O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Livros que li em 2009... E recomendo!!!


"Oh! Bendito o que semeia/Livros... livros à mão cheia... E manda o povo pensar!

O livro caindo n'alma/É gérmen que faz a palma/É chuva que faz o mar". 
Castro Alves

Na presente postagem apresento a relação dos livros que li em 2009... 


Abordagens e práticas da Pedagogia Cristã – Marcos Tuler
Adoração ou show? – Paul Basden (editor)
A Sedução das Novas Teologias – Silas Daniel
As Epístolas de João – James Montgomery Boice
Cristianismo em crise – Hank Hanegraaff
Cristianismo Pagão – Frank Viola
Cristianismo Puro e Simples – C. S. Lewis
Decepcionados com Deus – Philip Yancey
Eleitos, mas livres – Norman Geisler
É Proibido: o que a Bíblia Permite e a Igreja Proíbe – Ricardo Gondim
Heresias e modismos – Ezequias Soares
História da Igreja Cristã – Jesse Lyman Hurlbut
Não tenho fé o suficiente para ser ateu – Norman Geisler e Frank Turek
Novo Testamento – Vários autores, sob a edição e supervisão de Jah (esse eu li algumas vezes...)
Pedagogia da Autonomia – Paulo Freire
Seis horas de uma sexta-feira – Max Lucado
Super Crentes – Paulo Romeiro
Sócrates e Jesus: o debate – Peter Kreeft

Deus abençoe a todos, em Nome de Jesus.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

sábado, 26 de dezembro de 2009

Adeus, ano velho... Feliz ano novo! Até aqui nos ajudou o SENHOR...

Com a Graça de Deus, chegamos ao fim de mais um ano. 2009 foi embora como num piscar de olhos. Como dizemos, "quando você é criança o tempo arrasta; quando você é jovem o tempo anda; quando você é adulto o tempo corre; quando você é velho o tempo voa; só mais um pouco e o tempo terá ido embora".
Justamente por isso, a Bíblia nos orienta a remir o tempo (Efésios 5.16).

Apesar das muitas adversidades podemos, sem dúvida, afirmar que "até aqui nos ajudou o SENHOR" (I Samuel 7.12).  2009 foi um ano extremamente importante para este por vários motivos, dentre os quais destacam-se os seguintes:

- Em 07 de março, foi realizada a cerimônia da minha colação de grau, ocasião em que obtive o título de "Licenciatura Plena em Pedagogia";
- Na mesma data, por ter sido o aluno com melhor desempenho acadêmico durante o triênio 2006-2008, me foi concedida uma bolsa para a pós-graduação. Essa "carta está na manga", e provavelmente eu venha a usufruir dessa bênção em 2010;
- Em 21 de abril, após ser aprovado em concurso interno, fui promovido à graduação de Cabo PM;
- Em 18 de julho fui consagrado ao presbitério;
- Durante o ano o SENHOR supriu todas as minhas necessidades, assim como as de minha família.
Outro motivo de alegria em 2009 foi minha estreia na blogosfera, no mês de janeiro. Não tenho dúvida de que este singelo blog é um instrumento que me foi dado por Deus para, ainda que com pouco alcance, disseminar sua Santa Palavra e combater/denunciar os desvios doutrinários que grassam nas igrejas do Brasil.
Nesses 11 meses, foram cerca de  7.630 visitantes e 14.145 páginas vistas. Tais números podem ser considerados como expressivos, se levarmos em conta que se trata do blog de um "quase" anônimo.
Tive postagens publicadas por 3 dos melhores sites/blogs do Brasil: Genizah, Púlpito Cristão e Bereianos. Nessa empreitada, tenho conhecido vários irmãos em Cristo e, Graças a Deus, contado com o apoio dos mesmos. 
Enfim, só tenho a agradecer a Deus por tudo que Ele fez, tem feito e ainda vai fazer por mim. Muito obrigado, SENHOR. Agradeço também à minha amada família e a cada um dos amados visitantes que tem me honrado com sua visita nesse humilde espaço. Deixo aqui meus sinceros agradecimentos e meus votos de que as ricas e preciosas bênçãos do Pai Celestial sejam copiosamente derramadas sobre a vida de todos no ano vindouro. E em todos os dias de nossas vidas.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

sábado, 19 de dezembro de 2009

Teologia da Prosperidade: Evangelho de Cristo ou american dream?

Não é novidade para nenhum cristão que a famigerada Teologia da Prosperidade está longe de ter alguma relação com o Evangelho da Cruz. Suas práticas tem o foco nos bens materiais e no homem, e não na obra salvífica consumada por Cristo no Calvário. No ter, e não no ser. Quantificação sim, santificação, não. Muitas adesões e poucas genuínas conversões. 
Suas reuniões são centradas no “receber” de Deus, e não no “entregar” a Deus (entregar com o sentido de adorar). Por outro lado, incitam o povo a fazer barganhas com o Todo-Poderoso: “entregue (financeiramente falando) para receber”. 
O pragmatismo é a palavra de ordem, onde diante do exercício de doutrinas antibíblicas e extrabíblicas não se lança a pergunta: “Isso é certo?”. Pelo contrário, o questionamento lançado é: “Isso certo?”. Ou seja, se produz resultados no que diz respeito a trazer o povo, pouco importa se está de acordo com as Escrituras.
Aliás, como dito no início do texto a Teologia da Prosperidade está distante, bem distante do Evangelho. Teve início na América do Norte no século passado, e não na Jerusalém de 2000 e poucos anos atrás. Observemos suas raízes, quem foram seus primeiros propagadores: Kenneth Hagin, Kenneth Coppeland, Robert Tilton, Charles Capps, Morris Cerullo, dentre outros. Homens cujo ministério se expandiu no período e local supracitados, todos influenciados por Essek Willian Kenyon, que por sua vez teve seus ensinos inspirados nos conceitos elaborados pelo curandeiro e hipnotizador Finéias Parkhurst Quimby (século XIX), precursor das heresias conhecidas hoje como Ciência Cristã. Podemos afirmar, sem dúvida, que a Ciência Cristã (que nada tem de ciência, tampouco de cristã) foi o embrião da Confissão Positiva e, por conseguinte, da Teologia da Prosperidade.
Justamente pelas circunstâncias e local de origem, os pregadores da prosperidade não ensinam uma vida pautada nos ensinamentos de Jesus, mas sim no american dream. Prosperidade material acima de tudo. Apego aos bens materiais e egoísmo, ao invés de abnegação e altruísmo.
Uma tradição cujo intento precípuo é a mobilidade socioeconômica vertical. O incentivo vergonhoso a um materialismo desmedido. Pensemos: não é essa herança cultural norte-americana que temos visto sendo apregoada nas “igrejas” como se fosse verdade revelada nas Escrituras, em sermões onde a eisegese corre solta?
Os pregoeiros desse evangelho às avessas têm seus bordões não divinamente inspirados, mas sim adaptados da cultura estadunidense. Ou seja, acabam por disseminar uma “fé” norte-americana, e não cristã. Empírica, mas não bíblica. Centrada no “eu”, e não em Deus. Glamorosa e egocêntrica, refletindo perfeitamente o american dream.
O perigo de se viver em função daquilo que é temporal, em detrimento do Eterno, a inversão de valores, foi duramente combatida pelo Mestre. Suas palavras dirigidas ao rico insensato (Lc 12.13-21), o qual julgava ter segurança em virtude de sua fortuna, sempre nos servirá de alerta: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado, para quem será?” (v. 20).
Fiquemos unicamente com a verdade revelada nas Sagradas Escrituras. E que a ordem contida em Mateus 6.33 seja sempre nossa bússola (“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.”). Que o Reino de Deus esteja no topo de nossa lista de prioridades.
Deus abençoe sua vida.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Santo Antão e a empáfia espiritual

Conta-se que Antão do Egito (ou Antão do Deserto, ou Santo Antão, para os católicos) era filho de pais piedosos e ricos, tendo revelado desde a infância desejo de atingir a perfeição religiosa.
Com 20 anos de idade, perdeu os pais. Em certa ocasião, inspirado pelas palavras de Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me” (Mt 19.21), passou a viver como um asceta: retirou-se para o deserto e iniciou uma vida de oração e trabalho.
Recluso no deserto, o inimigo passou então a afligi-lo com incômodos espirituais e corporais diversos, os quais foram combatidos com oração e penitência.
Depois de incontáveis investidas sem sucesso, o inimigo retirou-se. Foi aí então que Antão, afirmou aliviado:
- Enfim, consegui resistir a todas as tentações!!! Doravante, posso me considerar um santo!
No entanto, não sabia ele que o adversário estava ainda próximo, a ponto de conseguir ouvi-lo. E ouvindo-o, sorriu e disse:
- Aháááááá! Enfim te peguei!!!

Moral da história: quando você, cheio de empáfia espiritual e autosuficiência começa a se achar muito santo, o inimigo está é rindo da sua cara.
Não se esqueça, amado:
- a santificação é um processo que se inicia no momento da justificação;
- na conversão, somos libertos da condenação do pecado; na santificação diária somos libertos do jugo e das consequências do pecado; e na glorificação, seremos enfim libertos da presença do pecado.
Nunca é demais lembrar:
“Portanto, aquele que pensa que está de pé é melhor ter cuidado para não cair”. (I Co 10.12) “Quando o Diabo acabou de tentar Jesus de todas as maneiras, foi embora por algum tempo”. (Lucas 4.13)
“Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas louco; por que morrerias fora de teu tempo? Bom é que retenhas isso e também disso não retires a tua mão; porque quem teme a Deus escapa de tudo isso”. (Eclesiastes 7.16-18)
Que o Senhor nos abençoe e nos livre de todo o mal...
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
Postagem já publicada também no Genizah.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Papai Noel: contrafação de Jesus Cristo


É chegado o mês de dezembro. Férias, festas de fim de ano, Natal, Papai Noel...
Ops! Claro que a citação ao “bom (?) velhinho” aqui foi proposital. Isso porque, até mesmo nós, cristãos, por vezes incorremos no erro de lembrar-nos dessa rechonchuda figura à simples menção da palavra “Natal”. O que é um erro crasso, uma vez que na referida ocasião, comemora-se o nascimento de nosso Salvador Jesus Cristo, o Verbo Encarnado. Logo, deveríamos nos lembrar do aniversariante primeiramente. Mas não é isso o que acontece. 
No entanto, o intento da presente postagem não é discutir a verdadeira data do nascimento do Mestre (é certo que não foi em dezembro), mas sim mostrar que existe alguém interessado em que o foco da comemoração deixe de ser Jesus (e nós bem sabemos quem é esse interessado). Abaixo, relacionarei algumas características de Nosso Senhor e Salvador consignadas nas Sagradas Escrituras. Conclua você mesmo se o Papai Noel é ou não é uma cópia barata, uma contrafação, um "impostor":
1. O Senhor Jesus tem os cabelos brancos como a lã (Apocalipse 1.14), tem barba (Isaías 50.6) e veste um manto vermelho (Apocalipse 19:13). De igual maneira, o “bom (?) velhinho”;
2. Ninguém sabe o momento de sua vinda (Lucas 12.40; Marcos 13.33). De igual maneira,  acontece com o “bom (?) velhinho”;
3. Jesus trabalhou como carpinteiro (Marcos 6.3). O “bom (?) velhinho” também, uma vez que (diz a lenda) passa o ano todo confeccionando os brinquedos a serem entregues;
4. Assenta-se sobre um trono (Apocalipse 5.1). De igual maneira, o “bom (?) velhinho”;
5. Em um de seus mandamentos, ordena que filhos honrem os pais. Noel também pede isso: a condição para que as crianças recebam presentes é a obediência aos pais.
6. “Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais” (Lucas 18.16);
7. Vem como o ladrão à noite (Mateus 24.43,44). Noel também.
8. Julgará a todos (Mateus 25.31-46; Romanos 14.10). Noel julga as obras das crianças, isto é, se são merecedoras dos brinquedos;
9. As Escrituras nos orientam a que nos acheguemos ao Seu Trono para expor a Ele nossas necessidades (Hebreus 4:16). O “bom (?) velhinho” pede que as crianças se assentem em seu colo, no trono, e façam seu pedido;
10. Por fim sabemos que o SENHOR é Onipotente (Apocalipse 19.6), Onipresente (Efésios 4.6, Salmo 139) e Onisciente (Hebreus 4.13). Segundo a fábula, Papai Noel também possui esses três atributos. Senão, vejamos:
- milhões de brinquedos são entregues numa só noite (onipotência);
- sabe se cada criança do mundo foi boa ou má (onisciência);
- vê quando cada criança está dormindo para entregar o presente (onipresença).
Com isso, a cada ano que passa a humanidade está mais próxima da fábula do que da Verdade. E as crianças são levadas a serem boas e obedientes durante o ano pela motivação errada: receberem presente do Papai Noel, e não porque essa é a vontade de Deus. São levadas a desenvolver apego aos bens materiais (presentes), e não a amar ao SENHOR acima de tudo.
Não vejo problema em comemorar o Natal. Tampouco encontramos base bíblica para a proibição. O que não podemos é continuar fomentando a crença de nossas crianças em uma fábula arquitetada com o escopo de tirar nosso Salvador do centro das atenções. 
Mostremos a elas que a razão do Natal é Jesus Cristo. E que só Ele nos dá os maiores presentes que alguém pode receber: o perdão dos pecados, a justificação, a salvação, a vida eterna.
Deus abençoe a todos em Nome de Jesus.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian