Não é o propósito do presente blog ficar discutindo o “sexo dos anjos”, mas sim dar uma humilde contribuição para a elucidação de algumas assertivas erroneamente empregadas por pregadores, ensinadores e cooperadores em geral nas igrejas.
Uma dessas assertivas diz respeito ao dilúvio. Alguns há que fazem a seguinte afirmação:
- Quando Noé apregoou, concomitantemente à construção da arca, que viria um dilúvio sobre a face da terra, ninguém creu pelo fato de que ainda não havia chovido; isto é, não conheciam nem chuva, quanto mais dilúvio.
Chegam a tal conclusão com base em Gn 2.5,6:
“Toda planta do campo ainda não estava na terra, e toda erva do campo ainda não brotava; porque ainda o SENHOR Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra e regava toda a face da terra.”
Contudo, o texto bíblico em questão diz respeito ao tempo em que o jardim do Éden foi formado, antes mesmo da criação do homem (Gn 2.7).
Observe novamente o texto: Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra, mas também não havia homem para lavrar.
Com a criação do homem e, sobretudo após a queda, a humanidade passou a lavrar a terra: “No suor do teu rosto comerás o teu pão...” (Gn 3.19).
De Adão até os dias de Noé, de acordo com a genealogia do capítulo 5 do Livro de Gênesis se passaram pelo menos 1656 anos. Isso se não levarmos em conta o possível lapso temporal entre Gn 2.6 e Gn 2.7.
Dessa maneira, é óbvio que nos tempos de Noé o nosso planeta estava plenamente formado; o homem lavrava a terra que, para produzir, necessita ser regada; havia lagos, rios e mares; havia sol. Somados esses fatores, podemos concluir, sem medo, que havia o ciclo da água, que consiste no seguinte esquema, exposto de maneira bem simplificada:
- A água existente no planeta está nos mares, rios e lagos, em estado líqüido;
- Essa água é aquecida pelo sol e sobe para a atmosfera em estado gasoso, formando as nuvens;
- As nuvens, por sua vez, quando ficam muito pesadas, caem sobre a Terra em forma de chuva.
- A água da chuva retorna aos mares, rios e lagos, e vai ser aquecida pelo sol, iniciando novamente o ciclo da água.
Concluindo, nos dia de Noé havia sim, chuva. O povo não creu no juízo proveniente da parte de Deus por um único motivo: sua dureza de coração.
Acerca disso nos alerta o Senhor Jesus, no Evangelho segundo escreveu Mateus, no capítulo 24.37-44:
“37 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.
38 Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
39 e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem.
40 Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro.
41 Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada a outra.
42 Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.
43 Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.
44 Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis.”
Que o SENHOR no abençoe e nos ajude, para que estejamos em constante vigilância aguardando a Sua Vinda.
"Soli Deo Gloria"
Alessandro Cristian
Citações extraídas da Bíblia de Estudo Pentecostal, versão Almeida Revista e Corrigida. CPAD, 1995.
Alessandro não é a cerca do assunto em questão que eu posto esse comentário, mas me chamou a atenção o fato de você se considerar um vil pecador alcançado pela graça de Deus, se a graça de Deus o alcançou, você foi transformado,você agora em Cristo é uma nova criatura, as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo, a velha criatura, ela sim uma vil pecadora, está crucificada com Cristo, a Bíblia diz que pelo sacrificio de Cristo você foi feito a justiça de Deus, portanto acredito que dizer que sou um vil pecador é anular o sacrificio de Cristo pela minha vida, e as cartas de Paulo, são direcionadas a quem? A mim? A você? Pois é, na maioria delas ele nos chama de santos. Reflita nisso. Marcos Primolan Natal RN
ResponderExcluirAmém, prezado irmão Marcos. Ressalto que entre o "vil pecador" e o "alcançado pela Graça de Deus" existe um grande abismo. E você captou isso, pois afirmou "a velha criatura, ela sim uma vil pecadora"... é exatamente isso que eu quis dizer. No entanto, está nas entrelinhas; eu quis sintetizar o pensamento em poucas palavras.
ResponderExcluirMuito obrigado pela visita e pelo comentário.
Que Deus abençoe sua vida.
Alessandro Cristian