"A mulher que tinha um fluxo de sangue". Eis um dos episódios mais emblemáticos das Escrituras. A passagem bíblica em questão é narradas nos três evangelhos chamados sinóticos. Mateus o explana utilizando-se de apenas três versículos, enquanto Marcos o disseca em dez, com maior riqueza de detalhes. Já Lucas descreve o fato em oito versículos. Como em todas as passagens paralelas dos evangelhos, os escritores não se contradizem, mas sim se complementam.
À luz da Lei, sabemos que aquela mulher vivia constantes "dias de separação", ou seja, devido à sua enfermidade era considerada imunda, estando portanto privada do convívio familiar, religioso e social, discriminada em todos os âmbitos de sua existência.
Não sabemos ao certo qual era o problema daquela pobre mulher: podia se tratar de um tumor fibroso, de uma infecção aguda, de um distúrbio hormonal, etc., problemas que poderiam facilmente ser diagnosticados e curados hoje, mas não no Oriente Médio de dois mil anos atrás.
No entanto lembremos que, como para o caso em apreço, hoje em dia enfrentamos situações cuja solução se encontra tão somente em Jesus.
Dali extraímos as seguintes aplicações práticas:
1) Jesus restaura a dignidade humana. Outrora discriminada, após a cura a mulher foi novamente integrada à sociedade. Passou a poder andar novamente de cabeça erguida, a abraçar os seus, a transitar livremente sem medo e sem receio em meio a todos. Quantos hoje, à semelhança da aludida personagem , tem sido reintegrados à sociedade mediante o toque curador de Jesus!
2) Não queira resolver tudo com sua próprias forças. Ela tentou, intentou, gastou e se desgastou, mas só encontrou a solução ao buscá-la no Mestre.
3) Nunca perca a esperança, mesmo que seu problema se arraste há doze anos como o daquela mulher. Ela não perdeu, entregou tudo nas mãos de Deus.
4) Não perca a fé. Sem fé é impossível agradar a Deus.
5) Busque a Deus intensamente, como o fez a sofredora em tela, independente do que vão dizer ou pensar a seu respeito. Não se preocupe com o que os homens pensarão a seu respeito, mas sim com aquilo que Deus pensa sobre você.
6) Embora soubesse quem o havia tocado, Jesus perguntou "Quem me tocou?", com o objetivo de tornar público aquele ato de fé.
Por fim, ressalto que a mulher do texto em questão é a única nas Escrituras que foi chamada de "filha" pelo Mestre, aquele que veio ao mundo como "unigênito" de Deus, mas que ressuscitou como o "primogênito" de Deus, uma vez que, "a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem em seu nome" (Jo 1.12).
Deus abençoe sua vida.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
(Esboço da mensagem pregada em 20 de junho de 2012, quarta-feira, na I.E. Assembleia de Deus - Ministério de Santos - Rua Pica-pau n.º 100, Jardim Gaivotas, Caraguatatuba/SP)
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Que Deus muito o abençoe.