O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Cartas entre Freud e Pfister (leitura recomendada)

É fascinante acompanhar o diálogo e a construção da amizade entre Freud e Pfister. Pouco a pouco trocam idéias, textos e, acima de tudo, compartilham vida. Visitam-se, presenteiam-se, fazem confidências e influenciam-se mutuamente. 
Ao mesmo tempo, parecem cão e gato. De um lado, um cura de almas mundano — Freud era judeu e ateu. De outro, um “cura de almas espiritual” — Pfister era pastor protestante —, que se refere a Freud como “o amado adversário”. O que havia de comum entre eles era, acima de tudo, a busca pela compreensão do homem. Essa busca resultou num fecundo diálogo sobre temas como o complexo relacionamento entre psicanálise e religião, a psicanálise como técnica a serviço da cura analítica de almas, os primórdios da análise laica, a análise de crianças e adolescentes e a análise de pessoas “não doentes no sentido clínico”.

Sinopse extraída do site da Editora Ultimato.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O perdão, essa via de mão dupla...

A grande questão inicial é: como falar a respeito do perdão sem que o discurso pareça mera demagogia ou hipocrisia? Sim, principalmente porque simplesmente emitir assertivas do tipo “perdoem uns aos outros”, “não guarde rancor” e “ame a seu irmão”, como vemos frequentemente em nosso meio, soa um tanto vazio e dissociado da realidade que bem conhecemos.
Claro, tais ordenanças estão registradas nas Escrituras para serem cumpridas ou, pelo menos, para que tentemos cumpri-las dentro dos limites de nossa capacidade. Mas a pergunta é: quem consegue fazê-lo na íntegra? É certo que grande quantidade de livros e lições bíblicas já foram escritas com a utilização do tema “perdão”. No entanto, a probabilidade de que os autores vivam exatamente aquilo que registraram em suas obras é ínfima. Ou seja, trata-se de mais um capítulo da série “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
Um exemplo básico temos em certo líder, que por sinal é proprietário da editora responsável pela elaboração das revistas que utilizamos na escola bíblica dominical: em seu programa televisivo, transmitido em rede nacional, os sessenta minutos de duração são mormente utilizados na seguinte proporção aproximada [grosso modo]: quinze minutos utilizados na pregação, quinze minutos utilizados em propagandas, quinze minutos utilizados para a solicitação de ofertas e quinze minutos para o referido líder vociferar abertamente contra seus detratores.
Pessoas escrevem livros e textos teóricos sobre o perdão. Mas... E a prática?
Para compreendermos essa dificuldade em perdoar, falemos de maneira breve sobre os atributos de Deus. Sabemos que eles se dividem em incomunicáveis e comunicáveis.
Dentre os atributos incomunicáveis, comumente citamos a onipotência, a onipresença, a onisciência, a transcendência e a imanência. Esses pertencem exclusivamente a Ele, e não há possibilidade de que outro ser os possua, tampouco que Ele os divida com outrem.
Já dentre os atributos comunicáveis, isto é, aqueles que Deus graciosamente “reparte” conosco, podem ser contados, dentre outros: o amor, a bondade, a benignidade, a longanimidade e a misericórdia. Esse último em especial [alinhado com os demais], dizem respeito ao exercício do perdão.
Para aclarar a dificuldade em perdoar inerente ao ser humano, basta que observemos que tais atributos em Deus são absolutos, afinal “n’Ele não há mudança nem sombra de variação”. Já quanto aos homens, por melhores que eles sejam, seu amor é imperfeito, sua bondade é parcial, sua benignidade é opaca, sua longanimidade é estreita e seu perdão é seletivo.
Ou seja, nas incontáveis passagens bíblicas em que somos orientados a perdoar o próximo, obviamente o Mestre leva em conta o fato de que não conseguimos e não sabemos perdoar como Ele perdoa. Mas Ele bem sabe se temos ou não nos esforçado para tal.
Levemos em consideração as palavras contidas no “Pai nosso”: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” [Mateus 6:12].
Assim como”, isto é, “da mesma maneira que”. Impensadamente, muitos estão assinando sua condenação ao repetir a oração que nos foi ensinada pelo Senhor. Estão dizendo, por tabela: “Pai, não me perdoe porque eu não tenho perdoado meus ofensores, e muitas vezes sequer tenho tentado”.
O próprio Jesus explica mais adiante no mesmo capítulo do Evangelho segundo escreveu Mateus: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”. [v. 14, 15]
Enquanto Deus, quando perdoa, lança nossos pecados “no mar do esquecimento”, nós quando perdoamos lançamos os pecados de que somos vítimas, no máximo, em uma bacia rasa. Tanto é que não hesitamos em retirá-los de lá na primeira oportunidade e lançá-los no rosto dos ofensores.
O perdão despedaça jugos, alivia os ombros, restaura relacionamentos
Sim, reitero a idéia de que perdoar não é tarefa fácil. Como alguém já disse, errar é humano, perdoar é divino. E como costumamos dizer, perdoar é para os fortes. Haja força. Só mesmo aquela que provém do Espírito de Deus. Porque, de nós mesmos, o máximo que conseguimos é suportar uns aos outros. Quando conseguimos.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

[Síntese da aula ministrada na EBD da Assembleia de Deus Ministério de Santos - Jardim Gaivotas, Caraguatatuba/SP, em 11NOV12.]

domingo, 25 de novembro de 2012

CPM 22 gospel???

No meio "gospel" não raramente encontramos músicas com um caráter subjetivo, onde ficamos sem saber ao certo se a intenção do cantor/compositor era direcionar as palavras e declarações de amor a Deus ou à pessoa amada. Ao que tudo indica, existe a pretensão de se atingir o público alvo e, se possível, dada a dubiedade das declarações, alcançar a massa e vender um pouquinho a mais...
Nesse sentido, podem ser observadas no mercado secular uma infinidade de canções que poderiam facilmente se passar por gospel. Letras com conteúdo mais "gospel" que muita música "gospel". Peguemos como exemplo “Estranho no espelho”, do CPM 22 (1. esqueça o sentido original da letra; 2. em vermelho, minhas observações):
Quem você vê quando me olha/ Estou certo, não é o mesmo que eu
(Muitas vezes nos desvalorizamos, nos sentimos inferiores. No entanto, Deus nunca nos vê assim. Aos Seus olhos somos preciosos, a ponto de enviar Seu Único Filho para morrer pela humanidade,  com a finalidade de nos resgatar para Si.)
Às vezes penso em ir embora/ Às vezes não me vejo bem
(Por esse complexo de inferioridade, por não se ver bem, tomado pela angústia, o ser humano chega ao ponto de querer “ir embora”, por um fim à vida. E é o que muitos fazem, chegam a esse extremo.)
Não te conheço mais/ Um estranho no espelho
Vem me roubar a paz / Sempre que eu te vejo 
(“Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”, Rm 7.24. Confrontado com sua pecaminosidade, com sua fraqueza, com sua insuficiência, antes de se encontrar ‘no’ e ‘com’ o Criador, o homem tem a paz roubada por aquele que veio a “roubar, a matar e a destruir” – João 10.10. Só a reencontra ao encontrar o Príncipe da Paz.)
Refrão:
Louco pra fugir de mim sem saber/ Procurando um sentido que me faça entender
(o homem, em seu íntimo, busca desesperadamente fugir de si, escapar de sua condição de falho, faltoso, inconstante, fatores que o distanciam de Deus. No entanto, sozinho nunca conseguirá: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem”, Romanos 7.18. Estamos sempre à procura de um sentido, sabemos que a vida não se resume a estes poucos anos sobre a Terra. A Palavra nos diz que Deus “também pôs no coração deles {dos homens} a idéia da eternidade”, Eclesiastes 3.11.)  
Que eu nunca estou sozinho/ Mesmo sem poder te ver/Sei que estou sempre com você
(Sabemos que nunca estamos sozinhos; se depositamos nossa confiança em Deus, mesmo sem vê-lo podemos sentir Seu terno cuidado sobre nossa vida)

Quem você vê quando se olha/Estou certo, não é o mesmo que eu
Mas quero ir com você pra bem longe daqui/Ao menos só mais uma vez
(Maranata! Vem, Senhor Jesus... Minha alma anseia por Ti...)
Estou com medo mas escuto os teus conselhos
(Sentimos medo, sim. Da morte, da vida, do desconhecido, do hoje, do amanhã, de nós mesmos, do próximo, do Eterno... Acredito que somente {alguns} loucos não sintam.)
Tento encontrar a paz/Que há tempos eu não vejo
(É o que todos buscam desesperadamente. Como disse Agostinho, “Fizeste-nos para ti, Senhor, e o nosso coração permanece inquieto enquanto não repousar em Ti”.)
Quem pode me escutar/Estou desorientado e tão cansado
(Todos estávamos cansados e desorientados, até ouvirmos as doces palavras do Mestre: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” – Mateus 11.28-30)
Quem pode me ajudar/Se não for você, me responda por favor
(Quem pode ajudar o homem e livrá-lo da angústia, da opressão e do cansaço, se não Deus? No fim, reconhecemos que só Ele pode nos ajudar. Ufa! Graças a Deus por isso...)
Para ver o videoclip dessa música, clique aqui.
Yeah! Jesus rules!
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

* Música "Estranho no Espelho", compositores: Wally/Badauí/Rodrigo Koala. Álbum Cidade Cinza. Arsenal/Universal Music, 2007.
Imagem extraída de: http://cpm22.uol.com.br (Acesso em 24/06/10).

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Dinheiro, sexo e poder - Richard J. Foster (leitura recomendada)

Dinheiro, sexo e poder. Desde as primeiras civilizações, estes três fatores estiveram envolvidos em quase todos os movimentos sociais, políticos e econômicos. Eles motivaram o início, a ascensão, o auge, o declínio e a derrocada de homens e mulheres, famílias e etnias, povoados e nações, iniciativas simples ou ideologias inteiras. É impossível pensar em um período histórico que não tenha sido motivado ou, pelo menos, influenciado por um dos elementos dessa tríade. Ou por todos eles.
Isto não significa, porém, que o dinheiro, o sexo e o poder sejam maléficos por natureza. O que determina seus efeitos são os princípios e o caráter de quem deles dispõe, como mostra Richard J. Foster em Dinheiro, sexo e poder: Um chamado à renovação ética. Esta reedição totalmente revisada e atualizada do clássico Dinheiro, sexo e poder foi lançado pela primeira vez pela Editora Mundo Cristão em 1988.
Abordagem corajosa e fundamentação bíblica consistente são as marcas deste livro, uma investigação séria sobre as raízes de três fontes poderosas de bênção ou de problemas. A escolha está nas mãos de cada um.

Sobre o Autor:
Richard J. Foster é pastor e conferencista internacional, ele foi professor da Friends University e fundador da Renovare, organização dirigida ao desenvolvimento e ao crescimento das igrejas cristãs.

Sinopse extraída do site da Editora Mundo Cristão.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Como chegam ao meu blog?

De vez em quando consulto a origem do tráfego deste blog, por meio de um mecanismo do contador de visitas.
Interessante observar as pesquisas que levam [ou trazem] as pessoas a este humilde espaço virtual.
Mormente lideram o ranking as buscas atinentes às palavras cortador, migrador ou devorador. Espero que, lendo meu texto encontrado, os internautas venham a sanar suas dúvidas acerca dos dízimos e, por conseguinte, sejam libertas do legalismo farisaico daqueles que, visando benefício próprio, apregoam que sem o dízimo, não há céu.
Outras buscas que estão sempre no topo se relacionam às parábola dos talentos e do filho pródigo. Isto quer dizer que as parábolas proferidas pelo Mestre Jesus, graças a Deus, continuamente despertam o interesse dos homens.
O significado de "epicureus e estóicos" também é bastante procurado e tenho a honra de recepcionar visitantes que buscam por explicação sobre tais termos e, aleluia, são esclarecidos durante a leitura de meu pequeno texto que trata do assunto.
Vale mencionar ainda as seguintes palavras-chave que direcionam visitantes a este espaço, mormente relacionadas a temas bíblicos ou atinentes a Deus:
Mas também há outras buscas que, num primeiro momento, nada tem a ver com os assuntos tratados no blog mas que, em Cristo, espero que os textos lidos venham a ser sementes plantadas no coração dos internautas. 
Muito obrigado por sua presença aqui, caro visitante.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

sábado, 27 de outubro de 2012

Uma breve Teologia do Sono

5 horas da manhã. Na manhã de domingo o mundo não é escuro, mas também não há cor. Tudo é preto, branco e cinza, exceto a luz laranja na garagem do outro lado da rua, que brilha através da janela do meu quarto. Não há brisa, e as folhas de álamo são capturadas como uma fotografia em silêncio. As estrelas se foram, mas o sol não surgiu de todo; por isso, você não pode dizer se o céu está nublado ou claro. Muito em breve saberemos.
Sento na beira da minha cama tentando desenvolver uma teologia do sono. Por que Deus nos projetou de tal forma que tivéssemos necessidade de sono? Dormimos durante um terço das nossas vidas. Apenas pense nisso: gastamos um terço das nossas vidas como mortos. Basta pensar em tudo o que está sendo deixado de lado, mas que poderia ser feito, se Deus não tivesse nos projetado para precisar de sono. Certamente não há dúvida que ele poderia ter nos criado com nenhuma necessidade de sono. E apenas pense: todos poderiam se devotar a duas carreiras, e não sentir-se cansado. Todo mundo poderia ser um “obreiro cristão em tempo integral” e ainda manter o seu trabalho. Poderíamos nos envolver em muitas coisas dos negócios do nosso Pai.
Por que Deus imaginou o sono? Ele nunca dorme! Ele teve a ideia do nada. Deus criou o sono pensando nas suas criaturas terrenas. Mas por quê? O Salmo 127.2 diz: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem”. De acordo com esse texto, o sono é um dom de amor, e um dom que é frequentemente desprezado pela labuta ansiosa. Um sono tranquilo é o oposto da ansiedade. Deus não quer que seus filhos sejam ansiosos, mas que confiem nele. Portanto, concluo que Deus criou o sono como um lembrete contínuo de que não deveríamos ficar ansiosos, mas descansar nele.
Sono é um lembrete diário, da parte de Deus, de que não somos Deus. “É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel” (Sl 121.4). Mas Israel dormirá. Não somos Deus! Uma vez ao dia Deus nos envia para a cama como pacientes com uma doença. A doença é a tendência crônica de pensar que estamos no controle e que nosso trabalho é indispensável. Para nos curar dessa doença Deus nos transforma em sacos indefesos de areia uma vez por dia. Quão humilhante ao executivo corporativo autossuficiente ter que entregar todo o controle e ficar tão mole quanto um lactente todo dia.
O sono é uma parábola que Deus é Deus e nós meros homens. Deus cuida do mundo numa boa enquanto o hemisfério dorme. O sono é como um disco quebrado que toca a mesma mensagem todos os dias: O homem não é soberano. O homem não é soberano. O homem não é soberano. Não deixe que a lição se perca em você. Deus quer que confiemos nele como o grande trabalhador que nunca se cansa e nunca dorme. Ele não fica impressionado com as nossas noites acordadas nem quando madrugamos cedo; mas ele se deleita com a confiança tranquila que lança toda a ansiedade nele e dorme.
Em busca do descanso,
Pastor John

Desiring God – texto escrito em 03 de agosto de 1982.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – julho/2012.
Fonte: Site Monergismo.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Amor, sexo, cumplicidade e outros prazeres a dois - Mark e Grace Driscoll (leitura recomendada)

Para ter o casamento perfeito que você pediu a Deus basta ouvir o que Ele tem a dizer.
Essa é a ideia central de Amor, sexo, cumplicidade e outros prazeres a dois. Com leveza e cumplicidade, o pastor Mark Driscoll e sua mulher, Grace, compartilham alguns princípios e atitudes que farão do casamento um compromisso para a vida toda. Neste livro, você vai ver que a amizade e a honestidade – inclusive para falar abertamente sobre sexo – são os elementos mais importantes para um matrimônio sadio e duradouro.

Sinopse extraída do site da editora Ediouro.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

terça-feira, 2 de outubro de 2012

As boas novas do evangelho num mundo de más notícias

O mundo está empapuçado de más notícias. Tem um prazer mórbido de se alimentar com as informações dragadas do submundo do crime, da corrupção e da violência. Notícia boa não vende jornal nem desperta interesse. O homem corrompido refestela-se com os petiscos imundos do pecado. É nesse contexto de mazelas e decadência que Paulo escreve sua carta aos Romanos, para falar do evangelho. Destacamos, aqui, algumas lições:
Em primeiro lugar, qual é a natureza do evangelho. O evangelho trata das boas novas de salvação num mundo imerso na mais completa perdição. O homem morto em seus delitos e pecados é escravo da carne, do mundo e do diabo. É filho da ira e caminha para a perdição. Está no reino das trevas e sob a potestade de Satanás. Sem qualquer mérito existente nesse homem, Deus o amou. Mesmo sendo inimigo de Deus, o próprio Deus caminhou na sua direção para reconciliá-lo consigo mesmo por meio de Cristo Jesus. O Evangelho, portanto, é Deus buscando o perdido. É Deus abrindo para o pecador um novo e vivo caminho para o céu. O evangelho é a expressão da graça de Deus, manifestada em Cristo, aos pecadores perdidos.
Em segundo lugar, quais as atitudes que devemos ter em relação ao evangelho. O apóstolo Paulo assumiu três atitudes importantes em relação ao evangelho. “Eu sou devedor” (Rm 1.14). “Eu estou pronto a anunciá-lo” (Rm 1.15). “Eu não me envergonho” (Rm 1.16). Somos devedores porque Deus nos confiou esse tesouro e não podemos retê-lo apenas para nós. Precisamos ser mordomos fiéis na entrega fiel dessa mensagem salvadora. Devemos estar prontos a anunciar o evangelho em todo tempo, em todo lugar, a todas as pessoas, de todas as formas legítimas, usando todos os recursos disponíveis. Não podemos nos envergonhar dessa mais importante mensagem, a boa nova de que Deus nos amou e enviou seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna!
Em terceiro lugar, qual é a eficácia do evangelho. O evangelho é o poder de Deus para a salvação. Porque Deus é onipotente, o evangelho também o é. Não há outra alternativa para o homem ser salvo a não ser pelo evangelho. Não há pecador tão arruinado moralmente e tão perdido espiritualmente que o evangelho não possa alcançá-lo. O evangelho não é um poder destruidor. É o poder de Deus para a salvação. É o poder que levanta o caído, que encontra o perdido e dá vida ao que está morto em seus pecados. O evangelho revela-nos que a salvação está em Cristo e somente nele. Nenhuma religião pode salvar o homem. Nenhum credo religioso pode reconciliar o homem com Deus. Nenhum sacrifício ou obra humana pode aliviar a consciência do pecador nem mesmo conduzi-lo à salvação.
Em quarto lugar, qual é a exigência do evangelho. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê. O evangelho de Cristo oferece salvação a todos sem acepção, mas não a todos sem exceção. Há uma limitação imposta. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê e não para aqueles que permanecem incrédulos e impenitentes. A ideia de que no dia final todos serão salvos está absolutamente equivocada. A salvação universal, ou seja, para todos sem exceção é uma grande falácia. A ideia de que aqueles que rejeitaram o evangelho serão destruídos e deixarão de existir, também, não possui amparo nas Escrituras. A Palavra de Deus fala de bem-aventurança eterna e tormento eterno. O inferno não é a sepultura nem a cessação da existência. O inferno é um lugar um estado de penalidades eternas que está no final de toda vida sem Cristo.
Sabendo que o evangelho é a melhor notícia, vindo do céu, da parte do próprio Deus, acerca da salvação eterna em Cristo Jesus, oferecendo-nos redenção, remissão de pecados e vida eterna, precisamos tomar duas atitudes: Primeira, recebermos com gratidão, pela fé, essa gloriosa oferta. Segunda, comprometermo-nos a proclamar essa mensagem com senso de urgência, no poder do Espírito Santo.
Rev. Hernandes Dias Lopes
Fonte: Site do autor.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Em busca de sentido - Viktor E. Frankl (leitura recomendada)

Porta de entrada para a logoterapia, a "terceira escola vienense de psicoterapia", o texto de Frankl descreve em linguagem narrativa como sentiu e observou a si mesmo, e às demais pessoas, e seu comportamento num campo de extermínio nazista. Toca na essência do que é ser humano: não renunciar ao sentido da vida.

Sinopse extraída do site da Editora Sinodal.

Soli Deo Gloria 
Alessandro Cristian

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Homem segundo o coração de Deus...

No presente texto quero falar sobre um homem conhecidíssimo na história da humanidade, sem dúvida um dos mais conhecidos. Tal homem, como todo homem, era cheio de falhas, imperfeições e, por conseguinte, cheio de pecados. O nome dele era Davi, o segundo rei de Israel, cujo nome aparece na Bíblia 899 vezes.
O personagem em apreço tem tão grande importância que Jesus Cristo, o Messias, o Deus encarnado, o Salvador da humanidade, tem como um de seus epítetos “Jesus, Filho de Davi”, uma vez que, como homem, descende do referido monarca.
Quanto aos desvios morais de Davi, lembremos: 
Em certa ocasião, enquanto Israel pelejava contra os amonitas, o rei passeava tranquilamente no terraço da casa real quando vislumbrou uma bela mulher tomando banho. Não obstante o fato de que já possuía sua esposa, cresceu os olhos naquela senhora desnuda e imediatamente assentou no seu coração que teria relação sexual com ela. Detalhe: a cobiçada também era casada.
Algum tempo após o intercurso sexual, Bate Seba manda dizer a Davi que estava grávida. Com o intento de colocar panos quentes sobre o caso, Davi manda chamar Urias, o esposo da adúltera, que se encontrava na guerra e ordena que ele se deite com sua esposa, de maneira a dar a entender que o filho era dele, Urias, e não fruto do relacionamento pecaminoso entre Davi e Bate Seba.
Numa demonstração de patriotismo e retidão, Urias recusou-se a ir para a sua casa e relacionar-se com sua esposa, com a seguinte alegação: “A arca, e Israel, e Judá ficaram em tendas; e Joabe, meu senhor, e os servos de meu senhor estão acampados no campo; e hei de eu entrar na minha casa, para comer e beber, e para me deitar com minha mulher? Pela tua vida, e pela vida da tua alma, não farei tal coisa.” (2 Samuel 11:11-12)
Assim, ciente de que aquela beldade era consorte de Urias, um dos combatentes de Israel, tramou contra a vida daquele pobre homem: enviou uma carta ao general Joabe pelas mãos do próprio Urias, com os seguintes dizeres: “Ponde a Urias na frente da maior força da peleja; e retirai-vos de detrás dele, para que seja ferido e morra.” (2 Samuel 11:15)
Ou seja, numa sequência de erros, cobiçou a mulher do próximo, consumou o adultério e cometeu um homicídio. Um abismo chamando outro abismo (Salmo 42.7).
Ante tamanhos desvios de caráter, é impossível não questionarmos como pode o personagem em questão ficar conhecido como “um homem segundo o coração de Deus”... Mas a própria sequência histórica no traz a resposta. Por meio dela, observamos o profundo arrependimento de Davi após a queda, sua intensa busca pelo perdão de Deus e sua busca incessante pela presença do Altíssimo. Por meio do Salmo 51 percebemos o desespero e a agonia de um homem à procura da remissão, a preocupação de alguém que reconhece não haver nada pior do que ser lançado fora da presença do SENHOR, e nada mais degradante do que viver sem o Espírito de Deus. Observamos a dor e a tristeza de alguém rogando para que o SENHOR lhe restitua a alegria da salvação (Sl 51.11,12).
Finalizando, dentre tantas coisas que podemos aprender com a vida desse homem, destaco três:
1) Não importa quão cheia do Espírito seja a pessoa, não importa quantos dons espirituais o servo de Deus possua, não importa o quanto o homem seja um instrumento nas mãos de Deus. Apesar de seus predicados, ela é humana. E por ser humana, é cheia de falhas, possui imperfeições, tem suas faltas. E, dessa maneira, está sujeita a pecar. “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!” (1 Coríntios 10:12).
2) A vida cristã está mais relacionada com o levantar-se do que com o não cair. No entanto, não podemos pender para os extremos. Nem adotar uma postura farisaica a ponto de se achar melhor que os irmãos, mas também não entregar os pontos e viver “de qualquer maneira”.
Afinal, fomos “eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo [...]” (I Pedro 1.2).
3) O SENHOR jamais rejeita um coração quebrantado e contrito (Salmo 51.17).

Que Deus abençoe sua vida. E que a cada dia nos conscientizemos da necessidade de sermos homens segundo o coração de Deus. Não infalíveis, mas conscientes de nossas limitações e de nossa total dependência do SENHOR.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

domingo, 26 de agosto de 2012

Prédicas e alocuções - Dietrich Bonhoeffer (leitura recomendada)

O autor se destacou como pregador nas comunidades pelas quais passou, no seminário que dirigiu e nas oportunidades que lhe apareceram na vida. Muitas prédicas não perdem valor e atualidade com o passar dos anos. Assim como encontraram ouvidos atentos  em seu tempo, ainda hoje elas despertam a reflexão em torno de conteúdos da fé cristã. Nelas está impressa a certeza de que o Evangelho de Jesus Cristo é a palavra para todos os tempos. É nesse marco que se situa o pastor, teólogo luterano e mártir do nacional-socialismo na Alemanha da Segunda Guerra Mundial, Dietrich Bonhoeffer, cujos escritos estão publicados em diversas línguas e são lidos e estudados também fora dos muros eclesiais.

Sinopse extraída do site da Editora Sinodal.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O coração, essa máquina tão poderosa quanto enganosa...

O ser humano traz no interior de seu peito uma máquina poderosíssima, pela biologia denominada "coração". Possui cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura e 6 cm de espessura, pesando aproximadamente 250 gr, medidas e peso estimado para o coração de uma pessoa adulta.
Essa pequena máquina possui três camadas: o endocárdio (seu revestimento interno), o miocárdio (porção muscular de sua parede) e o pericárdio (revestimento externo derivado das cavidades do celoma). O compartimento cardíaco de parede mais espessa e vigorosa é o ventrículo esquerdo, responsável pelo bombeamento do sangue através de toda a grande circulação.
Existem válvulas entre os compartimentos cardíacos, dentre eles os grandes vasos que a elas se ligam. Entre o átrio e o ventrículo direitos, se encontra a válvula tricúspide, a qual possui três folhetos membranosos. Quando da contração do átrio, ela se abre e permite que o sangue passe. Quando o ventrículo se contrai, ela se fecha e impede o refluxo de sangue para o interior do átrio.
Entre o átrio e o ventrículo esquerdos, situa-se a válvula mitral (ou bicúspide), com dois folhetos membranosos. Seu comportamento é similar ao da válvula tricúspide.
A contração do coração se chama sístole, e corresponde à fase de ejeção ou esvaziamento. O movimento  de relaxamento e enchimento de suas câmaras chama-se diástole.
Mecanismos extremamente precisos ajustam a frequência dos batimentos cardíacos, garantindo a chegada de oxigênio e nutrientes na medida necessária para todas as partes do corpo.
O coração de um adulto bate cerca de 72 vezes por minuto e bombeia cerca de 7200 litros de sangue por dia. É uma bomba tão potente que é capaz de jogar o sangue a uma distância de 120 metros (!). 
Sim, mas enquanto como órgão humano é poderoso, como sede dos sentimentos, isto é, figuradamente, é enganoso ao extremo. Não por acaso, a Palavra nos afirma que "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jeremias 17.9). Nos informa ainda que "(...) do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias" (Mateus 15.19), além de centenas de outras referências bíblicas que podem ratificar essa verdade.
Mas o mais interessante é que, apesar de saber que ele é enganoso, muita gente se deixa levar por ele. Toma decisões segundo os seus próprios sentimentos (i.e., segundo o próprio coração) e tenta justificar com a assertiva de que "Deus falou comigo". Dessa maneira se colocam como Deus, afinal essa esfarrapada desculpa de que "Deus mandou" nada mais é que uma forma de tentar se justificar, quando se segue seus próprios desejos, sua própria vontade, seus próprios intentos.
Prezado, deixe de querer seguir o seu coração. Ele é enganoso. Tome decisões pautadas nos ditames da Palavra, que é bem melhor.
Deus abençoe sua vida.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian  

sábado, 18 de agosto de 2012

A família na época pós-moderna

Hernandes Dias Lopes
A pós-modernidade está firmada sobre o tripé: pluralização, privatização e secularização. A pluralização diz que há muitas ideias, muitos valores, muitas crenças. Não existe uma verdade absoluta, tudo é relativo. A privatização diz que nossas escolhas são soberanas e cada um tem sua própria verdade. A secularização, por sua vez, coloca Deus na lateral da vida e o reduz apenas aos recintos sagrados. A família está nesse fogo cruzado. Caminha nessa estrada juncada de perigos, ouvindo muitas vozes, tendo à sua frente muitas bifurcações morais. Que atitude tomar? Que escolhas fazer para não perder sua identidade? Quero sugerir algumas decisões:

Em primeiro lugar, coloque Deus acima das pessoas. No mundo temos Deus, pessoas e coisas. Vivemos numa sociedade que se esquece de Deus, ama as coisas e usa as pessoas. Devemos, porém, adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. A família pós-moderna tem valorizado mais as coisas do que o relacionamento com Deus. Vivemos numa sociedade que valoriza mais o ter do que o ser. Uma sociedade que se prostra diante de Mamom e se esquece do Deus vivo.

Em segundo lugar, coloque seu cônjuge acima de seus filhos. O índice de divórcio cresce espantosamente no Brasil. Enquanto os véus das noivas ficam cada vez mais longos, os casamentos ficam cada vez mais curtos. Um dos grande erros que se comete é colocar os filhos acima do cônjuge. Muitos casais transferem o sentimento que devem dedicar ao cônjuge para os filhos e isso, fragiliza a relação conjugal e ainda afeta profundamente a vida emocional dos filhos. O maior presente que os pais podem dar aos filhos é amar seu cônjuge. Pais estruturados criam filhos saudáveis.

Em terceiro lugar, coloque seus filhos acima de seus amigos. Muitos pais vivem ocupados demais, correm demais e dedicam tempo demais aos amigos e quase nenhum tempo aos filhos. Alguns pais tentam compensar essa ausência com presentes. Mas, nossos filhos não precisam tanto de presentes, mas de presença. Nenhum sucesso profissional ou financeiro compensa o fracasso do relacionamento com os filhos. Nossos filhos são nosso maior tesouro. Eles são herança de Deus. Equivocam-se os pais que pensam que a melhor coisa que podem fazer pelos filhos é deixar-lhes uma rica herança financeira. Muitas vezes, as riquezas materiais têm sido motivo de contendas na hora da distribuição da herança. Nosso maior legado para os filhos é nosso exemplo, nossa amizade e nossa dedicação a eles, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor.

Em quarto lugar, coloque os relacionamentos acima das coisas. Vivemos numa ciranda imensa, correndo atrás de coisas. Muitas pessoas acordam cedo e vão dormir tarde, comendo penosamente o pão de cada dia. Pensam que se tiverem mais coisas serão mais felizes. Sacrificam relacionamentos para granjearem coisas. Isso é uma grande tolice. Pessoas valem mais do que coisas. Relacionamentos são mais importantes do que riquezas materiais. É melhor ter uma casa pobre onde reina harmonia e paz do que viver num palacete onde predomina a intriga.

Em quinto lugar, coloque as coisas importantes acima das coisas urgentes. Há uma grande tensão entre o urgente e o importante. Nem tudo o que é urgente é importante. Não poucas vezes, sacrificamos no altar do urgente as coisas importantes. Nosso relacionamento com Deus, com a família e a com a igreja são coisas importantes. Relegar esses relacionamentos a um plano secundário para correr atrás de coisas passageiras é consumada tolice. A Bíblia nos ensina a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos serão acrescentadas. Precisamos investir em nosso relacionamento com Deus e em nossos relacionamentos familiares, a fim de não naufragarmos nesse mar profundo da pós-modernidade!


Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Vencendo as aflições da vida - Alexandre Coelho e Silas Daniel (leitura recomendada)

A vida sempre foi cheia de desafios. Alguns deles são ultrapassados com facilidade, mas outros, apenas com a ajuda de Deus e do companheirismo cristão, por meio de assistência e aconselhamento.
Como deve um crente portar-se diante da violência social que cerca nossa nação e o mundo?
Com que perspectiva a igreja deve encarar a morte e ausência de recursos mínimos dentro dos lares de seus membros? Como reagir quando um filho, criado na igreja, torna-se rebelde e despreza até mesmo a Palavra de Deus?
É possível passar por desafios e, acima de tudo, honrar a Deus tendo uma perspectiva acertada e bíblica diante de todas as circunstâncias descritas acima. Descubra como, lendo este livro.

Sinopse extraída do site da CPAD.

Soli Deo Gloria 
Alessandro Cristian

sábado, 4 de agosto de 2012

O inferno é aqui...

Calma, calma... Com a afirmação acima não estou defendendo o universalismo tampouco o aniquilacionismo, ensinos errôneos que tem sido propagados por alguns grupos ao longo da história do cristianismo e que ganharam certa ênfase nos últimos anos com o teísmo aberto (Os primeiros afirmam que a salvação é universal, isto é, no final todos serão salvos pela misericórdia de Deus. Já os segundos creem que aqueles que não alcançarem a salvação serão julgados, condenados, e por fim aniquilados. Isto é, tornados em nada, deixarão de existir).
Tampouco estou negando o ensino claro das Escrituras acerca da condenação eterna daqueles que viveram impiamente, apartados do Criador. Aliás, Jesus nos deu mais detalhes acerca do inferno que do céu, certamente para alertar-nos quanto ao sofrimento ali existente, do qual devemos escapar. Não estou indo contra as palavras do Mestre, segundo o qual o inferno é lugar de choro e ranger de dentes (Mateus 8.12; 13.42,50; 22.13; 24.51; 25.30). Por meio da Palavra, observamos também que o inferno é lugar de fogo e escuridão ( Judas 7, 13), de destruição (I aos Tessalonicenses 5.3; II aos Tessalonicenses 1.7-9; 2 Pedro 3.7).
Mas o que quero transmitir então com a assertiva de que "o inferno é aqui"? 
Resposta: Que o homem, através de um modus vivendi inconsequente, acaba por tornar sua vida um verdadeiro inferno existencial.
A seguir apresento algumas condutas do ser humano cujas consequências contribuem para tal:
  • Demonstrar indiferença ante o sofrimento alheio;
  • Não conseguir perdoar;
  • Não saber amar;
  • Pensar que pessoas são coisas, manipuláveis;
  • Pautar os atos cotidianos na mentira e no engano;
  • Viver alimentando o ódio;
  • Se encolerizar ante a felicidade alheia;
  • Permitir que o coração se torne num emaranhado de raízes de amargura;
    Etc, etc, etc...
De fato, a simples menção dos itens acima já nos dá uma amostra do sofrimento em que muitos vivem, simplesmente por optarem cerrar seu coração para o amor e o perdão... Um verdadeiro inferno existencial.
Mas por maior que seja o sofrimento do indivíduo nessa vida, não é nada se comparado ao sofrimento eterno, naquele lugar "onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga" (Marcos 9.48).
Mas o que é pior: aqueles que padecem aqui como se estivessem no inferno por adotarem as posturas acima elencadas, são sérios candidatos a irem parar no inferno definitivo... 
Que Deus tenha misericórdia de nós.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian