O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

sábado, 27 de outubro de 2012

Uma breve Teologia do Sono

5 horas da manhã. Na manhã de domingo o mundo não é escuro, mas também não há cor. Tudo é preto, branco e cinza, exceto a luz laranja na garagem do outro lado da rua, que brilha através da janela do meu quarto. Não há brisa, e as folhas de álamo são capturadas como uma fotografia em silêncio. As estrelas se foram, mas o sol não surgiu de todo; por isso, você não pode dizer se o céu está nublado ou claro. Muito em breve saberemos.
Sento na beira da minha cama tentando desenvolver uma teologia do sono. Por que Deus nos projetou de tal forma que tivéssemos necessidade de sono? Dormimos durante um terço das nossas vidas. Apenas pense nisso: gastamos um terço das nossas vidas como mortos. Basta pensar em tudo o que está sendo deixado de lado, mas que poderia ser feito, se Deus não tivesse nos projetado para precisar de sono. Certamente não há dúvida que ele poderia ter nos criado com nenhuma necessidade de sono. E apenas pense: todos poderiam se devotar a duas carreiras, e não sentir-se cansado. Todo mundo poderia ser um “obreiro cristão em tempo integral” e ainda manter o seu trabalho. Poderíamos nos envolver em muitas coisas dos negócios do nosso Pai.
Por que Deus imaginou o sono? Ele nunca dorme! Ele teve a ideia do nada. Deus criou o sono pensando nas suas criaturas terrenas. Mas por quê? O Salmo 127.2 diz: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem”. De acordo com esse texto, o sono é um dom de amor, e um dom que é frequentemente desprezado pela labuta ansiosa. Um sono tranquilo é o oposto da ansiedade. Deus não quer que seus filhos sejam ansiosos, mas que confiem nele. Portanto, concluo que Deus criou o sono como um lembrete contínuo de que não deveríamos ficar ansiosos, mas descansar nele.
Sono é um lembrete diário, da parte de Deus, de que não somos Deus. “É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel” (Sl 121.4). Mas Israel dormirá. Não somos Deus! Uma vez ao dia Deus nos envia para a cama como pacientes com uma doença. A doença é a tendência crônica de pensar que estamos no controle e que nosso trabalho é indispensável. Para nos curar dessa doença Deus nos transforma em sacos indefesos de areia uma vez por dia. Quão humilhante ao executivo corporativo autossuficiente ter que entregar todo o controle e ficar tão mole quanto um lactente todo dia.
O sono é uma parábola que Deus é Deus e nós meros homens. Deus cuida do mundo numa boa enquanto o hemisfério dorme. O sono é como um disco quebrado que toca a mesma mensagem todos os dias: O homem não é soberano. O homem não é soberano. O homem não é soberano. Não deixe que a lição se perca em você. Deus quer que confiemos nele como o grande trabalhador que nunca se cansa e nunca dorme. Ele não fica impressionado com as nossas noites acordadas nem quando madrugamos cedo; mas ele se deleita com a confiança tranquila que lança toda a ansiedade nele e dorme.
Em busca do descanso,
Pastor John

Desiring God – texto escrito em 03 de agosto de 1982.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – julho/2012.
Fonte: Site Monergismo.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Amor, sexo, cumplicidade e outros prazeres a dois - Mark e Grace Driscoll (leitura recomendada)

Para ter o casamento perfeito que você pediu a Deus basta ouvir o que Ele tem a dizer.
Essa é a ideia central de Amor, sexo, cumplicidade e outros prazeres a dois. Com leveza e cumplicidade, o pastor Mark Driscoll e sua mulher, Grace, compartilham alguns princípios e atitudes que farão do casamento um compromisso para a vida toda. Neste livro, você vai ver que a amizade e a honestidade – inclusive para falar abertamente sobre sexo – são os elementos mais importantes para um matrimônio sadio e duradouro.

Sinopse extraída do site da editora Ediouro.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

terça-feira, 2 de outubro de 2012

As boas novas do evangelho num mundo de más notícias

O mundo está empapuçado de más notícias. Tem um prazer mórbido de se alimentar com as informações dragadas do submundo do crime, da corrupção e da violência. Notícia boa não vende jornal nem desperta interesse. O homem corrompido refestela-se com os petiscos imundos do pecado. É nesse contexto de mazelas e decadência que Paulo escreve sua carta aos Romanos, para falar do evangelho. Destacamos, aqui, algumas lições:
Em primeiro lugar, qual é a natureza do evangelho. O evangelho trata das boas novas de salvação num mundo imerso na mais completa perdição. O homem morto em seus delitos e pecados é escravo da carne, do mundo e do diabo. É filho da ira e caminha para a perdição. Está no reino das trevas e sob a potestade de Satanás. Sem qualquer mérito existente nesse homem, Deus o amou. Mesmo sendo inimigo de Deus, o próprio Deus caminhou na sua direção para reconciliá-lo consigo mesmo por meio de Cristo Jesus. O Evangelho, portanto, é Deus buscando o perdido. É Deus abrindo para o pecador um novo e vivo caminho para o céu. O evangelho é a expressão da graça de Deus, manifestada em Cristo, aos pecadores perdidos.
Em segundo lugar, quais as atitudes que devemos ter em relação ao evangelho. O apóstolo Paulo assumiu três atitudes importantes em relação ao evangelho. “Eu sou devedor” (Rm 1.14). “Eu estou pronto a anunciá-lo” (Rm 1.15). “Eu não me envergonho” (Rm 1.16). Somos devedores porque Deus nos confiou esse tesouro e não podemos retê-lo apenas para nós. Precisamos ser mordomos fiéis na entrega fiel dessa mensagem salvadora. Devemos estar prontos a anunciar o evangelho em todo tempo, em todo lugar, a todas as pessoas, de todas as formas legítimas, usando todos os recursos disponíveis. Não podemos nos envergonhar dessa mais importante mensagem, a boa nova de que Deus nos amou e enviou seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna!
Em terceiro lugar, qual é a eficácia do evangelho. O evangelho é o poder de Deus para a salvação. Porque Deus é onipotente, o evangelho também o é. Não há outra alternativa para o homem ser salvo a não ser pelo evangelho. Não há pecador tão arruinado moralmente e tão perdido espiritualmente que o evangelho não possa alcançá-lo. O evangelho não é um poder destruidor. É o poder de Deus para a salvação. É o poder que levanta o caído, que encontra o perdido e dá vida ao que está morto em seus pecados. O evangelho revela-nos que a salvação está em Cristo e somente nele. Nenhuma religião pode salvar o homem. Nenhum credo religioso pode reconciliar o homem com Deus. Nenhum sacrifício ou obra humana pode aliviar a consciência do pecador nem mesmo conduzi-lo à salvação.
Em quarto lugar, qual é a exigência do evangelho. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê. O evangelho de Cristo oferece salvação a todos sem acepção, mas não a todos sem exceção. Há uma limitação imposta. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê e não para aqueles que permanecem incrédulos e impenitentes. A ideia de que no dia final todos serão salvos está absolutamente equivocada. A salvação universal, ou seja, para todos sem exceção é uma grande falácia. A ideia de que aqueles que rejeitaram o evangelho serão destruídos e deixarão de existir, também, não possui amparo nas Escrituras. A Palavra de Deus fala de bem-aventurança eterna e tormento eterno. O inferno não é a sepultura nem a cessação da existência. O inferno é um lugar um estado de penalidades eternas que está no final de toda vida sem Cristo.
Sabendo que o evangelho é a melhor notícia, vindo do céu, da parte do próprio Deus, acerca da salvação eterna em Cristo Jesus, oferecendo-nos redenção, remissão de pecados e vida eterna, precisamos tomar duas atitudes: Primeira, recebermos com gratidão, pela fé, essa gloriosa oferta. Segunda, comprometermo-nos a proclamar essa mensagem com senso de urgência, no poder do Espírito Santo.
Rev. Hernandes Dias Lopes
Fonte: Site do autor.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian