O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Dez coisas em que você deve acreditar...

  1. Que Deus, Soberano e Todo-Poderoso, é o Criador dos Céus e da Terra.
  2. Que a Bíblia Sagrada é a infalível e inerrante Palavra de Deus.
  3. Que Jesus Cristo, Filho de Deus, morreu por você. Mas ressuscitou ao terceiro dia e hoje está à destra do Pai, intercedendo por nós.
  4. Que pela Graça somos salvos. Assim, não precisamos quitar carnês mensais, tampouco fazermos sacrifícios para irmos para o Céu.
  5. Que Jesus voltará para buscar os salvos.
  6. Que há uma condenação eterna para aqueles que O rejeitarem.
  7. Que o salvo é santo. Se não é santo, não é salvo.
  8. Que só há um mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo.
  9. Que o casamento, à luz da Bíblia, da coerência e do bom-senso, só é possível entre um homem e uma mulher.
  10. Que você não pode se conformar com esse mundo, mas que deve levar seu pensamento cativo a Cristo. 
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

    segunda-feira, 14 de novembro de 2011

    Quando orares, entra no teu aposento...

    Vivemos em dias nos quais a recomendação em epígrafe, proferida por Jesus, tem sido um tanto quanto negligenciada. As grandes aglomerações humanas são buscadas em detrimento dos momentos em particular com o Criador.
    Grandes congressos, igrejas abarrotadas e imensas cruzadas evangelísticas são procuradas pelo homem, em sua busca desenfreada por ouvir a voz de Deus. Nada contra esses encontros. O problema é que se esquecem de que, para ouvir a voz de Deus, por vezes se faz necessário entrar no quarto, trancar a porta e esquecer o mundo lá fora.
    É lá dentro, no recôndito, no silêncio, longe da correria cotidiana e da multidão de afazeres, que Deus fala conosco de maneira particular.
    Conta-se que, em certa ocasião, perguntaram a Madre Tereza de Calcutá o que ela dizia a Deus em suas orações. No que ela respondeu: "Nada, eu só escuto". Aí então perguntaram o que Deus dizia a ela durante suas orações. A resposta foi: "Nada, ele só me escuta".
    Nesse silêncio somos confrontados com nosso eu. Digo, é nesse silêncio que Deus nos mostra quem somos. É do silêncio que emerge a realidade de nosso íntimo.
    Interessante observar que esse "entrar no aposento" diz respeito a muito mais que apenas adentrar em um espaço geográfico, ou a um compartimento da residência. Nas entrelinhas, Jesus nos orienta a, no momento da oração, adentrarmos no mais oculto de nosso ser. A vasculharmos cada canto de nosso coração, onde estão escondidos os intentos mais secretos, os mais inimagináveis desejos, os pensamentos mais indesejáveis.
    Nos manda ainda fecharmos a porta. Isto é, impedirmos a entrada de bajulações e adulações que nem sempre condizem com a realidade. A bloquearmos as opiniões externas acerca de nossa pessoa.
    "É melhor ouvir a repreensão de um sábio do que a canção dos tolos" (Eclesiastes 7.5).
    Nesses momentos, sem abrir a boca, apresentamos a Deus o que está em nós, e não aquilo que queremos para nós.
    Uma vez desvelado o que estava em oculto, apresente a Ele. Não adianta querer esconder algo do Mestre, afinal "todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar" (Hebreus 4.13). No entanto, Ele quer ver nossa sinceridade. Se, de livre e espontânea vontade apresentamos a Ele o que não apresentaríamos para mais ninguém. Talvez nem para nós mesmos.
    Em suma: reserve um tempo diário para estar em particular com Deus. Faz bem.
    Que o Pai abençoe sua vida.

    Soli Deo Gloria
    Alessandro Cristian

    sábado, 5 de novembro de 2011

    Depressão, o cárcere da alma

    A depressão foi definida por Andrew Solomon como um parasita que suga a seiva da nossa vida. É como engolir seu próprio funeral e vestir-se de uma roupa de madeira. A depressão é o cárcere da alma, a masmorra das emoções, o cativeiro que priva milhões de pessoas de nutrirem na alma, a esperança do amanhã. A depressão é classificada como uma doença e, essa doença, que possui múltiplas causas, atinge ricos e pobres, jovens e velhos, doutores e analfabetos, religiosos e ateus. A depressão é uma doença que provoca muitas outras. Se não tratada convenientemente pode desembocar em tragédias irremediáveis. A depressão é a principal causa do suicídio no mundo.
    John Piper, em seu livro O Sorriso Escondido de Deus, trata deste assunto com esmerado cuidado. Há duas posições que circulam no meio evangélico sobre o assunto, que revelam um desequilíbrio perigoso. A primeira delas liga a depressão à ação demoníaca. Os defensores dessa vertente afirmam que as pessoas deprimidas estão oprimidas e até possuídas por demônios. A segunda interpretação vincula a depressão a algum pecado específico ainda não confessado. Assim, uma pessoa fica deprimida porque esconde algum pecado que precisa ser confessado e abandonado. Não subscrevemos essas duas interpretações. Julgamo-las deficientes e assaz injustas. É muito verdade que uma pessoa pode ficar deprimida em virtude de seu envolvimento com demônios e também como resultado de algum pecado escondido. Porém, uma pessoa pode ser assolada pela depressão, mesmo levando uma vida cheia do Espírito Santo. Assim como um indivíduo pode ser cheio do Espírito e ter um problema cardíaco, também uma pessoa pode estar plena da presença de Deus e enfrentar o drama da depressão.
    Se há várias causas que provocam a depressão, também há vários sintomas que a revelam. O primeiro sintoma é que a pessoa deprimida é tomada por uma desesperança crônica e passa a enxergar a vida pelas lentes escuras do pessimismo. Não vê uma luz no fim do túnel nem janelas de escape. Foi o que aconteceu com o profeta Elias. Pensou que somente ele havia restado dos profetas de Deus em Israel, quando na verdade sete mil ainda não haviam se dobrado a Baal. O segundo sintoma é olhar para a vida pelas lentes do retrovisor. Uma pessoa deprimida sente uma saudade mórbida dos bons tempos que se foram e se desespera diante das incertezas do seu futuro. Sente-se num calabouço existencial e sem ânimo e forças para sair desse cárcere da alma. Nessa saga cheia de pavores, flerta com a própria morte. Não que seu desejo seja de fato morrer, mas é que sente uma dor tão profunda na alma que o único alívio que consegue vislumbrar é o alívio da morte. Não podemos subestimar esses presságios que rondam a alma de uma pessoa depressiva. Isso é uma espécie de alarme, uma trombeta que precisa de encontrar ouvidos sensíveis. É por essa razão, que o terceiro sintoma de uma pessoa deprimida é um completo desânimo quanto ao futuro. É o desejo de fechar as cortinas da vida e colocar um ponto final na existência.
    Como devemos lidar com a depressão? Como ajudar uma pessoa deprimida? Primeiro, precisamos orar por ela e com ela. Depois, precisamos cientificar-nos se essa pessoa está recebendo o tratamento médico adequado para a sua doença. Ainda, precisamos estar perto dela, oferecendo-lhe um ombro amigo, um ouvido atento e um coração generoso. Finalmente, precisamos compartilhar com ela a esperança do evangelho, o poder da graça de Deus e o consolo das Escrituras. Deus nos vivifica segundo a sua Palavra. Ele tira a nossa alma do cárcere. Ele acende uma luz de esperança no túnel escuro do nosso sofrimento. Deus arranca os gemidos da nossa alma e coloca em nossos lábios, um cântico de vitória. Em síntese, trata-se da depressão com remédio, terapia e fé.
    Reverendo Hernandes Dias Lopes.
    Fonte: site do autor.

    Soli Deo Gloria

    quarta-feira, 2 de novembro de 2011

    Agostinho e o culto aos mortos

    "Que nossa religião não seja culto aos mortos. Se eles viveram na piedade não se comprazem com tais honras, antes querem que adoremos Aquele em cuja luz eles mesmos se alegram ao ver-nos associados a seus méritos. Honremo-los, pois, imitando-os e não os adorando. E, se viveram mal, onde quer que estejam, nenhum culto merecem."
    FERREIRA, Franklin. Agostinho de A a Z. São Paulo: Editora Vida, 2007. (Série Pensadores Cristãos)
    Original em:
    AGOSTINHO, A verdadeira religião, 55.108, p. 133.
    Soli Deo Gloria
    Alessandro Cristian