Uma das respostas à pergunta em epígrafe é: simplesmente porque não há cristianismo à parte da apologética. Basta uma pequena olhada na história da Igreja para chegarmos a tal conclusão. E para observarmos que a apologética é tão antiga quanto a própria história eclesiástica.
Principiando pelos apóstolos, passando pelos pais da Igreja e pelos reformadores, até desembocar em nossos dias, percebemos que a defesa da fé cristã tem permeado os séculos.
Na leitura da Epístola aos Gálatas observamos o apóstolo Paulo combatendo veementemente os judaizantes, os quais vinham tumultuando as igrejas da Galácia e de Antioquia com os ensinamentos de que era necessário que os gentios se tornassem judeus para obterem a salvação. Nas demais epístolas paulinas também é patente a preocupação do apóstolo com a pureza dos ensinamentos cristãos e com a conservação e disseminação da sã doutrina.
Mas na Bíblia, a defesa da fé não está presente só nos escritos de Paulo. Parte das epístolas do Novo Testamento foi escrita com o intuito de combater o gnosticismo, heresia surgida no período apostólico cujos adeptos afirmavam serem detentores de conhecimentos secretos que os colocavam à frente dos cristãos comuns. Possuíam uma cosmovisão dualista, na qual conviviam lado a lado o mundo espiritual e o mundo material, com a conotação de “o bem” e “o mal”. É possível constatar conteúdo antignosticismo nas seguintes porções do NT: nas epístolas joaninas, nas Cartas de Paulo aos Colossenses, em trechos da Carta de Paulo aos Efésios, na epístola de Judas e no evangelho de João.
Partindo para os pais da Igreja, peguemos como exemplo apenas Agostinho, quase que unanimemente tido como o maior teólogo cristão desde o apóstolo Paulo. Em seus escritos o bispo de Hipona combateu o dualismo metafísico do maniqueísmo, o cismático donatismo, os desvios do pelagianismo, além de deixar-nos um incontestável legado que, podemos afirmar, é o esboço da teologia protestante como hoje a conhecemos.
Já no período da Reforma, o que dizer das 95 teses de Lutero, nas quais o então monge agostiniano refuta os principais erros do catolicismo romano e apresenta sua defesa da justificação pela fé?
Mas, é claro: não podemos nos esquecer de Jesus, nosso exemplo-mor, o apologista por excelência. O Mestre foi (e é) incisivo. Nunca colocou “panos quentes” ao criticar os erros da religião de sua época que, por sinal, são os mesmos erros da religião hodierna: farisaísmo, exploração da fé alheia, hipocrisia. No Evangelho segundo escreveu Mateus, a expressão “ai de vós, escribas e fariseus hipócritas” é repetida nada menos que sete vezes. Jesus ali utiliza outros termos não menos contundentes, tais como “condutores cegos”, “insensatos e cegos”, “fariseu cego”, “sepulcros caiados”, “serpentes” e “raça de víboras”.
Além disso, nos orientou a ter cautela quanto aos falsos líderes religiosos (Mateus 7.15, 24.11).
Se ser cristão é ser seguidor de Cristo, devemos imitá-lo em tudo. Sem sombra de dúvida, Ele quer isso. Quer que sejamos nobres como os bereianos (Atos 17.11). Críticos, racionais, e não "vaquinhas de presépio" dizendo "Amém" para tudo, inclusive para os erros e heresias.
A Palavra de Deus nos exorta a “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas v. 3). O que é esse batalhar pela fé? É estar convicto de nossas crenças e combater por todos os meios possíveis as heresias e as distorções do Evangelho. É saber que aquele que professa o cristianismo está num campo de batalha, onde está travada uma luta ferrenha contra inimigos espirituais que se utilizam de meios materiais visando a propagação de “um outro evangelho”, o qual, por todas as formas, deve ser refutado.
Por essas e outras tiro o chapéu para e procuro espelhar meu ministério em homens de Deus como Hank Hanegraaff, Norman Geisler, Paulo Romeiro, Natanael Rinaldi e tantos outros que dedicam ou dedicaram sua vida ao combate às heresias internas e externas. As internas, aliás, são as mais preocupantes.
Como podemos nos calar ao ver o Jesus verdadeiro e a fé bíblica sendo substituídos por invencionices e doutrinas ilegítimas? Como ficar quieto ao ver a igreja sendo ameaçada por chagas malignas como a Teologia da Prosperidade e seu comércio da fé, o Triunfalismo, e por tantas seitas pseudocristãs?
Apontar o erro não é pecado. Tampouco o é discordar daquilo que não está de acordo com as Escrituras. É ser coerente, racional. E é também um ato de amor para com o próximo (Tiago 5.19,20; II Timóteo 2.24,25; Judas 22,23). Afinal, muitos estão hoje crendo em outro Jesus, seguindo o evangelho errado, com um pensamento errado acerca da salvação e, por conseguinte, se persistirem no erro vão passar a eternidade no céu errado. Não queremos isso pra ninguém. Nem Jesus, Aquele cujo desejo é que “todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (I Timóteo 2.4). Por isso, sigamos defendendo o cristianismo bíblico. Batalhando pela fé que uma vez foi dada aos santos. Combatendo o erro e apontando O CAMINHO correto.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian
Prezamado Alessandro Cristian,
ResponderExcluirA paz do Senhor!
Verdade! O cristão deve ser contudente em sua posição apologética e utilizar todas as possibilidades na defesa do evangelho, que foi dada aos santos do Senhor.
A motivação deve ser uma constante na proclamação dos erros e denunciar sem medos os erros que assolam a todos, nestes últimos dias do Final dos Tempos.
Aproveito para informae-lhe que na sua lista de seguidores existe a imagem de uma boneca menina com o nome de ISA MEDEIROS. Este personagem atua como ISA. ISA MEDEIROS e Um pouco além do óbvio com um site apaixonado pelos homossexuais e óbvio pela sua defesa.
Este devasso com as minhas publicações de alerta, se propôs a enviar-me dezenas de e-mails e comentários com mensagens de ameaças e textos de alto teor pornográfico, inclusive a outros editores, que não se acovardaram e publicaram em seus blogs matéria referente a este caso.
Creio que ele, este devasso, deve ter passado desapercebido em sua lista.
O Senhor seja contigo e, não deixe de anunciar a outros editores este traste endemoniado com suas artimanhas e que tenta contaminar a muitos bogs, atraindo para si leitores desapercebidos.
Um grande abraço!
O menor de todos.