Na Epístola aos Hebreus capítulo 6.17-20 temos o seguinte texto:
Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta;
Há opiniões díspares acerca do que seriam as duas coisas imutáveis a que se referem a Palavra: alguns supõe que sejam a promessa e o juramento, com base no versículo 17. Para outros, trata-se dos dois conteúdos da promessa de Deus a Abraão, a saber, a terra e os descendentes.
"Por isso, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento;
A qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu,
Onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque." Há opiniões díspares acerca do que seriam as duas coisas imutáveis a que se referem a Palavra: alguns supõe que sejam a promessa e o juramento, com base no versículo 17. Para outros, trata-se dos dois conteúdos da promessa de Deus a Abraão, a saber, a terra e os descendentes.
Mas o intento do presente texto é focar um termo utilizado no versículo 19: "âncora da alma".
A Palavra se refere àqueles que estão firmados em Deus e, por conseguinte, tem firme consolação, contam com um refúgio sem igual e são detentores da esperança-mor, que é Cristo. Destarte, Cristo é a âncora da nossa alma, é Aquele em que estamos fundados, é quem não permite que nossa vida espiritual venha a naufragar ante as tormentas enfrentadas.
Vejamos algumas características da âncora e de Jesus:
1) A âncora aponta para baixo, Jesus aponta para cima.
2) A âncora não é vista por quem está na superfície, mas é ela quem impede a embarcação de ser levada pela correnteza. De igual maneira não vemos Jesus, mas sabemos que é Ele quem impede que sejamos levados pelo mar revolto da nossa existência.
3) A âncora das embarcações necessita ser pesada, mas Jesus, como a âncora de nossa alma, é leve. Como Ele nos diz em sua Palavra, "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." (Mateus 11:28-30).
O texto em apreço nos indica que a âncora da alma, segura e firme, penetra além do véu. Ou seja, a âncora da vida do cristão está firmada na parte mais segura do tabernáculo celeste, que é o tabernáculo original a partir do qual o santuário foi construído na Terra (8.2; 9.11-12; 10.19,20). Devemos frisar que a entrada no santuário secreto, no Santíssimo Lugar, no Santo dos Santos, é impossível sem Jesus Cristo, o nosso precursor. Ele entrou primeiro para que, com ousadia, pudéssemos segui-lo.
Ou seja, a esperança depositada em Deus, por meio de Cristo, é que fornece-nos a segurança necessária para prosseguirmos. Assim como o navio ancorado no cais, mesmo em meio à tempestade, permanece seguro quando a âncora está fixada em terra, assim ocorre com o cristão: quanto mais as adversidades lhe sobrevêm, mais sua âncora vai se firmando no trono do Pai, nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
(Esboço de mensagem pregada em 25/03/12)
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
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Que Deus muito o abençoe.