Tudo o que o povo precisa é de pão e circo. Há alguns séculos, no início da Era Cristã, essa era a política adotada pelo Império Romano. Sabemos que Roma chegou a dominar o mundo em determinado momento da história da humanidade. Tornou-se a maior potência política e econômica. Mas a expansão urbana tornou-se também um sério problema social para Roma. Cada nação subjugada significava mais escravos a serviço do Império. Essa escravidão veio a ser o estopim para o desemprego dos camponeses, que perderam seu espaço e migraram para as cidades em busca de emprego e melhores condições de vida.
Esse êxodo veio a deixar o Império temeroso de que aquela massa de desempregados viesse a se revoltar. Como saída, foi criada a política do Pão e Circo , que consistia em oferecer à massa ignara comida e diversão. Diariamente ocorriam batalhas de gladiadores no Coliseu e em outros estádios, onde era fornecido alimento ao público. Com o “pão” e o “circo”, o povo acabava por se esquecer das dificuldades da vida e, por conseguinte, menores eram as chances de haver rebelião.
Séculos se passaram, e a política do panis et circensis continua atualíssima no mundo como um todo e, especialmente em terra brasilis.
É fato que, em se tratando de panis, por vezes há escassez. Mas em matéria de circensis é o que há nesse país.
Dentre os “circos” de nossos dias, citemos o Carnaval. Anualmente, em fevereiro ou março, observamos que o povo se esquece da precariedade do sistema de saúde do Brasil, da violência urbana, do trânsito caótico das grandes cidades, da miséria e da corrupção reinantes em nosso país. E cai na ilusória “folia”. Mergulha de cabeça no circo.
A diferença básica é que, enquanto na Roma antiga eram fornecidos o pão e o circo, no Brasil só vemos o circo. Por vezes falta o pão.
Passada a “folia”, na quarta-feira de cinzas tudo volta ao normal. E, mesmo sem pão, já começam os planos para o próximo carnaval. É lamentável.
Caro amigo, oriente suas ações por essas palavras, não só durante o carnaval, mas durante toda a sua vida:
“... não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. (Tiago 4.4)
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. (I João 2.15-17)
“Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis”. (Gálatas 5.16,17)
Deus abençoe sua vida.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
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Que Deus muito o abençoe.