O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

domingo, 25 de setembro de 2011

Creio num Deus esquisito...

Um dia desses cheguei à conclusão de que creio num Deus esquisito. Num Deus diferente daqueles que são chamados deuses. Sim, o Deus dos deuses, o Grande Eu Sou, é esquisito ao extremo. Esquisito na acepção estrita da palavra. Recorramos ao bom e velho dicionário Aurélio: nele, o verbete "esquisito" traz, dentre outras, as seguintes definições: invulgar, raro.
Apresento a seguir algumas das premissas que me fazem concluir que meu Deus é esquisito. Perceba se de fato Ele é ou não:
Sendo Deus Eterno, nasceu como homem num determinado momento da História.
Se despojou de Sua Glória.
Como homem, foi concebido sem que houvesse necessidade de relação sexual entre seus pais, caso único no Universo.
Nasceu de uma virgem.
Foi pobre, fraco, e de aparência não desejável, como assim o descreve o profeta messiânico Isaías.
Andou em más companhias (coletores de impostos corruptos, ladrões, prostitutas, etc.). Mas não só andou: os amou, como ainda os ama.
Sendo Rei dos reis e Senhor dos senhores, se fez servo. Se fez o menor de todos.
Sendo tudo e tendo tudo, se fez nada. Isto é, aniquilou-se a si mesmo.
Se humilhou e entregou-se à morte. Foi pendurado numa cruz, tendo grandes e grosseiros pregos (Sim, grosseiros. Há dois mil anos ainda não existia aço galvanizado) cravados em suas mãos e pés.
Suportou a dor até o fim, sem reclamar.
Quando nasceu, houve luz à meia-noite. Quando morreu, houve trevas ao meio-dia.
Foi sepultado, mas ao terceiro dia ressuscitou num corpo glorificado.
Creio em um Deus que não existe. Não porque Ele não exista de fato, como podem pensar alguns. Mas sim porque foi Ele quem trouxe todas as coisas à existência. Isto é, antes que tudo existisse, Ele Era. Não existe porque não foi necessário que alguém o trouxesse à existência. Ele simplesmente É, e todas as coisas foram criadas e subsistem n'Ele, por Ele e para Ele.
Resumindo, meu Deus não existe. A existência pura e simples não o define, mas o limita. Ele não existe: Ele É. Nunca veio a ser, mas sempre foi.
Mas a maior de todas as esquisitices do meu Deus: me aceitar e me amar como eu sou. Sinceramente, não consigo explicar tamanha esquisitice. Me faltam palavras...
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

2 comentários:

  1. É, se formos querer entender essa esquisitice podemos chegar a loucura, mas o importante é que, em meio a essa incógnita, Ele nos torna dignos de sermos filhos legítimos Dele, porem com um pequeno detalhe, a hora que cada um de nós nos sentimos os mais indignos Dele é que somos tratados como sua descendência.
    Texto maravilhoso.
    Um grande abraço varão - Saudades de vcs em Caragua

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  2. Grato, amado Pr Ricardo. Quando estiver no litoral, não deixe de passar por aqui. Um abraço.
    Deus abençoe sua vida.

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Que Deus muito o abençoe.