É engraçado... Nos três primeiros séculos da era cristã, os seguidores de Jesus o adoravam independente de definições. No entanto, muito embora já tivessem certa noção acerca da natureza d'Ele, bem como a consciência de Sua imutabilidade e da existência do Pai, do Filho e do Espírito Santo à luz das Escrituras, sempre houve a busca de uma fórmula que viesse a definir Jesus de maneira satisfatória aos anseios do pensamento do homem.
Por volta do ano 315 um presbítero chamado Ário passa a defender a tese de que Jesus não é eterno, mas apenas uma criatura do Pai. Afirmava que Cristo era sim, um instrumento de Deus, mas não possuía natureza divina.
Para por fim às disparidades de opinião acerca da pessoa do Messias, no ano 325 o imperador Constantino convocou o Concílio de Nicéia, de onde surgiu o Credo Niceno, talvez a primeira tentativa extrabíblica documentada (mas biblicamente embasada) de se definir Jesus.
Para por fim às disparidades de opinião acerca da pessoa do Messias, no ano 325 o imperador Constantino convocou o Concílio de Nicéia, de onde surgiu o Credo Niceno, talvez a primeira tentativa extrabíblica documentada (mas biblicamente embasada) de se definir Jesus.
Tem sido assim ao longo dos séculos.
Doutrinas sobre Deus são criadas com o intuito de fazer com que o Eterno se encaixe no temporal. Com que o inexplicável caiba na mente humana. Com que palavras venham a exprimir o inexprimível.
Assim é querer esclarecer como é Jesus. É querer explicar o inexplicável. Definir o indefinível. Compreender o incompreensível. Dizer o indizível.
E nesse afã, por vezes o homem acaba “coisificando” Jesus. Colocando-o numa caixinha com um rótulo.... Diminuindo o Criador à condição de criatura. Moldando-o à maneira daquilo que queremos que Ele seja.
Como disse Agostinho de Hipona: “Por mais altos que forem os voos do pensamento, Deus está ainda para além. Se compreendeste, não é Deus. Se pudeste compreender, compreendeste não Deus, mas apenas uma representação de Deus. Se pudeste quase compreender, então foste enganado pela tua reflexão.”
Ou seja... Não venhamos a confundir ou acreditar que Jesus só é aquilo sobre o qual os cristãos nos falaram. Tampouco Ele é aquilo que eu e você lemos nos manuais de teologia, ou o que os teólogos concluíram que Ele é, após calorosos debates. É muito mais. Ele transcende toda e qualquer explicação que o nosso limitado raciocínio possa cogitar.
Deus abençoe sua vida.
Deus abençoe sua vida.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirtentando definir o indefinível
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