse Tertuliano, “O sangue dos mártires é a sementeira da Igreja”. Tal assertiva expressa plenamente, de maneira simbólica, qual o papel exercido pelos primeiros cristãos no cenário eclesiástico mundial. O autor da Epístola aos Hebreus retrata fielmente as agruras enfrentadas por nossos irmãos no início da Era Cristã: “Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada [...]” (Hb 11.37). Se o Evangelho chegou até nós isso ocorreu, em primeiro lugar graças a Deus, é claro, e como segundo fator, é inevitável que citemos os primeiros cristãos que, apesar do sofrimento que lhes foi infligido e das circunstâncias adversas, não negaram a fé e levaram adiante a Palavra.

Fantástico observar a expansão do cristianismo. Começou com o Líder, o Cristo, nosso Deus encarnado. Cristo selecionou como discípulos e como futuros líderes de seu povo, 12 homens com as mais diversas características e personalidades. Esses 12 logo fizeram centenas de outros discípulos, que logo se expandiu para milhares. Após o nascimento da Igreja no dia de Pentecostes, o livro de Atos narra que com a pregação de Pedro, que era apenas um dos discípulos, num dia três mil almas foram agregadas (At 2.41); noutro, quase cinco mil (At 4.4).

Chega um momento em que, qual uma semente germinando, a Igreja não cabe mais em si. O próprio Jesus utilizou essa metáfora, ao se referir à sua morte e ao nascimento da Igreja: “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (Jo 12.24). Assim, em pouco tempo ultrapassa as fronteiras de Jerusalém, de Israel, do Oriente Médio.

Um dos fatores que contribuíram para a expansão da Igreja foi a perseguição promovida pelos judeus. Conforme descrito no livro de Atos, tal perseguição na igreja nascente fez com que os discípulos se espalhassem pelo mundo. Por isso, na realidade a expansão geográfica está intrinsecamente ligada à expansão numérica, e vice-versa. Uma vez que os cristãos necessitavam se alocar em outras cidades para fugir da perseguição, aonde eles chegavam se tornava um novo “ponto de pregação” em potencial. Interessante observar que a Bíblia nos relata que “[...] todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (At 2.47). Noutra porção das Escrituras, vemos Paulo afirmando “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento” (I Co 3.6). I.e., quem faz a Igreja se expandir e a ela acresce os salvos é o próprio Senhor da Igreja.

Certa afirmação contida em Atos 17.6 chama a atenção para o assunto ora em comento: “Estes que têm alvoroçado o mundo, chegaram também aqui”. Na referida assertiva, que partiu de alguns “judeus desobedientes, movidos de inveja”, aliada a outros textos bíblicos da lavra do apóstolo Paulo (e.g., Colossenses 1.23, Romanos 1.8, I aos Tessalonicenses 1.8) indicam que todos, de alguma maneira, ouviram o Evangelho no século I d.C. Isso demonstra a grandiosidade da obra realizada em apenas três ou quatro décadas. Como dito anteriormente com outras palavras, o que começou com Um por volta do ano 30 d.C, numa pequena cidade do Oriente Médio, apenas poucas décadas após já eram milhares, dezenas de milhares, centenas de milhares por todo o mundo. Isso porque a obra é de Deus, e não de homens.



Soli Deo Gloria


Alessandro Cristian

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Vai começar o Big Brother Brasil 14... Socorro!!!

Na próxima terça-feira, 14 de janeiro, tem início mais uma edição do Big Brother Brasil, transmitido pela Rede Esgoto Globo de Televisão. Trata-se da 14ª edição do reality show em tela.
O formato, pelo que sabemos, é invariável. Consiste basicamente em confinar pessoas em uma casa cenográfica, sem nenhum contato com notícias do mundo exterior, parentes e amigos. Os participantes são voluntários e podem desistir a qualquer tempo. 
Pessoas de diferentes credos, classes sociais e preferências sexuais são reunidas na "casa", onde se digladiam verbal e psicologicamente em busca do prêmio milionário.
Durante os dias de duração de cada edição, sobejam rostinhos bonitos cheios de pancake, seios fartos siliconados, bumbuns modelados em horas diárias de malhação. Tudo emoldurando um culto à beleza exterior, à vida de aparências.  
Sobejam também mentes vazias ou, por outro lado, cheias de pensamentos avessos à "moral e aos bons costumes" (Me desculpem. Conquanto soe retrógrado, não encontrei termo mais adequado).
Sim, é fato que uns poucos escapam desse estereótipo. Mas acabam também imersos no sistema, se diluindo junto aos demais participantes.
Alguns pseudo-intelectuais tentam justificar a audiência com a assertiva de que é uma boa oportunidade para analisar o comportamento humano, as nuances psicológicas do indivíduo, etc, etc, etc. Desculpa esfarrapada para se apoiar a imoralidade, endossar a promiscuidade e ampliar o rol da massa ignara manipulada pela mídia.
Basta um mínimo de bom senso para se chegar à conclusão de que o "show" nada de proveitoso acrescenta à nossa cultura. Antes, se observa o extremo mau gosto e o caráter "deseducativo" do programa, uma vez que ali valores se invertem: ninguém é de ninguém, "panelinhas", falsidade, maldade. Reflexos da sociedade hodierna.
O programa, uma das modernas versões do panis et circensis, incita a audiência à prática do voyeurismo. Expõe crianças e adolescentes (que assistem com a conivência dos pais) à erotização precoce. Apresenta ao público uma sensualidade vulgar. Transmite a ideia de que a fama e a fortuna devem ser buscadas a qualquer preço. Faz a plateia perder preciosas horas de sono, em prol de um passatempo fútil. 
A você, prezado (a) colega, deixo as seguintes recomendações:
1) Não contribua para aumentar o ibope do programa.
2) Não desperdice seu precioso tempo com esse tipo de coisa.
3) Desligue a televisão e vá ler um livro, meditar. Ou descansar e dormir, que é bem melhor.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian (Militar, Graduado em Pedagogia, Pós-graduado em Psicopedagogia Clínica e Institucional e Pós-graduado em Estudos Teológicos. Sem a mínima vontade de "dar uma espiadinha" na casa, pois tem coisas mais úteis e edificantes para fazer.)

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Livros que li em 2013...

A Divindade de Cristo (L.R. Shelton Jr.)
A família cristã e os ataques do inimigo (Elinaldo Renovato)
Amar é cuidar (Sidnei Vilmar Noé)
Apagando o inferno (Francis Chan)
A religião mais negra do Brasil (Marco Davi de Oliveira)
A Verdade nos Libertou (Vários)
Bíblia (Vários)
Breve História do Movimento Pentecostal (José de Oliveira)
Ciência e Bioética – Um olhar teológico (Euler R. Westphal)
Crendices de crentes (Gary Kinnaman)
Da liberdade cristã (Martinho Lutero)
Desejo e engano (R. Albert Mohler Jr.)
Deus em questão – C.S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida (Armand M. Nicholi, Jr.) 
Emoções saudáveis (Mary Vander Goot)
Espiritualidade e compromisso (Nelson Kipp)
Existe o milagre de curas hoje? (Brian Edwards)
Ide e fazei discípulos (Roger Greenway)
Interpretação psicológica do Dogma da Trindade (C. G. Jung)
Joel – Comentário Bíblico (Hernandes Dias Lopes)
Mantendo a Igreja Pura (Augustus Nicodemus Lopes)
Movimento Neopentecostal Brasileiro – Um Estudo de Caso (David Allen Bledsoe)
O caos carismático (John MacArthur)
O futuro de uma ilusão (Sigmund Freud) 
O mito do sexo seguro (John Ankerberg e John Weldon)
Onde estão os Apóstolos e Profetas? (Brian Edwards)
O que é uma Igreja Saudável? (Mark Dever)
O que Jesus disse? O que Jesus não disse? (Barth D. Ehrman)
Os fatos sobre a Maçonaria (John Ankerberg e John Weldon)
O Verdadeiro Evangelho (Paul Washer)
Pedagogia transformadora (Altair Germano)
Perguntas sobre sexo que você tem medo de fazer (Craig Gross e Mike Foster)
Pregação Pura e Simples (Stuart Olyott)
Quando pecadores dizem sim (Dave Harvey)
Quem é o sujeito que tem dificuldade para aprender? (Rosemary Jimenez)
Sexo não é problema; lascívia, sim (Joshua Harris)
Sexualidade sem censura (Cláudio Duarte)
Sociologia das comunidades Paulinas (Vários)
Talmidim (Ed René Kivitz)
Tentação (Dietrich Bonhoeffer)
Totem e Tabu (Sigmund Freud)
Uma palavra aos moços (J.C. Ryle)

Soli Deo Gloria 
Alessandro Cristian

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Iniciar mais um ano...

Iniciar mais um ano...
É como montar num animal selvagem, na incerteza de que conseguiremos domá-lo.
É como invadir território desconhecido na crença de que, palmilhando-o, iremos conquistá-lo.
É como penetrar em mata virgem, para desbravá-la unicamente as mãos [e a fé].
É como saltar de um avião, mesmo sabendo que há possibilidade de o paraquedas não se abrir.
É como sair num temporal com um guarda-chuva cuja eficácia não foi comprovada.
É como adentrar de barco num mar revolto, na esperança de que ele venha a se acalmar.

Todavia, é necessário.
Já começou. 
Já montamos. 
Já invadimos. 
Já penetramos. 
Já saltamos. 
Já saímos. 
Já adentramos.

Envidemos esforços para domá-lo, palmilhá-lo, desbravá-lo.

E se o paraquedas não se abrir, temos Quem nos ampare.
E se o temporal nos molhar, temos Quem nos proteja.
E se o mar se revoltar, temos Quem o acalme.

Simplesmente caminhe.
São só mais 365 [longos] passos a serem acrescidos nessa [curta] vida.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian