O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

sábado, 28 de maio de 2011

O desatino da lei que regulamenta a relação homoafetiva

O Supremo Tribunal Federal reconheceu como legal e legítima a união homoafetiva, dando às pessoas do mesmo sexo, que vivem juntas, todas as garantias da lei como se casadas fossem. Essa é a tendência de uma sociedade secularizada que não leva em conta a verdade de Deus. A raça humana, na sua corrida desenfreada rumo à degradação dos valores morais, abafa a verdade, amordaça a voz da consciência e conspira contra os princípios absolutos que emanam da Palavra de Deus. A ira de Deus, porém, se revela desde o céu contra toda essa impiedade e perversão e o primeiro sinal dessa ira é que as pessoas perdem qualquer senso de culpa. Elas pecam e não sentem mais tristeza pelo pecado. Antes, aplaudem suas loucuras, fazem apologia de sua decadência e censuram aqueles que discordam de sua sandice, rotulando-os de radicais. Vamos, aqui, examinar alguns aspectos dessa decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal à luz das Escrituras: 
1. A decisão conspira contra a Palavra de Deus. Ao longo da história as constituições procuraram se inspirar na Palavra de Deus, a carta magna da liberdade e da justiça. A relação homoafetiva, ou seja, a união entre pessoas do mesmo sexo está na contramão da verdade de Deus. É uma abominação para Deus (Lv 18.22). Trata-se de um erro, uma disposição mental reprovável. Não é uma relação de amor, mas uma paixão infame (Rm 1.24-28). Se a Palavra de Deus é infalível e inerrante, qualquer lei humana que atente contra ela, constitui-se em conspiração contra Deus e em vileza contra a raça humana. Mais do que isso, a decisão do STF conspira também contra a Constituição Federal, pois esta define casamento como a união entre um homem e uma mulher.
2. A decisão conspira contra a família. Quando o Supremo Tribunal Federal concede a um “casal” homossexual o direito e o privilégio de adotar uma criança, perguntamos: Que tipo de educação essa criança vai receber? Sob que influência essa criança vai crescer? Que valores morais ser-lhe-ão transmitidos? Os pais ensinam os filhos não apenas com palavras, mas, sobretudo com exemplo. É a prática homossexual um comportamento a ser promovido e recomendado? Queremos ver nossas crianças seguindo por esse caminho? Levantaremos essa bandeira? A verdade dos fatos é que a nossa sociedade perdeu a noção de certo e errado. Nessa sociedade permissiva não há mais a ideia de pecado. Tudo é permitido. Nada é proibido. Há uma inversão de valores. Faz-se apologia daquilo que Deus abomina e cumula-se de benefícios aquela relação que Deus chama de disposição mental reprovável, erro e torpeza. Abre-se, assim, as comportas do grande abismo. As torrentes da maldade inundarão as famílias e a sociedade, sob os auspícios da lei.
3. A decisão conspira contra a sociedade. Um “casal” homossexual não pode cumprir o papel da propagação da raça. É um “casamento” que legitima uma relação contrária à natureza. Trata-se de uma lei que legaliza aquilo que Deus considera ilegítimo. É uma constituição humana que conspira contra a constituição divina. É o homem inculcando-se por sábio, mas tornando-se louco. As leis justas são inspiradas na lei de Deus. As constituições mais humanas sempre espelharam a Palavra de Deus.
Por isso, quando uma nação despreza a verdade de Deus, avilta a ética e atenta contra a família. Contra todas as racionalizações humanistas, que buscam sacudir o jugo de Deus para abraçar o relativismo moral, a Bíblia é categórica em nos dizer que: “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor” e não a nação que promove o pecado e faz troça da virtude, chamando luz de trevas e trevas de luz (Is 5.20). A sociedade que anda no trilho da verdade e pauta sua conduta pelas Escrituras, marcha resoluta pelas veredas da justiça e colhe os frutos sazonados da santidade e da bem-aventurança. Aqueles, porém, que entram pelos atalhos do descalabro moral, caem nas insídias do pecado e colhem os frutos amargos da sua própria insensatez.
Texto do Rev. Hernandes Dias Lopes, extraído do site do autor. Pensei em renomear o texto como "Relação homoafetiva à luz da Bíblia e do bom senso", mas por fim mantive o título original.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

domingo, 22 de maio de 2011

"Vivendo com propósitos" - Ed René Kivitz (Leitura recomendada)

A resposta cristã para o sentido da vida...
Oprimidas por uma sociedade onde a felicidade é uma obrigação, a maioria das pessoas vive um silencioso e escondido desespero. Sufocados pela rotina ou pelos excessos: pré-ocupações, solicitações, responsabilidades, compromissos e possibilidades, não são poucos os que sequer têm tempo para se perguntar a respeito do âmago da existência humana, suas origens, propósitos, destinos, ideais e valores. O resultado é a angústia crônica, a insatisfação aparentemente sem motivo, o estado de espírito negativamente perturbado, e a monotonia da luta pela mera sobrevivência.
Vivendo com propósitos apresenta a resposta cristã para o sentido da vida. Tomando como ponto de partida a afirmação de que "Deus criou o homem à sua imagem e semelhança", autor extrai do conceito da Imago Dei os propósitos universais para a existência humana: transcender, crescer, conviver e construir, e suas implicações para a plena realização pessoal.
Vivendo com propósitos é um apelo contagiante a respeito do valor da vida, da beleza das coisas efêmeras, das possibilidades do sagrado, da dignidade de toda pessoa, do encantamento das relações de amor e afeto, e das potencialidades do talento humano.
Fugindo dos chavões e lugares comuns das respostas prontas, Ed René Kivitz nos conduz pelas trilhas da teologia e da filosofia que fundamentam a tradição da espiritualidade judaico-cristã e nos desafia à peregrinação espiritual, afirmando que "a felicidade não é um lugar aonde se chega, mas sim um jeito como se vai".
Sinopse extraída do site da Editora Mundo Cristão.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A inconstitucionalidade do PL 122

Antes de fazer qualquer comentário, é importante frisar que uma coisa é criticar conduta, outra é discriminar pessoas. No Brasil, pode-se criticar o Presidente da República, o Judiciário, o Legislativo, os católicos, os evangélicos, mas, se criticamos a prática homossexual, logo somos rotulados de homofóbicos. Na verdade, o PL-122 é contra o artigo 5º da Constituição, porque o projeto de lei quer criminalizar a opinião, bem como a liberdade religiosa.
Vejamos alguns artigos deste PL:

Artigo 1º: Serão punidos na forma desta lei os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gêneros.
Comentário: Eles tentam se escorar na questão de raça e religião para se beneficiar. O perigo do artigo 1º é a livre orientação sexual. Esta é a primeira porta para a pedofilia. É bom ressaltar que o homossexualismo é comportamental, ninguém nasce homossexual; este é um comportamento como tantos outros do ser humano.

Artigo 4º: Praticar o empregador, ou seu preposto, atos de dispensa direta ou indireta. Pena: reclusão de 2 a 5 anos.
Comentário: Não serão os pais que vão determinar a educação dos filhos — porque se os pais descobrirem que a babá dos seus filhos é homossexual, e eles não quiserem que seus filhos sejam orientados por um homossexual, poderão ir para a cadeia.

Artigo 8º-A: Impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público, em virtude das características previstas no artigo 1º desta lei. Pena: reclusão de dois a cinco anos.
Comentário: Isto significa dizer que se um pastor, ou padre, ou diretor de escola — que por questões de princípios — não queira que no pátio da igreja, ou escola haja manifestações de afetividade, irão para a cadeia.

Artigo 8º-B: Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs. Pena: reclusão de dois a cinco anos.
Comentário: O princípio do comentário é o mesmo que o do anterior, com um agravante: a preferência agora é dos homossexuais; nós, míseros heterossexuais, podemos também ter direito à livre expressão, depois que é garantida aos homossexuais. O parágrafo do artigo que vamos comentar a seguir "constituiu efeito de condenação".

Artigo 16º, parágrafo 5ª: O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica.
Comentário: Aqui está o ápice do absurdo: o que é ação constrangedora, intimidatória, de ordem moral, ética, filosófica e psicológica? Com este parágrafo a Bíblia vira um livro homofóbico, pois qualquer homossexual poderá reivindicar que se sente constrangido, intimidado pelos capítulos da Bíblia que condenam a prática homossexual. É a ditadura da minoria querendo colocar a mordaça na maioria. O Brasil é formado por 90% de cristãos. Não queremos impedir ou cercear ninguém que tenha a prática homossexual, mas não pode haver lei que impeça a liberdade de expressão e religiosa que são garantidas no Artigo 5º da Constituição brasileira. Para qualquer violência que se cometa contra o homossexual está prevista, em lei, reparação a ele; bem como assim está para os heterossexuais. A PL-122 não tem nada a ver com a defesa do homossexual, mas, sim, quer criminalizar os contrários à prática homossexual — e fazem isso escorados na questão do racismo e da religião.

Este conteúdo está autorizado para cópias desde que haja citação de fonte de origem, a Associação Vitória em Cristo. Reproduza-o informando que é permitido copiá-lo. Mantenha-se informado sobre o assunto:  Pr. Silas Malafaia no Twitter.
Imagem extraída de: www.resistenciacristaj.blogspot.com

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

sábado, 7 de maio de 2011

Santíssima Trindade: "Quem me dera ao menos uma vez, entender como só Deus ao mesmo tempo é três..."

A frase entre aspas em epígrafe, como todos sabem, faz parte da canção “Índios”, gravada em 1986 pela banda Legião Urbana em seu álbum “Dois”. A canção e o disco em questão fazem parte da adolescência de milhões de hoje jovens senhores brasileiros, dentre os quais eu me incluo. Nesse trecho da canção em apreço, consciente ou inconscientemente Renato Russo alude à Trindade, uma das doutrinas básicas do cristianismo. Conscientemente, acredito eu. Doutrina básica, mas não tão básica assim. Até porque a palavra “trindade” propriamente dita sequer aparece na Bíblia. O que não torna a doutrina antibíblica, uma vez que há abundantes textos bíblicos que a corroboram (e.g., Mt 3.16,17; Mt 28.19; Lc 1.35; Jo 3.34-36; Jo 14.16, 17; At 7.55; 2Co 13.13; Ef 4.4-6; 1Pe 1.2; Jd 20, 21; Ap 1.4,5, etc.)
Explica-se a Trindade da seguinte maneira: há um único Deus, no qual coexistem três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Essas três pessoas compartilham da mesma natureza, bem como dos mesmos atributos; logo, são um único Deus.
Acredita-se que o primeiro a usar esse termo foi Tertuliano, no segundo século de nossa Era.
Certamente por esse “quê” de mistério e difícil compreensão seu significado foi e é distorcido à exaustão por sectários, por adeptos de outras religiões, e até mesmo por cristãos. A disparidade de explicações acerca dessa doutrina é tão antiga quanto o cristianismo. Opositores à Trindade também surgiram aos montes ao longo desses dois mil anos, encabeçados por Sabélio, pai do sabelianismo (óbvio), do modalismo, do patripassianismo...
Sobre o assunto, Agostinho afirmou: “Quem poderá compreender a Trindade onipotente? E quem não fala dela, ainda que não compreenda? É rara a pessoa que, ao falar da Santíssima Trindade, saiba o que diz”. “Se o pudesses compreender, ele não seria Deus”. “Quando chegarmos à Tua presença, cessará o muito que dissemos, mas muito nos ficará por dizer e tu permanecerás só, tudo em todos, e então eternamente cantaremos um cântico, louvando-te em um só movimento, em ti estreitamente unidos. Senhor, único Deus, Deus Trindade, tudo o que disse de Ti nestes livros, de Ti vem. Reconheçam-no os teus, e se há algo de meu, perdoa-me e perdoem-me os teus.”
Ou seja, Agostinho, tido como o maior teólogo cristão depois do apóstolo Paulo, não compreendia a Trindade. Mas n'Ela cria.
Confesso que também não compreendo a Trindade. Mas n'Ela creio.
Sim, confesso que minha compreensão é estrita, limitada, não só acerca desse tema.
Quem me dera ao menos uma vez, uma só, entender como Deus ao mesmo tempo é três. E também entender plenamente incontáveis outros assuntos: Deus, céu, inferno, alma, porvir, eternidade, ruas de ouro e mar de cristal, milênio, arrebatamento, etc, etc, etc.
Na verdade nem vocês entendem, amados teólogos. 
Se entendem, não entendem Deus, mas sim "um deus". Apenas acreditam, tentam se convencer e convencer aos outros de que entendem. Mas não entendem.
Que o Deus incompreensível nos abençoe e nos guarde.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

