O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

sábado, 5 de junho de 2010

A gênese do mal e do pecado...


A origem do mal e do pecado é um dos temas mais  instigantes do cristianismo. Assunto capaz de “dar nó no cérebro” de qualquer um, salvo naqueles "teólogos" que têm suas respostas prontas obtidas junto a seminários concluídos via ECT e ostentam seus diplomas recebidos via sedex. Esses, negando-se a raciocinar, se limitam a repetir os clichês decorados de suas apostilas. Não desenvolvem o pensamento crítico e reflexivo necessário a todo aquele que pensa por si e que não diz amém para tudo.
Porém, para aqueles que preferem a inquietude da reflexão à inércia cerebral, é lançada a questão: Qual a origem do mal e do pecado?
Partilho com vocês algumas meditações que tem feito parte dos meus dias e que, conquanto estejam a anos-luz de esgotar (ou mesmo iniciar) o assunto, servem como azimute para o direcionamento à resposta (ou uma das) ao questionamento em tela:
Inicialmente, cumpre-nos ressaltar que, se Deus é bom, o mal não pode ser proveniente d’Ele. “Deus criou o inimigo”, podem afirmar alguns. Devo aqui discordar. Deus não criou o inimigo, o diabo, cuja essência do caráter é má, aquele que veio “a roubar, a matar e a destruir” (Jo 10.10). O que Ele criou foi um querubim ungido (Ez 28.14) e bom, que não foi induzido por outrem a pecar. Antes, pecou de per si.
E quanto ao homem, o que diremos? Como ele veio a pecar, ou de onde provém sua vontade de pecar? É fato que, antes da Queda, Adão pôde optar entre cometer ou não cometer a transgressão à ordenança divina. Isso quer dizer que Deus criou o homem bom (ou muito bom, vide Gn 1.31) e dotado da liberdade de escolha. Simples assim: Deus não fez marionetes, mas seres humanos. A Palavra nos diz que “Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções” (Ec 7.29).
Ou seja, o Eterno criou-nos com a capacidade de escolha moral.  Por conseguinte, nos deu a liberdade de aceitá-lo ou rejeitá-lo. Enquanto a aceitação a Ele conduz ao bem, sua rejeição conduz ao mal. Em outras palavras, o mal nada mais é do que a rejeição ao Bem. E essa rejeição é decorrente da liberdade à humanidade concedida. Afinal, repito: Deus não fez marionetes, mas seres humanos.
É conveniente lembrar que, em decorrência de sua rebelião, o querubim ungido foi condenado a permanecer apartado de Deus por toda a eternidade (Ap 20.10). De igual maneira, nossos primeiros pais foram condenados por sua conduta desobediente (Gn 3).
Não pensemos nós que ficaremos impunes se agirmos também de maneira contrária à vontade de Deus, afinal, se ele não perdoou aos anjos que pecaram, tampouco ao mundo antigo, e Sodoma e Gomorra (II Pe 2.4)...
Em Sua infinita bondade Ele nos dá, concomitante à liberdade de escolha, a “dica”, a direção a seguir: “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente” (g.m.) (Dt 30.19).
Enfim, Deus é bom, e d’Ele provém “toda boa dádiva e todo o dom perfeito” (Tg 1.17). O mal surge no coração do homem, quando esse não dá ouvidos ao Bem supremo. Quando diz “seja feita a minha vontade”, ao invés de “seja feita a Tua vontade”.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

3 comentários:

  1. Amém, caro irmão Josiel.
    Muito grato pela visita e apoio.
    Deus te abençoe ricamente.

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  2. aINDA TEM homem DE DEUS COM COHECIMENTO DIVINO

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  3. Muito obrigado, Reginaldo. Deus te abençoe ricamente.

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Que Deus muito o abençoe.