O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

domingo, 27 de maio de 2012

A família na época pós-moderna

Texto do Rev. Hernandes Dias Lopes
A pós-modernidade está firmada sobre o tripé: pluralização, privatização e secularização. A pluralização diz que há muitas ideias, muitos valores, muitas crenças. Não existe uma verdade absoluta, tudo é relativo. A privatização diz que nossas escolhas são soberanas e cada um tem sua própria verdade. A secularização, por sua vez, coloca Deus na lateral da vida e o reduz apenas aos recintos sagrados. A família está nesse fogo cruzado. Caminha nessa estrada juncada de perigos, ouvindo muitas vozes, tendo à sua frente muitas bifurcações morais. Que atitude tomar? Que escolhas fazer para não perder sua identidade? Quero sugerir algumas decisões:

Em primeiro lugar, coloque Deus acima das pessoas. No mundo temos Deus, pessoas e coisas. Vivemos numa sociedade que se esquece de Deus, ama as coisas e usa as pessoas. Devemos, porém, adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. A família pós-moderna tem valorizado mais as coisas do que o relacionamento com Deus. Vivemos numa sociedade que valoriza mais o ter do que o ser. Uma sociedade que se prostra diante de Mamom e se esquece do Deus vivo.

Em segundo lugar, coloque seu cônjuge acima de seus filhos. O índice de divórcio cresce espantosamente no Brasil. Enquanto os véus das noivas ficam cada vez mais longos, os casamentos ficam cada vez mais curtos. Um dos grande erros que se comete é colocar os filhos acima do cônjuge. Muitos casais transferem o sentimento que devem dedicar ao cônjuge para os filhos e isso, fragiliza a relação conjugal e ainda afeta profundamente a vida emocional dos filhos. O maior presente que os pais podem dar aos filhos é amar seu cônjuge. Pais estruturados criam filhos saudáveis.

Em terceiro lugar, coloque seus filhos acima de seus amigos. Muitos pais vivem ocupados demais, correm demais e dedicam tempo demais aos amigos e quase nenhum tempo aos filhos. Alguns pais tentam compensar essa ausência com presentes. Mas, nossos filhos não precisam tanto de presentes, mas de presença. Nenhum sucesso profissional ou financeiro compensa o fracasso do relacionamento com os filhos. Nossos filhos são nosso maior tesouro. Eles são herança de Deus. Equivocam-se os pais que pensam que a melhor coisa que podem fazer pelos filhos é deixar-lhes uma rica herança financeira. Muitas vezes, as riquezas materiais têm sido motivo de contendas na hora da distribuição da herança. Nosso maior legado para os filhos é nosso exemplo, nossa amizade e nossa dedicação a eles, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor.

Em quarto lugar, coloque os relacionamentos acima das coisas. Vivemos numa ciranda imensa, correndo atrás de coisas. Muitas pessoas acordam cedo e vão dormir tarde, comendo penosamente o pão de cada dia. Pensam que se tiverem mais coisas serão mais felizes. Sacrificam relacionamentos para granjearem coisas. Isso é uma grande tolice. Pessoas valem mais do que coisas. Relacionamentos são mais importantes do que riquezas materiais. É melhor ter uma casa pobre onde reina harmonia e paz do que viver num palacete onde predomina a intriga.

Em quinto lugar, coloque as coisas importantes acima das coisas urgentes. Há uma grande tensão entre o urgente e o importante. Nem tudo o que é urgente é importante. Não poucas vezes, sacrificamos no altar do urgente as coisas importantes. Nosso relacionamento com Deus, com a família e a com a igreja são coisas importantes. Relegar esses relacionamentos a um plano secundário para correr atrás de coisas passageiras é consumada tolice. A Bíblia nos ensina a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos serão acrescentadas. Precisamos investir em nosso relacionamento com Deus e em nossos relacionamentos familiares, a fim de não naufragarmos nesse mar profundo da pós-modernidade!

Fonte: Site do autor.

Soli Deo Gloria

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Não tenho fé suficiente para ser ateu - Norman Geisler e Frank Turek (Leitura recomendada)

Idéias com o objetivo de destruir a fé cristã sempre bombardeiam os alunos do ensino médio e das universidades. Este livro serve como um antídoto excepcionalmente bom para refutar tais premissas falsas. Ele traz informações consistentes para combater os ataques violentos das ideologias seculares que afirmam que a ciência, a filosofia e os estudos bíblicos são inimigos da fé cristã. 

Antes de tocar a questão da verdade do cristianismo, essa obra aborda a questão da própria verdade, provando a existência da verdade absoluta. Os autores desmontam as afirmações do relativismo moral e da pós-modernidade, resultando em uma valiosa contribuição aos escritos contemporâneos da apologética cristã.  

Geisler e Turek prepararam uma grande matriz de perguntas difíceis e responderam a todas com habilidade.Uma defesa lógica, racional e intelectual da fé cristã.

Sinopse extraída do site da Editora Vida. 

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Primeira Carta de João - Augustus Nicodemus Lopes [Comentário Bíblico - Leitura recomendada]

Este comentário nasceu de palestras pelo autor para a Primeira Igreja Presbiteriana do Recife, que posteriormente foram ampliadas e aprofundadas, dando grande importância do texto.
A Primeira Carta de João foi dividida em seções que formam blocos de pensamentos completos e que podem ser analisados individualmente, sem jamais perder a relação da carta como um todo. Após cada seção, há notas críticas ao texto contendo referências aos aspectos técnicos de manuscritologia e tradução nos casos em que isso é relevante para a compreensão da passagem.
O tipo de abordagem empregado neste comentário tem como alvo facilitar, para o leitor comum da Bíblia, a leitura e a compreensão do texto da primeira epístola de João.
Sinopse extraída do site da Editora Cultura Cristã
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

sábado, 12 de maio de 2012

Sexo é um dom que vem com regras

Toda cosmovisão e sistema de crença aborda o significado e a moralidade do sexo de uma forma ou outra. O Cristianismo entende o sexo como sendo um grande dom de Deus – não um sacramento, nem algo inerentemente pecaminoso.
O Cristianismo ensina que o sexo é um dom a ser celebrado e recebido como Deus pretendeu que fosse expresso. Os cristãos fundamentam o significado do sexo na doutrina da criação. Deus fez os seres humanos como as únicas criaturas que portariam Sua imagem. Assim, os humanos são as únicas criaturas que refletem sobre o significado do sexo na literatura, poesia e debates morais – ou num fórum como este.
De acordo com a Bíblia, o primeiro homem e a primeira mulher, uma vez unidos no casamento, estavam nus diante de Deus, e não envergonhados por isso.
Não havia nenhuma vergonha em sua nudez, nem no cumprimento do seu dom sexual. Deus lhes deu esse dom para o prazer, a procriação e para muitos outros propósitos conhecidos e desconhecidos por eles. Deus é glorificado quando desfrutamos os dons que ele nos deu, como ele pretendeu.
A confusão sexual surgiu apenas após a Queda, quando os bons dons de Deus foram corrompidos pelos seres humanos. Somente então aprendemos o que acontece quando o dom sexual é removido do seu contexto pretendido de casamento fiel, e expresso em outro lugar. Isso leva a vários tipos de danos e distorções, e representa o que a Bíblia chama abertamente de pecado.
O padrão bíblico é que o sexo expresso dentro do casamento entre um marido e mulher é santo, saudável e bom. O sexo expresso em outro lugar fica aquém da intenção de Deus e viola o seu mandamento.
O sexo é uma realidade poderosa tal que, deixado ao nosso próprio engenho, provavelmente cairia em padrões de deformações grosseiras. Podemos, por exemplo, fazer do sexo um objeto de adoração ou denegri-lo como inerentemente pecaminoso. Sem dúvida, não é nenhum dos dois – mas é necessária a instrução revelada de Deus para tornar isso conhecido.

Albert Mohler (Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto)

Extraído do site Monergismo.
Fonte: http://newsweek.washingtonpost.com/onfaith/

sábado, 5 de maio de 2012

Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

A Palavra nos relata que, ao iniciar seu ministério terreno, Jesus foi ao encontro de João com o intuito de ser por ele batizado. O batismo aconteceu após certa relutância de seu primo (João), que considerava-se indigno para tal mister. Mas chamo a atenção aqui para a assertiva do Batista acerca do Mestre: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!" (João 1.29).
Com essas palavras tornava-se claro o escopo da vinda do Messias: perdoar aqueles que nele cressem e reconciliá-los consigo, uma vez que, à luz da Bíblia, os pecados dos homens fazem uma divisão entre eles e Deus (Isaías 59.2).
Primeiramente ressalto que não devemos com isso cair no erro do universalismo, o qual afirma que ao final todos serão salvos. Antes a afirmação traz implícita a ideia de que tão somente por meio da obra salvífica de Jesus consumada na cruz do Calvário é que o homem pode ter seus pecados perdoados e, por conseguinte, ser salvo.
Lembremos que, na Antiga Aliança, após o cometimento de pecados era necessário que o homem comparecesse perante o sacerdote e oferecesse o sacrifício, de acordo com suas possibilidades (novilho, bode, cabra, ovelha, duas rolinhas, dois pombinhos, a décima parte de um efa de flor de farinha – a escolha dependia da situação econômica do ofertante). No entanto, esse sacrifício não tirava os pecados; antes, os expiava, cobria de maneira que o homem pudesse ao menos temporariamente estar "quites" com Deus. Como Hebreus 10.4 afirma, "é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados".
Já o sacrifício do Cordeiro de Deus literalmente "tira" os pecados do mundo. Apaga, aniquila, limpa, purifica. "Mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus" (I Coríntios 6.11).
Foi para isso que Ele se despojou de Sua Glória, assumiu a forma humana e se entregou. Numa demonstração ímpar de amor por mim, por você, e pela humanidade.
"Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã" (Isaías 1.18).
Ainda que você fosse a única pessoa da face da Terra (ou do mundo), Ele morreria por ti. Para tirar seus pecados. Para restaurar sua vida e te reconciliar com Ele.
Deus abençoe sua vida.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

terça-feira, 1 de maio de 2012

Criação ou evolução (Ou: Disse o tolo no seu coração - "Não há Deus")

A complexidade existente nos seres vivos é fascinante. O alfabeto genético contido no DNA é composto pelas letras A, T, C e G. Em cada célula humana há aproximadamente 3 bilhões de pares dessas letras. Nosso corpo, por sua vez, possui incontáveis trilhões de células.
O cérebro humano, essa pequena máquina que trazemos na caixa craniana, é constituído por cerca de 100 bilhões de células nervosas, pesando cerca de 1,3 quilogramas. É capaz de armazenar informações correspondentes a 20 milhões de livros.
A probabilidade de a vida ter surgido por acaso é praticamente inexistente. Calcula-se que as chances de se obter uma molécula de proteína ao acaso seria semelhante a um homem de olhos vendados encontrar um determinado grão de areia em meio ao deserto do Saara por três vezes seguidas. Detalhe: uma molécula de proteína não é vida: para obter a vida, são necessárias ao menos duzentas dessas moléculas juntas.
Quanto ao ambiente em que vivemos: o oxigênio existente corresponde a 21% da atmosfera terrestre. Esse número torna possível a vida em nosso planeta. Se a concentração total do oxigênio fosse de 25%, incêndios espontâneos seriam possíveis. Se fosse correspondente a 15%, morreríamos sufocados.
Se a atmosfera fosse menos transparente, a superfície terrestre não seria atingida por radiação solar o suficiente. Por outro lado, se fosse mais transparente, seríamos afligidos com níveis de radiação solar muito além dos níveis suportáveis.
Se a interação gravitacional existente entre a Terra e a lua fosse maior, os efeitos sobre as marés, sobre o tempo de rotação do planeta e sobre a atmosfera seriam extremamente severos. Se fosse menor, as mudanças orbitais provocariam o caos no clima. Em ambas as situações, não seria possível a existência de vida em nosso planeta.
Se o nível de dióxido de carbono fosse maior do que é agora, seríamos inevitavelmente queimados por um enorme efeito estufa. Por outro lado, se o nível fosse menor, as plantas não seriam capazes de manter uma eficiente fotossíntese, o que levaria a humanidade a morrer sufocada.
Só pra utilizar três chavões criacionistas:
1) Acreditar que toda essa complexidade provém do caos equivale a acreditar que um rato correndo desesperadamente sobre as teclas de um piano seria capaz de produzir a mais complicada sinfonia clássica já composta.
2) Crer que esse universo tão harmonioso com leis tão exatas e precisas é resultado de uma explosão ocasional nos leva a crer analogamente que a explosão em uma gráfica poderia originar uma enciclopédia Barsa.
3) Entender que o cosmos provém do caos corresponde a entender que há possibilidade de surgir uma metrópole da explosão de uma bomba atômica.
Não é possível acreditar que toda essa complexidade é fruto de um processo natural destituído de qualquer tipo de intervenção inteligente. Acredito que até mesmo quem afirma acreditar que somos obra do acaso, não acredita realmente, mas simula acreditar que acredita. No íntimo, não acredita.
Caia em si, prezado. Pare de dar soco em ponta de faca. Reconheça que há um Criador. E a Ele entregue sua vida.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian