No presente texto quero falar sobre um homem conhecidíssimo na história da humanidade, sem dúvida um dos mais conhecidos. Tal homem, como todo homem, era cheio de falhas, imperfeições e, por conseguinte, cheio de pecados. O nome dele era Davi, o segundo rei de Israel, cujo nome aparece na Bíblia 899 vezes.
O personagem em apreço tem tão grande importância que Jesus Cristo, o Messias, o Deus encarnado, o Salvador da humanidade, tem como um de seus epítetos “Jesus, Filho de Davi”, uma vez que, como homem, descende do referido monarca.
Quanto aos desvios morais de Davi, lembremos:
Em certa ocasião, enquanto Israel pelejava contra os amonitas, o rei passeava tranquilamente no terraço da casa real quando vislumbrou uma bela mulher tomando banho. Não obstante o fato de que já possuía sua esposa, cresceu os olhos naquela senhora desnuda e imediatamente assentou no seu coração que teria relação sexual com ela. Detalhe: a cobiçada também era casada.
Algum tempo após o intercurso sexual, Bate Seba manda dizer a Davi que estava grávida. Com o intento de colocar panos quentes sobre o caso, Davi manda chamar Urias, o esposo da adúltera, que se encontrava na guerra e ordena que ele se deite com sua esposa, de maneira a dar a entender que o filho era dele, Urias, e não fruto do relacionamento pecaminoso entre Davi e Bate Seba.
Numa demonstração de patriotismo e retidão, Urias recusou-se a ir para a sua casa e relacionar-se com sua esposa, com a seguinte alegação: “A arca, e Israel, e Judá ficaram em tendas; e Joabe, meu senhor, e os servos de meu senhor estão acampados no campo; e hei de eu entrar na minha casa, para comer e beber, e para me deitar com minha mulher? Pela tua vida, e pela vida da tua alma, não farei tal coisa.” (2 Samuel 11:11-12)
Assim, ciente de que aquela beldade era consorte de Urias, um dos combatentes de Israel, tramou contra a vida daquele pobre homem: enviou uma carta ao general Joabe pelas mãos do próprio Urias, com os seguintes dizeres: “Ponde a Urias na frente da maior força da peleja; e retirai-vos de detrás dele, para que seja ferido e morra.” (2 Samuel 11:15)
Ou seja, numa sequência de erros, cobiçou a mulher do próximo, consumou o adultério e cometeu um homicídio. Um abismo chamando outro abismo (Salmo 42.7).
Ante tamanhos desvios de caráter, é impossível não questionarmos como pode o personagem em questão ficar conhecido como “um homem segundo o coração de Deus”... Mas a própria sequência histórica no traz a resposta. Por meio dela, observamos o profundo arrependimento de Davi após a queda, sua intensa busca pelo perdão de Deus e sua busca incessante pela presença do Altíssimo. Por meio do Salmo 51 percebemos o desespero e a agonia de um homem à procura da remissão, a preocupação de alguém que reconhece não haver nada pior do que ser lançado fora da presença do SENHOR, e nada mais degradante do que viver sem o Espírito de Deus. Observamos a dor e a tristeza de alguém rogando para que o SENHOR lhe restitua a alegria da salvação (Sl 51.11,12).
Finalizando, dentre tantas coisas que podemos aprender com a vida desse homem, destaco três:
1) Não importa quão cheia do Espírito seja a pessoa, não importa quantos dons espirituais o servo de Deus possua, não importa o quanto o homem seja um instrumento nas mãos de Deus. Apesar de seus predicados, ela é humana. E por ser humana, é cheia de falhas, possui imperfeições, tem suas faltas. E, dessa maneira, está sujeita a pecar. “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!” (1 Coríntios 10:12).
2) A vida cristã está mais relacionada com o levantar-se do que com o não cair. No entanto, não podemos pender para os extremos. Nem adotar uma postura farisaica a ponto de se achar melhor que os irmãos, mas também não entregar os pontos e viver “de qualquer maneira”.
Afinal, fomos “eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo [...]” (I Pedro 1.2).
3) O SENHOR jamais rejeita um coração quebrantado e contrito (Salmo 51.17).
Que Deus abençoe sua vida. E que a cada dia nos conscientizemos da necessidade de sermos homens segundo o coração de Deus. Não infalíveis, mas conscientes de nossas limitações e de nossa total dependência do SENHOR.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
Quanto aos desvios morais de Davi, lembremos:
Em certa ocasião, enquanto Israel pelejava contra os amonitas, o rei passeava tranquilamente no terraço da casa real quando vislumbrou uma bela mulher tomando banho. Não obstante o fato de que já possuía sua esposa, cresceu os olhos naquela senhora desnuda e imediatamente assentou no seu coração que teria relação sexual com ela. Detalhe: a cobiçada também era casada.
Algum tempo após o intercurso sexual, Bate Seba manda dizer a Davi que estava grávida. Com o intento de colocar panos quentes sobre o caso, Davi manda chamar Urias, o esposo da adúltera, que se encontrava na guerra e ordena que ele se deite com sua esposa, de maneira a dar a entender que o filho era dele, Urias, e não fruto do relacionamento pecaminoso entre Davi e Bate Seba.
Numa demonstração de patriotismo e retidão, Urias recusou-se a ir para a sua casa e relacionar-se com sua esposa, com a seguinte alegação: “A arca, e Israel, e Judá ficaram em tendas; e Joabe, meu senhor, e os servos de meu senhor estão acampados no campo; e hei de eu entrar na minha casa, para comer e beber, e para me deitar com minha mulher? Pela tua vida, e pela vida da tua alma, não farei tal coisa.” (2 Samuel 11:11-12)
Assim, ciente de que aquela beldade era consorte de Urias, um dos combatentes de Israel, tramou contra a vida daquele pobre homem: enviou uma carta ao general Joabe pelas mãos do próprio Urias, com os seguintes dizeres: “Ponde a Urias na frente da maior força da peleja; e retirai-vos de detrás dele, para que seja ferido e morra.” (2 Samuel 11:15)
Ou seja, numa sequência de erros, cobiçou a mulher do próximo, consumou o adultério e cometeu um homicídio. Um abismo chamando outro abismo (Salmo 42.7).
Ante tamanhos desvios de caráter, é impossível não questionarmos como pode o personagem em questão ficar conhecido como “um homem segundo o coração de Deus”... Mas a própria sequência histórica no traz a resposta. Por meio dela, observamos o profundo arrependimento de Davi após a queda, sua intensa busca pelo perdão de Deus e sua busca incessante pela presença do Altíssimo. Por meio do Salmo 51 percebemos o desespero e a agonia de um homem à procura da remissão, a preocupação de alguém que reconhece não haver nada pior do que ser lançado fora da presença do SENHOR, e nada mais degradante do que viver sem o Espírito de Deus. Observamos a dor e a tristeza de alguém rogando para que o SENHOR lhe restitua a alegria da salvação (Sl 51.11,12).
Finalizando, dentre tantas coisas que podemos aprender com a vida desse homem, destaco três:
1) Não importa quão cheia do Espírito seja a pessoa, não importa quantos dons espirituais o servo de Deus possua, não importa o quanto o homem seja um instrumento nas mãos de Deus. Apesar de seus predicados, ela é humana. E por ser humana, é cheia de falhas, possui imperfeições, tem suas faltas. E, dessa maneira, está sujeita a pecar. “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!” (1 Coríntios 10:12).
2) A vida cristã está mais relacionada com o levantar-se do que com o não cair. No entanto, não podemos pender para os extremos. Nem adotar uma postura farisaica a ponto de se achar melhor que os irmãos, mas também não entregar os pontos e viver “de qualquer maneira”.
Afinal, fomos “eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo [...]” (I Pedro 1.2).
3) O SENHOR jamais rejeita um coração quebrantado e contrito (Salmo 51.17).
Que Deus abençoe sua vida. E que a cada dia nos conscientizemos da necessidade de sermos homens segundo o coração de Deus. Não infalíveis, mas conscientes de nossas limitações e de nossa total dependência do SENHOR.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
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Que Deus muito o abençoe.