No Salmo 8 versículo 4, o rei Davi, ao falar da Grandeza de Deus e consciente da pequeneza e das limitações humanas, pergunta ao Criador: “Que é o homem mortal para que te lembres dele?”. A mesma pergunta é emprestada pelo escritor da carta aos Hebreus, ao falar da superioridade de Cristo em relação aos anjos e em relação a seu sumo sacerdócio perfeito (Hb 2).
O homem... Ou melhor, o ser humano...
Antropólogos tem se debruçado sobre a praticamente impossível missão de estudar esse ser que, apesar de capaz de promover diariamente avanços tecnológicos inimagináveis, é incapaz de, de per si, promover seu espírito da condição de perdido à condição de remido.
Psicólogos diariamente se desgastam analisando indivíduos na sua singularidade, seu comportamento e suas experiências subjetivas. Dissecando os processos mentais daqueles que encontram soluções para as mais diversas situações e curas para os mais diversos tipos de males, mas que por vezes não encontram a si mesmos.
Sociólogos executam sua incumbência de estudar os fenômenos sociais, compreendendo as diferentes formas de constituição das sociedades e suas culturas. Ou seja, estudando o convívio do homem em seu grupo. A vida do homem enquanto ser social, não obstante o fato de que, apesar do convívio social, por vezes pensa que conviver consigo mesmo é um fardo impossível de se carregar.
Para os evolucionistas, o homem nada mais é do que fruto da seleção natural, ou da evolução de formas inferiores de vida.
Para o filósofo sofista Protágoras (480 a.C – 410 a.C), “o homem é a medida de todas as coisas, das que são, enquanto existem, e das que não são, enquanto não existem”. Tal pensamento, além de ser uma das máximas da pós-modernidade, com a relativização da verdade e dos valores morais, se faz presente também de maneira velada em muitas igrejas por intermédio do antropocentrismo, onde Deus é tirado do centro do culto para dar lugar ao homem.
Mas... E a Bíblia, o que diz a respeito do homem? Ou melhor, o que o Autor da Bíblia pensa a respeito do homem? Isto é, eu e você, o que somos para Deus?
Somos seres criados à imagem e semelhança d’Ele (Gn 1.26,27). Somos “feitura sua, em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas.” (Ef 2.10). Somos seres com uma natureza moral e espiritual, à maneira do Criador. Somos a coroa da criação, seres em quem Deus tem colocado seu próprio Espírito (“Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” – II Co 4.7).
Sim, somos fruto do Eterno. Não somos meras obra do acaso, tampouco resultado de um processo evolutivo iniciado com uma ameba milhões de anos atrás. Somos provenientes do Pai. Seres por quem Cristo deu a vida. Fomos comprados por bom preço (I Co 7.23). Nossa vida custou, nada mais nada menos, que a Vida de Deus.
Isso é o homem. Vaso de barro, pó e cinza, falho. Mas cuja alma vale mais que o mundo todo em ouro e prata.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
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Que Deus muito o abençoe.