domingo, 1 de maio de 2011

Lições extraídas da parábola dos dez talentos

No capítulo 25 do Evangelho segundo escreveu Mateus, estão registradas algumas parábolas proferidas por Jesus durante aquele que ficou conhecido como "sermão profético". Na presente postagem, quero destacar uma delas: a parábola dos dez talentos (Mateus 25.14-30).
Dentre as lições que podemos extrair dessa passagem, ressalto as seguintes:
1) Quem não usa seus talentos, perde-os; quem os usa, vê sua multiplicação.
Aquele que é agraciado por Deus com um dom, um ministério, uma incumbência para emprego em Sua obra, deve com esmero procurar fazer aquilo para o qual foi chamado. Quanto maior a dedicação, mais o Senhor honra o ministério que colocou em suas mãos. No versículo 28 do texto em apreço, lemos "Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez talentos". Ou seja, se eu e você agirmos com negligência diante da obra do Pai, certamente Ele colocará nossos talentos nas mãos de outro que demonstre disposição a executar a tarefa Divina. No entanto, lembremos da advertência de Jesus: "Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus" (Lucas 9.62).
2) Deus não exige de nós nada além daquilo que podemos. Mas Ele sabe exatamente o que podemos e conseguimos.
No versículo 15, a Palavra diz que aquele homem distribuiu os talentos "a cada um segundo a sua capacidade". Ou seja, conhecendo do que você é capaz, Deus nunca vai te impor jugos impossíveis de se carregar, nem vai te explorar em hipótese alguma. No entanto, é bom lembrar que para Deus não colam as desculpas esfarrapadas que por vezes apresentamos objetivando nos esquivarmos das missões a nós atribuídas. Como nosso Criador, Ele conhece a nossa estrutura, nosso potencial, nossos limites. Como se diz no militarismo, "Missão dada é missão cumprida". Lembremos também aquilo que Deus nos diz por intermédio do Apóstolo Paulo: "(...) Ai de mim se não anunciar o evangelho!" (I aos Coríntios 9.16).
3) Deus só quer que você seja você mesmo, sem comparação com ninguém.
Por isso nos dotou com a individualidade, subjetividade, pessoalidade, personalidade. Seja você mesmo, sem comparação e sem imitação. Ou melhor, se é para imitar alguém, que esse alguém seja Cristo.
Deixe essa coisa de autocomiseração, pensamentos do tipo "fulano canta melhor do que eu", "sicrano prega melhor do que eu", "beltrano fala com mais eloquência que eu", e congêneres. Dentre os bilhões de pessoas existentes no mundo, cada uma é diferente da outra. Ninguém é igual a ninguém. Simplesmente faça o que está em suas mãos. Lembremos da advertência contida no Livro de Eclesiastes: "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma" (Ec 9.10). Lembre-se também do primeiro e grande mandamento: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento" (Mateus 22.37).
Teu, teu, tua, teu. Ou seja, Deus trata conosco individualmente.
Não enterre o talento que recebeu. Use-o para granjear outros. Um dia o Senhor irá requerê-lo de suas mãos.
Que Deus nos abençoe e nos ajude nessa caminhada.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian