Um dia desses cheguei à conclusão de que creio num Deus esquisito. Num Deus diferente daqueles que são chamados deuses. Sim, o Deus dos deuses, o Grande Eu Sou, é esquisito ao extremo. Esquisito na acepção estrita da palavra. Recorramos ao bom e velho dicionário Aurélio: nele, o verbete "esquisito" traz, dentre outras, as seguintes definições: invulgar, raro.
Apresento a seguir algumas das premissas que me fazem concluir que meu Deus é esquisito. Perceba se de fato Ele é ou não:
Sendo Deus Eterno, nasceu como homem num determinado momento da História.
Se despojou de Sua Glória.
Como homem, foi concebido sem que houvesse necessidade de relação sexual entre seus pais, caso único no Universo.
Nasceu de uma virgem.
Foi pobre, fraco, e de aparência não desejável, como assim o descreve o profeta messiânico Isaías.
Andou em más companhias (coletores de impostos corruptos, ladrões, prostitutas, etc.). Mas não só andou: os amou, como ainda os ama.
Sendo Rei dos reis e Senhor dos senhores, se fez servo. Se fez o menor de todos.
Sendo tudo e tendo tudo, se fez nada. Isto é, aniquilou-se a si mesmo.
Se humilhou e entregou-se à morte. Foi pendurado numa cruz, tendo grandes e grosseiros pregos (Sim, grosseiros. Há dois mil anos ainda não existia aço galvanizado) cravados em suas mãos e pés.
Suportou a dor até o fim, sem reclamar.
Quando nasceu, houve luz à meia-noite. Quando morreu, houve trevas ao meio-dia.
Foi sepultado, mas ao terceiro dia ressuscitou num corpo glorificado.
Creio em um Deus que não existe. Não porque Ele não exista de fato, como podem pensar alguns. Mas sim porque foi Ele quem trouxe todas as coisas à existência. Isto é, antes que tudo existisse, Ele Era. Não existe porque não foi necessário que alguém o trouxesse à existência. Ele simplesmente É, e todas as coisas foram criadas e subsistem n'Ele, por Ele e para Ele.
Resumindo, meu Deus não existe. A existência pura e simples não o define, mas o limita. Ele não existe: Ele É. Nunca veio a ser, mas sempre foi.
Mas a maior de todas as esquisitices do meu Deus: me aceitar e me amar como eu sou. Sinceramente, não consigo explicar tamanha esquisitice. Me faltam palavras...
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
Graça e Paz companheiro!
ResponderExcluirParabéns pelas palavras dessa postagem, muito boa. Entendo que se já estava escrita, amém, mas se não, a EBD e o culto de domingo (25 abr) te fez adquirir ainda mais inspiração para tal.
Deus continue te abençoando e saibas que pode contar comigo para o que der e vier.
Seu servo
Abraços
Pr Ricardo
Amém!
ResponderExcluirA postagem estava esboçada, só dei uma "retocada".
Deus abençoe.
Glória a Deus que me deixou conhecer alguém que também O acha esquisito! É esquisita essa forma de amar. É esquisita porque nós não sabemos fazer igual e aquilo que não nos é conhecido é esquisito. Por isso que Ele é o Deus dos deuses. Irmão, posso transcrever esse post no meu blog (com o devido crédito, é claro)? Graça e Paz.
ResponderExcluirFique à vontade para utilizar o texto, prezada Claudia.
ResponderExcluirDeus abençoe sua vida.
muito bom.
ResponderExcluir=]